The Girl Next Door [Terminada]

Febril

Ela ainda chorava se sentindo completamente injustiçada. Tudo deve lhe parecer muito dramático caro leitor, mas diante de tal história como poderíamos julgá-la?

Sasuke a embalava, aproveitava o abraço que podia dar nela. Acariciava as costas delicadas mandando calma ao seu corpo miúdo. Aproveitava cada segundo dela. Achava engraçado como o corpo dela conseguia ser tão quente.

-Ninguém é tão perfeito... Droga. -Dizia ela com sua voz sufocada no pescoço dele. Ele riu.

-E-e se um dia eu me apaixonar por alguém que não seja você? Ainda vai me querer por perto? E quando eu não superar suas expectativas? -Ela perguntava tristemente. Ela estava abraçando os próprios joelhos enquanto se escorava em seu peito. Ela olhava a piscina que mais parecia um mar azul por ser de areia.

-Seria horrível é claro. Mas eu acredito na minha maturidade. Se outra pessoa fizer você feliz... Hn. -Ele se interrompeu.

-Se cobra muito. Tem que agarrar o que fizer você feliz. -Ele completou. Se encaravam intensamente.

x

Mais algumas semanas haviam se passado. Sakura sempre estava conversando com ele. Assim que acabava seus estudos ela ia ficar com ele no escritório quando os trabalhos dele não eram tão pesados. Conversavam muito e a amizade se tornava algo sólido.

Ela estava sentada na janela, esta tinha recebido travas desde a sua última e primeira crise. Sasuke confiava nela, a trava foi um acordo entre eles. Ela via a tempestade que se formava la fora. As nuvens pesadas se uniam e o vento gelado soprava, balançava as árvores lá fora como em filmes apocalípticos. Era fim de tarde e neste dia ela havia ficado sozinha em casa. Sasuke passou a ir alguns dias para empresa para que não chamasse atenção afinal ele fora o último cliente de "Samantha". Os atores despistaram a organização criminosa, mesmo assim, era mais seguro que ele agisse normalmente. Em casa ela estava segura, os homens da Naicho e de Madara sempre rondavam o local. Um trovão a fez pular. Encarou o celular, quase hiperventilou quando seu cérebro assimilou as palavras enviadas por Temari. Leu e releu diversas vezes aquilo.

"As 20H a Interpol vai pegá-los em flagrante. Vamos transmitir tudo para você. É só o começo Sakura!".

Mil coisas se passavam na cabeça dela. Estava feliz é claro, mas também com muito medo. E se tudo desse errado? E se localizassem ela? Respirou fundo com muito custo tentando se controlar. Após algumas vezes conseguiu se estabilizar.

"Vão tentar traficar mais oito garotas dessa vez, vamos pegar esses filhos da puta graças a você."

Mais uma vez ela tentou respirar fundo. Se ela se lembrava bem dos sintomas de ansiedade provavelmente a havia desenvolvido por conta das experiências traumáticas. A garota apagou as luzes do quarto e se encolheu na cama em baixo dos seus grossos cobertores brancos. Fechou os olhos tentando ouvir o barulho da chuva mas os trovões a faziam pular. 

-P-Por favor pare... -Dizia ela para si tentando controlar a ansiedade. Respirava fundo e suava frio.

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O perfumista estava no meio de uma reunião com alguns poucos acionistas e alguns funcionários. Seu lucro quadruplicara, mas ele sequer ligava para isso. Havia ordenado doações para ongs que combatiam tráfico humano e para órgãos de proteção ao meio ambiente e isso não lhe fazia cóssegas nos bolsos. Encarou a tela de seu celular enquanto escutava a apresentação de desings e marketing para os perfumes e cosméticos. Suspirou ao ler a mensagem de Temari. Somente em reuniões com os seus acionistas ele andava devidamente arrumado, estava impecável em um terno escuro de grife. Ele se levantou saindo apressado da sala deixando todos confusos. Na porta ele se virou para as pessoas que ia deixar.