Uma pedra

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                    CAPÍTULO XVI

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                    CAPÍTULO XVI

(Portal da Morte)

Vozes sussurrando se ouviam ao longe, gritos desesperados rangiam entre as correntes. Lugar escuro e sombrio, as paredes de ferro sumbiam um barulho estridente de mãos que batiam contra o mesmo na tentativa de escaparem. Chão forrado de sangue deixava tudo mais apavoroso e macabro. Cheiro horrível de carne queimada ressoava a todo instante entre a enorme fila para o pesamento dos pecados. Cada um que passava pelo portal desaparecia e não voltava mais. A estalar as mãos uma nas outras, arrastando devagar as correntes que estavam a amarrar suas pernas parou em frente ao portal. Estava machucada, havia vários cortes em seus braços, ematonas de açoites no rosto e seus cabelos ruivos estavam bem desarrumados. Olhar pálido e sem vida, como se não estivesse ali naquele momento, parecia não saber nem que estava naquele local. Rowena levantou a cabeça devagar ao sumbido de uma trombeta com escritas em latim antigo. Enquanto observava o objeto sentiu alguém empurrá-la pra dentro do portal. Ao atravessar gritou de dor, ao ter seu corpo completamente queimado. Sua pele se cicatrizava devagar, o que lhe deixava em estado de gritos e desespero. Ao levantar o rosto ainda em estado de agonia viu que estava em uma sala muito bem refinada. Estranhou ainda mais quando avistou logo a sua frente, um belo homem vestido de terno azulim maciço impecável, cabelo muito bem arrumado no gel e olhos verdes. Levando devagar a xícara de chá até a boca, já estava a encará-la. Sorriu para ela, como se tudo aquilo fosse o mais normal possível e colocou a xícara sobre a mesa. "És então na minha frente... Rowena." Indagou-a em um tom autoritário e ao mesmo tempo elegante. "Eu... não posso... morrer..." Rowena se ajoelhou devagar ainda sentindo uma dor insuportável. "Eu sei, minha cara e é exatamente por isso que quero fazer te uma proposta." O jovem charmoso abriu uma das gavetas que estava abaixo de suas pernas e retirou uma papelada colocando sobre a mesa. Aquele sorriso era realmente encantador, mas não era gentil, pra uma bruxa de 500 anos sabia que algo muito ruim estava envolvido. "Pra que isso?" Encarou a papelada a sua frente e a caneta que foi posta causando um barulho que a fez se afastar para trás com o tronco. "Um acordo. Você, tem apenas uma missão: Não deixe que o Vazio saía pro mundo." O rapaz empurrou cautelosamente a papelada até ela. "Senão o que?" Encarou-o engolindo seco. "Está escrito aí, leia." Suspirou de satisfação a entregando a caneta. Ao ler o que supostamente era um contrato, acabou ficando em silêncio por alguns segundos. Seu olhar não era dos melhores, aquilo realmente não era algo que pudesse servir como refúgio. "Assine e volte lá pra cima." Fechando a gaveta com um pouco de força, o jovem a dispersou de seus pensamentos, a fazendo pegar a caneta sobre a mesa e assinar o contrato com as mãos trêmulas. "Cumpra sua parte que cumpriremos a nossa!" O rapaz se levantou batendo a primeira palma, fazendo-a entrar em um estado de transe e após a segunda fez-a desaparecer. O contrato que estava sobre a mesa se incendiou, um fogo azulado que ficou imerso no ar por alguns segundos até se transformar em uma garotinha de cabelos brancos que ao abrir os olhos não os tinham, havia apenas dois buracos escuros.

(Praça Central Lawrence 01:05 AM)

"O que vamos fazer agora?" Sam limpou uma lágrima teimosa que insistiu em escorrer em seu rosto. Mesmo sendo a pessoa que era, Rowena fazia parte da família. Todos tiveram seus desentendimentos, porém ela estava do lado certo agora, e seu egoísmo tinha se transformado mais em querer ajudar e salvar o mundo. "Eu não sei... mas, sei que temos que tirá-la daqui." Dean se levantou para pegá-la no colo. Sua mente estava confusa e perturbada. Não conseguia pensar direito, já que mais uma tinha acabado de morrer nessa vida de caçador. Lembrou-se tristemente por algo que seu pai lhe disera uma vez:

Nada é Capaz de Mudar o Destino - SUPERNATURAL [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora