A festa!

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POV JULIA

Meu sangue fervia após ter escutado a voz de Silvia atendendo ao telefone da minha esposa, como aquela loira aguada teve coragem. Sai do escritório feito bala, precisava me controlar um pouco, entrei no carro e dirigi por um bom tempo. Cheguei à orla da lagoa e me sentei observando o fim de tarde, deixei as lagrimas rolarem sem me importar com que estava por perto, chorei por não conseguir dar um rumo na minha vida, chorei pelo fim do meu casamento que com certeza era mais que certo, chorei por amar uma mulher que não me pertencia. Quando senti que tinha chorado o suficiente fui pra casa, amanhã resolveria o problema do telefone que quebrei e ligaria pra Luíza.

Cheguei em casa e tirei toda minha roupa, e peguei a garrafa de whisky que havia no meu mini bar, bebia diretamente na garrafa. Comecei a pensar em Fernanda, por mais que eu quisesse tirá-la do meu pensamento ela sempre estava lá. Me recordei da primeira vez que a vi, ela estava ao lado de Tito e Camila, tão ingênua, tão menina, Fernanda era tão linda, na verdade ela é linda e hoje pela manhã ela estava ainda mais bonita. Me veio à cabeça a cena de Elis e ela no elevador, me veio a raiva novamente e eu dei outra golada. Estava sendo difícil pra mim, pensar em Luíza com a Loira e pensar em Fernanda com Elis, fiquei sentada envolvida em minha tristeza até que ouvi o telefone fixo tocar.

-Julia, por favor não desliga! – Estava tão desligada que atendi somente quando tocou pela segunda vez. – Precisamos conversar.

-Agora você quer conversar? Cansou de Silvia? –Ao ouvir a voz de Luíza a raiva me dominou novamente.

-Julia foi um mal entendido, por favor me escuta. –Fui sarcástica com ela, que estava desesperada. – Cadê seu celular?

-Está quebrado! Luíza me conte a verdade, eu quero que seja sincera comigo. –Eu queria escutar da boca dela, quero saber se ela realmente ama Silvia. – Você ama essa mulher?

-Amor não faz isso. –Escutava o choro dela pelo outro lado.

-Apenas me responda Luíza! -- Não posso manter um casamento fadado ao fracasso onde nós duas amamos outras pessoas

-Sim, mas não significa que eu não ame você! –Meu coração parecia estar sendo atingido por vários cacos de vidro.

-Era só isso que eu precisava saber Luíza quando você voltar conversaremos sobre nossa anulação. – Engoli o choro, engoli a raiva e fiz o que devia ser feito, ainda teríamos tempo pra conversamos pessoalmente, não queria que fosse por telefone, mas não aguentaria mais. – Não quero que tenha pena de mim, não posso te prender em uma relação onde você ama outra pessoa.

-Julia espera, por favor. –Sequei as lagrimas que teimavam em rolar.

-Luíza, fica bem e não se preocupe que nossa sociedade não saíra prejudicada. –Estava tão magoada e só precisava desligar aquele aparelho. – Eu espero que nós duas possamos resolver tudo como adultas, tenha uma boa noite.

Me desabei de chorar quando encerrei a ligação, só precisava descarregar tudo o que eu estava segurando a dias, chorei abraçava a minha única companhia no momento minha garra de whisky. Depois de um tempo sentada fui até o meu escritório e comecei a dedilhar algumas notas em meu violão, queria expressar a minha raiva de alguma forma.

"Switchblade

Do you remember

Making love on the hill

Você partiu! (Concluída)- (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora