My Neighbor

Distantes

Já fazia uma semana desde que Killian deixou a carta que me deixou sem ar e sem saber o que fazer por alguns minutos, ele poderia já ter deixado o país eu não sabia nada sobre sua família, só que eram médios e pessoas difíceis de lidar pelo jeito que tratavam ele. Liguei pra Regina que veio pousar na minha casa aquele dia e acabei chorando enquanto contava pra ela, que tentou ser positiva, dizendo que dois meses passam rápidos, mas eu me sentia um pouco insegura quanto a tudo, e se ele conhecesse outra pessoas esquecesse de mim e não voltasse mais, respirei fundo e resolvi seguir o conselho de Regina e ser mais positiva.

Me aproximei mais de Liam, melhor amigo de Killian, sempre esperando que ele tivesse entrado em contato com o amigo, descobri que assim como eu pensava de Killian no início, Liam não era tão idiota, conversávamos como se já nós conhecêssemos há tempos, e ficava aliviada de poder ter alguém com quem falar sobre ele, aparentemente eles eram amigos de infância e um sabia tudo sobre o outro. 

Era de tarde e fui passear com Patch no parque próximo de casa o clima estava agradável e meu cachorrinho parecia feliz de estar fora de casa, depois de umas voltas voltei pra casa, subi pra tomar banho e quando sai do banheiro vi que a tela do meu celular sobre a cama estava acesa, peguei o celular e tinha perdido uma ligação de um número desconhecido, mas possivelmente era o Killian, sou muito sortuda, bem quando não estava com o celular, corri pelo quarto para me trocar, arrumar meu cabelo e rosto e retornei a ligação em vídeo chamada. 

Me sentei na cama e esperei enquanto a ligação era feita, depois de chamar 4 vezes ele atendeu, seu rosto sorridente apareceu na tela, ele estava feliz em me ver e isso fez meu batimento cardíaco acelerar um pouco mais. 

Killian

Depois de sair daquele escritório chato que fiquei trancado o dia todo, finalmente ia pra casa, consegui depois de muita persuasão durante uma semana infernal, consegui que me deixassem me mudar para morar sozinho em um apartamento próximo ao hospital, eu havia me mudado ontem e hoje depois da aula consegui ir em uma loja comprar um novo celular, a nova faculdade era razoável, já conversava com alguns alunos, embora sem os rosto familiar que estava acostumado e sentia falta, as horas se arrastavam até a última aula.

Finalmente hoje depois do estágio, que teria mais tempo, precisava ligar pra Emma assim que chegasse em casa. Estava ansioso e pra piorar minhas três tentativas de ligação foram pra caixa postal, o que me fez pensar que ela devia estar brava comigo, e eu merecia, eu não teria gostado se fosse o contrário, mas após alguns minutos meu celular começou tocar, era ela, imediatamente comecei a sorrir e assim atendi.

- Hey! você está bem? - Emma perguntou do outro lado

- Não estava até agora, queria falar com você todos os dias.

- O que aconteceu depois que chegou aí? Uma semana sem notícias é muito tempo sabia? - pela carranca que se formou em seu rosto a preocupação tinha dado espaço a irritação.

- Leu minha carta? - ela assentiu, e senti meu rosto queimar, esperava que ela não tivesse achado muito cafona. 

- Obrigada, foi lindo, cada palavra, fiquei muito feliz por tê-la escrito - Emma disse de olhos marejados e tive que respirar lentamente para engolir o choro também.

- Que bom.. - disse sorrindo - mas assim como expliquei nela, meus pais são difíceis, não facilitaram as coisas depois de chegar aqui, tive que comprar outro celular, sinto muito por não dar notícias.

Sua expressão já tinha suavizado, não deveríamos desperdiçar nosso tempo discutindo, quando tínhamos tanta coisa melhor para conversar, passamos o resto da ligação conversando sobre como havia sido nossa semana separados, me surpreendi de sua nova amizade com Liam, ele tinha poucas amigas meninas, falei sobre o pessoal da minha nova faculdade, sem mencionar as garotas que tinha puxado assunto comigo, Emma não gostaria de ouvir sobre isso.

Emma

Ele bocejou e percebi relutante que era hora de encerrar a ligação, amanhã ainda era terça-feira tínhamos aula e ele ainda trabalho também, devia estar mais cansado que eu.

- Fique bem ok? Sei que o fuso horário é diferente, mas pode me ligar a qualquer hora.

- Se prepare então vou te ligar 3 horas da manhã - gargalhei.

- você não é tão cruel.

- É uma pena que duvide - ele disse e piscou - tenha um boa noite de sono e sonhe comigo

Claro ele não podia perder essa oportunidade, sorri.

- Digo o mesmo - ele abriu um largo sorriso, por mim não ter dito que não sonharia, como de costume.

- Killian - fiquei seria, lembrando da carta, aquelas três palavras que me fizeram sorrir sozinha a semana toda, encarei-o por alguns segundos antes de dizer - Eu também amo você.

Ele ficou surpreso, mas claramente feliz, abriu a boca e fechou a boca, e por fim disse sorrindo;

- Não resistiu aos meus encantos hein...

- Idiota -respondi rindo. 

Depois de desligar a ligação, Emma ficou mais um tempo acordada, embora já tivesse deitado para dormir, e naquela noite quando finalmente dormiu, sonhei com ele.

Do outro lado do oceano, na Inglaterra killian sonhava com ela.