Novas sensações

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POV FERNANDA

Meu corpo todo tremia, minha única reação foi correr e pegar Eduarda no colo e me afastar dali com ela. Camila destilava um ódio que fazia mal até a criança, cobri o rostinho dela que chorava um pouco a abracei e Julia abraçou nós duas levando a gente pro carro. Cláudio chegou logo em seguida e se juntou a nós, ele chorava sem parar, ele teve medo de perder a filha. Depois de resolver tudo sobre a prisão de Camila decidi me encontrar com minha mãe e os meninos, queria vê-los antes de partir, queria abraçar minha mãe e era isso que faria.

Dois dias depois estávamos indo embora, me despedi dos meus irmãos e de minha mãe, Tito ficaria mais uns dias e iria depois com o Cláudio. A viajem foi extremamente silenciosa, Julia só falou o que era necessário e não tirou os óculos escuros em nenhum momento, eu sei que devo ter pegado pesado, mas aquela situação estava insustentável, a tensão sexual que rolava quando nós duas estávamos juntas já estava sendo notada por outras pessoas, e eu definitivamente não nasci pra ser amante de ninguém. Julia me deixou em casa e mal respondeu o meu tchau, apenas acenou com a cabeça e arrancou com o carro.

Subi pro meu apartamento com o coração um pouco apertado, mas sei que isso era necessário pra nós duas. Entrei no chuveiro e fiquei lá por um bom tempo, fiquei imaginando se nada daquilo tivesse acontecido, será que Julia e eu estaríamos juntas? Da minha parte seria bem provável, pois eu estava completamente apaixonada por ela, dei um sorriso ao lembrar de como ela reagiu quando descobriu isso. Sai do banheiro e vesti um roupão, meu estômago deu sinal de vida e eu fui em direção a cozinha pra preparar algo pra mim e curtir minha solidão. Minha campainha tocou e eu me perguntei quem era, pois não estava esperando ninguém e o porteiro não interfonou.

-Foi daqui que pediram jantar e uma entregadora linda? – Era Elis com uma embalagem nas mãos e um enorme sorriso.

-Deixa eu pensar... – Eu coloquei a mão no queixo e fingir estar pensando. – Acho que não fui eu, mas eu vou aceitar a comida e até posso convidar a entregadora linda pra entrar.

-Opa! Então é aqui mesmo que eu vou ficar. – Ela me deu um beijo estalado na bochecha e entrou. – Tudo bem minha linda? Como foi a viagem?

-Estou sim e você? Ai aconteceu tanta coisa que nem sei por onde começar a contar. – Sentei no sofá com as mãos cruzadas em abraçando meu próprio corpo.

-Então acertei em vir aqui, eu sei que você precisa descansar um pouco, mas estava com saudades de você. – Elis abraçou meu corpo e beijou meu rosto. – E me parece que você precisa conversar.

-Fiquei feliz que tenha vindo, e acertou em trazer o jantar. – Falei rindo e desembrulhando a comida. – Ai estava com desejo desse hambúrguer artesanal.

-Vamos comer e você me conta tudo. – Elis ficou de joelhos no tapete e eu fui buscar os pratos. – Tem vinho ai? Posso descer pra comprar.

-Tenho sim, mas vamos comer primeiro que eu estou morrendo de fome!

Elis e eu começamos a comer e a conversar amenidades, Elis me disse que está pensando em aceitar um emprego na prefeitura e não iria viajar tanto, me contou que Bianca se mudou do apartamento dela e que tentou fazer as pazes, mas Elis foi firme em dizer que não queria ela mais em sua vida.

-Fê? Agora me conta o porquê de você estar com essa carinha? – Elis se virou e encheu nossas taças com vinho.

-Ai nem sei por onde começo. – Dei uma golada no vinho e sentei no tapete. – Tem o reencontro com meu pai, tem eu dormindo com Julia e acordando arrependidas, e tem a prisão de Camila.

-Vocês transaram? – Elis foi direta e me perguntou.

-Não! Nós bebemos um pouco e acabou que dormimos juntas, mas juro que não rolou nada. – Comecei a narrar desde o inicio de nossa viagem, contei como fomos dormir juntas, contei o reencontro com meu pai e a prisão de Camila, eu sentia que não precisava ter segredos com Elis, e contei o porquê de eu querer me afastar de Julia.

-Eu te entendo perfeitamente Fê. – Estávamos uma de frente pra outra. – Eu sei que deve ser barra pra você e pra ela também, e sobre o seu pai ele é um grande escroto assim como essa tal de Camila, quando você me disse do tiroteio eu morri de medo, nossa não quero nem imaginar se algo tivesse acontecido com você.

-O pior já passou e ela está na cadeia agora. – Suspirei me lembrando de quando Camila e eu éramos crianças. – A gente tinha tanto planos juntas, ela queria cursar veterinária, e queríamos tantas coisas. Como tudo muda né?

-Ei baixinha, vem cá! Você está precisando de um colo. – Elis me puxou pro colo dela e ficou acariciando meus cabelos. – O que acha da gente ver um filme? Tem um romance entre garotas que estou afim de assisti.

-Vamos sim, vai colocando que eu vou buscar cobertores pra nós. – Fui em direção ao quarto e pequei algumas almofadas e travesseiro, vesti um short folgado e uma camiseta, até agora eu estava apenas de roupão e nem tinha me dado conta.

Espalhei as almofadas e nos aconchegamos, Elis me puxou pra deitar em cima dela e começou um carinho gostoso em meus cabelos. Elis parecia concentrada no filme e não tirava os olhos da tela, o filme se chamava "Carol" e quando começaram as cenas de sexo eu senti meu corpo reagir, tinha um bom tempo que eu não transava e parece que Elis percebeu isso.

-Está tudo bem? – Ela cochichou no meu ouvido e eu apenas balancei a cabeça.

Estava deitada meio que de lado e Elis começou a fazer carinho bem próximo ao elástico do meu short, e aquele contato estava me deixando fora de controle. Sem pensar muito subi em cima de Elis e grudei nossas bocas em um beijo desesperado, Ela me segurou pela nuca e a mão livre apertava minha cintura.

-Caralho Fernanda. – Elis apenas disse isso quando desgrudei nossas bocas e tirei a camiseta.

Eu estava sentada em seu colo e começamos a nos beijar novamente, minha mão desceu ate seu seio, Elis beijava meu pescoço e também segurava meu mamilo entre os dedos, gemidos de prazer escapavam involuntários dos meus lábios. Fiquei ainda mais excitada quando Elis inverteu as posições ficando em cima de mim, ela descia os beijos pra minha barriga em bruscamente puxou o elástico do short me deixando exposta a ela. Não demorou muito pra Elis começar a passar a língua por toda extensão da minha virilha e depois começar o contato em meu clitóris que já pedia por atenção. Elis não fez rodeios e quando eu sentia que estava quase no meu limite ela introduziu dois dedos em mim que me fez gemer alto, as estocadas era rápidas e Elis sabia bem como usar os dedos. Senti meu corpo todo convulsionar e o orgasmo veio forte me deixando com as pernas Bambas.

-Está tudo bem minha linda? – Eu tentava controlar minha respiração e ela dava beijinhos pelo meu corpo.

-Posso dizer que estou no céu, puta que pariu. – Elis sorriu e eu a beijei. – Mas agora é a minha vez de te fazer ver estrela.

Retirei as roupas de Elis e me perdi naquele corpo escultura, ela era simplesmente magnifica. Nem lembro por quanto tempo ficamos ali naquele tapete.

Você partiu! (Concluída)- (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora