Capítulo Vinte e dois.: Player 1.

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    O bastardo estava ficando ansioso, por mais divertido que Izabel tivesse tornado seu jogo, ela não é o seu maior foco no momento, investiu contra ela numa tentativa de a desequilibrar emocionalmente deixando suas defesas mais fracas e suscetíveis a ataques mais frequentes que a enfraqueceriam fisicamente, Izabel se mostrava mais forte do que ele imaginava, só havia enfrentado uma mulher assim e até mesmo ela sucumbiu a ele quando usou a tática de subjugação emocional, ele havia pegado na fraqueza dela, mas não conseguiu tocar em Izabel, ela tinha um objetivo e lutava por ele. Ele queria acabar com a brincadeira, pegou Izabel e a arremessou contra uma árvore, o choque a desorientou, mas sua força estava revestida com camadas inquebráveis, ele urrou.

    Izabel não tem muita chance em um corpo a corpo com o demônio que permanece analisando a garota tentando intimida-la, ele a encarava sedento por sangue, o dela seria muito útil no momento, mas não o que ele deseja. Iza não se deixava abalar, deixou sua mente focar em diversos momentos que sentiu a verdadeira felicidade, ela o irritava como nenhum ser havia feito antes, nem mesmo aquela maldita que o selou, se colocar as mãos nela fará um grande estrago. Ele investiu, faria contínuos ataques até Izabel cair, apenas tocou na pele da menina tentando ferir seu espírito, mas nada aconteceu, então cravou suas garras nos ombros da menina e a jogou novamente contra a árvore.

    Ninguém poderia lhe ajudar, ela só depende de si mesma, se fizer as escolhas certas, independente da força de seu oponente ela terá uma vantagem, Izabel deixou a raposa vermelha ardilosa comandar seus instintos, mais nenhum animal sabe despistar cachorros como a raposa que brinca com eles e os confunde, os fazendo cheirar o próprio rabo, mas não se engane se pensa que ela o subestima, jamais cometerá esse erro, ela sabe que é a preza e por isso mesmo não age como se fosse o caçador, não se coloca da cabeça deste psicopata, ela não é um para ousar pensar como tal, o erro de muitos foi achar que Anhanga matava para defender e que o diabo manipulava por prazer, para esse demônio tudo tem dois lados, ele é a morte, e como tal ama brincar com a vida.

    A tão estereotipada morte, convenhamos que ele adora esse apelido carinhoso que a muito tempo lhe foi dado, seria de imensa honra ser como tal, apesar do carinhoso apelido, ele nem se iguala ao Malak, Azrael, ou qualquer outro nome que este o tenha, o verdadeiro anjo da morte não caminha junto ao caos, para os tolos humanos ele é uma praga, mas este anjo é reluzente feito luz, ele o invejava, permanecer intocável e sem um lado, justo, mesmo tendo trevas em si o infeliz também tem a luz, jamais usou sua espada para ferir, aquela lamina moribunda está mais para um enfeito do que uma arma pronta para a luta. 

    - Você é fraca ratinha.- Zombou o demônio, sua voz arrepiou todos os pelos da nuca de Iza, havia ameaça em seu tom, mesmo não sendo claras.

    Izabel não ousou o atacar, ela recuou ligeira, havia conflitos dentro de si, em alguns momentos ela não sabia o que deveria fazer, estava fraquejando em sua confiança e isso sim poderá causar estrago. 

    - Vamos fazer diferente.- Ele gargalhou e sumiu, deixando Izabel em alerta pela falta de sua presença assuadora, pesada que deixa o ar rarefeito e qualquer pessoa passando mal.

    Seu joguinho agora havia evoluído, sua intenção é fazer a jovem índia se desequilibrara, perder qualquer apoio que possa ter, ele causará dor, ela é o seu mais divertido brinquedo em eras, com toda certeza irá gozar do prazer de uma boa jogatina, a águia branca possou pela menina a alertando e mesmo sem entender o que poderia significar ela o seguiu.

    Gustavo impaciente se jogou contra Bella, seus punhos cerrados formam em direção a mulher, que o desviou, ele faria de tudo para causar nela a dor de Anna, mas foi impedido pelos outros três. A briga deixou a guarda de todos baixa para só sentirem a ameaça de perigo quando essa parou diante de todos. Não havia como escapar, eles sentiram suas pernas bambearem, não teriam para onde correr, o medo se apossou de seu corações, em uns mais fortes do que em outros

    A criatura sentia as emoções de todos, mas a que lhe atraiu foi ódio que o rapaz estava sentindo, era tão forte e intenso que fazia seu medo parecer nada se comparado. Gustavo estava se afundando em uma amargura e aquela coisa gosta deste sentimento, ama manipular os filhos da puta que os esconde, ele o havia libertado, sua aura de dominância havia influenciado o rapaz a sucumbir ao seu ódio, Gustavo havia caído em suas graças desde seu encontro inicial. Não haveria graça se não se divertisse com do humanos ao mesmo tempo, apesar de estar jogando com todos eles, os outros nas proximidades sucumbiram a ele rápido demais para ter alguma graça, ele achou peões que valem a pena. A criatura não se importava com ou outros naquele momento, seu foco estava todo em Gustavo, Bella precipitada e querendo demonstrar sua coragem partiu para o ataque.

    Nunca se ataca um predador mais forte, sempre deve-se montar uma estrategia e Bella sabe disso, mas a adrenalina que a briga liberou a fez agir precipitadamente, a criatura nem se importou de olhar para a mulher quando com um simples movimento a jogou para longe, Gustavo vacilou em sua postura no exato momento em que a mulher foi arremessada, ele deu um passo para trás, guardando seu ódio, o deixando de lado sem nem mesmo perceber, a criatura deu um passo a frente se mantendo próxima a sua preza. Ele é o predador! E agora Gustavo se tornou um jogador, ele vai testar das formas mais loucas o homem, vai romper a casca de macho alfa que o rapaz tenta a todo momento passar e terá gosto em o desmanchar em pedaços até que ele chore feito uma garotinha.

O Depoimento de Bella NomikosOnde histórias criam vida. Descubra agora