Reconstrução

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Dizem que quando se está pra morrer, um filme da sua vida passa diante de seus olhos. Yasmin nunca acreditou nisso, até agora. Em queda livre de um prédio de 10 andares, viu toda a vida passar em flashes e se perguntava como podia ter feito tantos erros assim. Viu o criminoso caindo junto com ela, então olhou para a lua. Não queria que a imagem daquele homem fosse a última coisa que visse. Após ver a lua uma última vez, fechou os olhos

O ar da noite era gelado. Ela conseguia sentir sua velocidade acelerando enquanto cortava o vento, como uma faca, e se aproximava cada vez mais do chão.

O criminoso que caia com ela gritava desesperado. Ela, por outro lado, estava com tanto medo que a voz não saia

Acelerando mais e mais. Seus níveis de adrenalina aumentando. Cada célula de sei corpo lhe dizia que deveria ao menos tentar fazer algo. "Salve-se" - sentia seu corpo gritar, no entanto não tinha o que fazer. O medo a paralisara. Sentia que o chão estava cada vez mais próximo.

— "Eu vou morrer" — o pensamento passou desesperadamente em sua cabeça

Foi então que ela sentiu contato. Seu corpo se espatifou contra a superfície, sentia dor. No entanto, para sua surpresa, não se bateu contra o concreto da calçada. Ela abre os olhos e percebe que está afundando numa piscina.

Uma expressão de alívio passa em seu rosto. Felizmente, sabia nadar muito bem. Ela começa a nadar para cima, com certa dificuldade por causa do pulso, e coloca a cabeça para fora d'água, respirando ofegante. Ainda estava bastante nervosa, apesar de feliz. Seus olhos demoraram um pouco para se reajustar, porém quando o fizeram, notou que estava num estádio olímpico de natação.

Ela arregala os olhos de surpresa

Devo ter morrido mesmo, pensou

Ela começa a se cutucar para ver se ainda sentia algo, e sentia. Mas aí está o problema; espíritos sentem?

Sentiu outro impacto na água, virou-se e viu o criminoso sair ofegante. Ao vê-la, o homem começou a nadar em direção a outra extremidade da piscina.

A policial, prontamente se apoiou na borda da piscina para sair de lá e correr atrás do bandido. Logo constatou que foi uma péssima ideia tentar fazer aquilo com uma mão só

Quando conseguiu sair e se levantou, o homem já estava correndo e perto da porta de saída. Ela foi atrás dele, as roupas encharcadas e pingando muito.

Quando passa pela porta de saída, para sua surpresa, com as cores e formatos habituais de um corredor da TARDIS.

Por um segundo ela admira a arquitetura e se dá conta de como havia sentido falta daquilo. Então ouviu a voz do criminoso

— QUE DIABO DE LUGAR É ESSE ?

Ela saiu correndo, seguindo a direção da voz

— Ei, nada de armas na minha TARDIS! Sabe o estrago que um tiro faria aqui dentro!? abaixa isso!

Passando por uma sequência de corredores idênticos, mas familiares, até chegar na sala do console da TARDIS

Lá, ela se depara com uma cena inusitada. Uma figura com casaco cinza, mãos levantas, cabelo loiro longo e expressão séria próxima ao console da TARDIS aproximando-se devagar e um homem todo enchargado, assustado e apontando uma arma. Combinação horrível, pensou

Yasmin puxa a arma do cinto, aponta para o bandido e diz:

— Larga a arma agora!

O homem olhou para trás e a figura aproveitou-se dessa distração momentânea. Ligeira, ela se aproximou do homem e aplicou-lhe um golpe de Aikido Venusiano que o jogou no chão, inconsciente

Doctor Who : A Penumbra Dos Daleks (Incompleta)Onde histórias criam vida. Descubra agora