Capítulo VIII

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Acordei com Clarie sobre mim, estava tão fraco a ponto de não conseguir segurar ela direito. Marie ainda estava comigo, pelo visto passou a noite comigo e não me deixou só. Ela tinha preparado um café da manhã bem apetitoso, panquecas com ovos e suco de laranja. Para mim, isso é um banquete.

-Estás se sentindo melhor Hux?- Marie me questiona.

-Sim estou. Marie, muito obrigado pela a sua ajuda. Sem você, não sei o que faria nessa situação. Você deve ser meu anjo da guarda que eu não descobrira antes.

Ambos rirmos de minha suposição.

Ao finalizarmos a refeição, levei Marie para casa, era o mínimo que eu tinha que fazer. Era uma casa grande e aconchegante, cheia de rosas pelo seu vasto jardim, dava para sentir o cheiro das rosas por toda a casa. Ela me convidou para ficar, mas eu tinha que arrumar minha casa e escrever mais. Isso desencadeou mais um capítulo: a verdade e a ficção.

Por título, já dava para perceber que eu ia contar sobre escolha de determinadas situações, envolvendo tanto meu conhecimento quanto pensamentos filosóficos que eu conhecia, de forma simples, sem deixar um capítulo chato e entediante. Finalizei com 3 perguntas: Você escolheu escolheu seu jeito de ser ou os pensamentos dos outros que construíram? Por que você escolheu esse lado? Você gosta do seu estilo de vida?

Isso faria cada um parar pra pensar por um momento. E até o autor parou de escrever para pensar.

Aproveitei esse momento para ver a caixa que meu falecido pai tinha deixado para mim. Era pequena e com traços distintos. Ao abri-lá, vi um pen drive e uma carta, sendo minha mãe a destinatária. Era uma carta de amor do meu pai, dava para perceber que ele a amava muito, cada palavra e elogio fazia com que eu conhecesse mais ele. A carta se encerra com a frase "Sempre vai ser nós, eu e você. Juntos. Eu te amo e sinto sua falta."

Aquilo era lindo, ambos fiéis ao amor que eles criaram, me fazia sentir orgulhoso deles.

O dispositivo USB continha vídeos deles juntos, no casamento, meu nascimento, até os 8 anos de idade. Meu pai deixou tudo registrado, não me contive as lágrimas, elas simplesmente desceram a cada vídeo que eu passava. Eu queria abraçar meus pais naquele momento, era uma sensação que nunca mais irei ter, mas eu amo imaginar eles felizes, faz com que eu continue vivo com o amor e carinho deles.

Após o deja vu das lembranças, Clarie subiu em meu ombro e começou a esfregar seu rosto na minha bochecha, ela fazia isso sempre que eu estava emotivo, parece que sabe o momento certo de agir.

Fui trabalhar mais alegre e confiante, aquilo estava me fazendo refletir sobre tudo que eu fiz até agora em minha vida, dando esperanças de tentar coisas novas e peculiares. 

Rey estava a todo vapor com vários clientes e seus pedidos; Finn atendia os pedidos no caixa enquanto eu estava na cozinha a fazer tudo com um grande carinho.

Mais tarde, Kylo apareceu no local; sua aura maravilhosa encheu aquele lugar; seu sorriso parecia uma bela obra de arte feita por seus pais. Eu estava completamente apaixonado por ele, não consegui resistir seu olhar para mim, me fez ficar preso como uma aranha que prende sua caça; era um veneno que me fazia morrer de amor; Algo abstrato e reluzente para mim.

Rey vem até mim e me abraça por trás:

-Hux, está liberado por hoje, aproveite o momento e diga o que sente por ele.

-Tu achas que será possível? E se eu fazer errado?

-Não se preocupe, os dispostos se atraem.

Eu fiquei impressionado com essa frase, a Rey realmente está se tornando uma pessoa melhor em quesito de empatia.

-Estou orgulhoso de você.-Respondi

-E eu estarei também se você se retirar do trabalho agora e ir conquistar aquele que você ama.- Ela me empurrou para fora da cozinha e tirou o meu avental.

Me ajeitei e fui em direção a ele, me senti preso novamente em seu rosto, aquela sensação de segurança que eu senti aumentava a cada passo que eu dava, fazendo com que tudo ruim que acontece, fosse nada. 

-Oi- Falei em um tom calmo.

-Olá Hux, sente-se.

Assenti e me sentei com o mesmo.

-Estás livre agora?

-Sim; E por falar nisso, podemos ir ao parque da outra rua por um momento?- Perguntei.

-Mas é claro! Vamos?

-Vamos.

É meu querido lado tímido, hoje eu vou te abandonar por um momento.

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