Nada é Capaz de Mudar o Destino - SUPERNATURAL [Concluído]

Sensação ruim

                  CAPÍTULO XXXIV

(Casa Abandonada em Área Rural 19:30 PM)

O barulho de grilos cantando, ecoavam por toda a área ao redor da casa empoeirada. Vidros espalhados por todo o alpendre, dava uma tonalidade mais sombria á aquela noite sem estrelas. O vento batia nas janelas, fazendo com que com as cortinas ventilassem ressoando para dentro da casa. Estava escura, e o barulho de móveis velhos restringindo sobre o chão de madeira, parecia passos cautelosos de pessoas que não queriam serem percebidas. Ao passar pelo corredor vazio, até chegar em uma porta enferrujada, descendo as escadas do sótão, pode-se escutar respirações fracas. Era um lugar tenso, onde o antigo dono daquela residência com certeza mechia com açougues clandestinos. De repente ao lado de uma poça de sangue, Dean abriu os olhos apoiando a mão na cabeça e depois em seu braço que estava bastante infeccionado. Tentou se levantar, mas em vão, pois havia perdido muito sangue. Então saiu se arrastando até chegar perto de uma cômoda velha, onde se apoiou até conseguir ficar de pé por alguns segundos caindo novamente. Passou os olhos por toda a região, até parar seu olhar ao lado da escadaria. Pegou uma vassoura velha que estava ao lado e se apoiou nela se levantando ao ver S/n caída no chão.
Dean se arrastou até ela com muita dificuldade caindo sentado novamente. Levou uma das mãos carinhosamente acariciando o rosto dela. "S/n... acorde..." A balançou, porém não teve reação. Checou seu pulso e estava fraco. Olhou acima dele vendo uma lamparina e se esticou para pegá-la. Com muita sorte o esqueiro estava por cima da mesma. Acendeu-a iluminando o rosto dela que estava desacordada, fazendo-o entrar em desespero, não só porque não acordava, e sim, ao passar o olhar em seu pescoço e ver que a primeira dose do ciclo de três havia sido aplicada. "Não..." Dean retirou a camisa rapidamente a rasgando e enrolou em seu braço. Com muita dificuldade, a pegou no colo começando a subir as escadas saindo do sótão. Sua visão estava embassada, pela falta de sangue em seu corpo, mas mesmo assim, saiu em busca da saída, até encontrar a sala, onde caminhou até a porta e a chutou. Lágrimas logo escorreram em seu rosto ao ver o local vazio. Havia apenas uma estrada sem fim ao longe. Respirou fundo começando a caminhar em direção a estrada de terra deserta, com a garota nos braços desaparecendo entre a escuridão.

(1h depois... 20:30 PM / Londres... em frente ao shopping)

Sam e Mary, tinham acabado de verificar todas as famílias das vítimas e estavam chegando onde Dean e S/n supostamente estariam esperando. "Mãe... o que aconteceu mais cedo, me desculpe." Sam sentiu um nó se formar em sua garganta. "Está tudo bem... sei que não era você." Mary passou um com uma das mãos no ombro dele, fazendo-o suspirar fundo forçando um sorriso. "Uai... cadê eles?" Sam desviou o olhar, percorrendo os olhos para dentro do carro, onde não os encontrou. "Será que saíram pra comprar alguma coisa pra comer?" Mary estava a olhar por todo o perímetro. "Não... tem comida o suficiente dentro do carro." Sam deu um longo suspiro, pegando seu celular dentro do bolso da calça. "O que vai fazer?" Mary caminhou até chegar perto da porta do banco de passageiro ao lado do motorista. "Vou ligar pro Dean." Respondeu começando a fazer uma discagem. Após alguns segundos um celular começou a tocar, porém o som estava vindo de dentro do carro. Sam tentou abrir a porta rapidamente, mas estava trancada. "O celular está tocando lá dentro! "Começou a ficar preocupado. "Sam?" Mary engoliu seco se abaixando rumo ao chão, enquanto o mesmo deu alguns passos para frente ao ver respingos de sangue no mesmo. "A chave do carro." Mary estendeu as chaves para cima, pondo as duas mãos sobre a cabeça. "Droga!" Deu um soco no teto do carro.