Depois de tudo o que ocorreu poderíamos esperar que ambos estivessem em casa, tomando um sofisticado vinho em frente a uma lareira. Ou tomando um banho quente juntos. Mas não, não foi isso o que escolheram. Sakura estava sentada em cima de uma cerca no mirante, estavam em cima de uma cerca que delimitava uma rua aos arredores da cidade. Era um local alto e podiam ver toda cidade brilhando. Conseguiram fugir dos repórteres e de toda a mídia por hora, mas matérias sobre a bravura de ambos já chegava aos jornais, apesar da identidade da Haruno estar sendo ocultada.
Sakura mordiscou um cachorro-quente cheio de ketchup assim como o de Sasuke. O cabelo de ambos estava bagunçado e até duro, suas roupas suadas e rasgadas e ambos sujos e cheios de hematomas... Mas o sorriso em seus rostos era de uma felicidade admirável.
-São coisas que a gente diz no primeiro encontro sabe? -Resmungou Sasuke depois de tomar metade de um copo enorme de refrigerante.
-O que? -Ria Sakura.
-Que você me colocaria em um relacionamento com adrenalina em dobro. -Disse ele tentando parecer indignado. Sakura o empurrou levemente voltando a morder seu lanche. Sasuke estava na metade do dele.
-É o melhor cachorro-quente que eu já comi! -Disse ela fechando os olhos ao sentir o vento lhe soprar os cabelos.
-Tem gosto de liberdade. -Disse ela gargalhando.
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Naquela noite depois de conversarem tranquilamente no mirante, decidiram ir para casa. Madara havia limpado os assediadores de plantão da mesma. Sasuke havia preparado um banho quente para ela em um ofurô e então entraram juntos nele. Sakura fez caretas de dor pelos ferimentos. Ele a puxou delicadamente para si. Tinha um desejo voraz por ela, mas também um amor puro.
A ajudou a lavar os cabelos, massageou as costas dela, lhe beijou a ponta do nariz porque ela sempre ria com isso e depois ficaram um tempo abraçados conversando sobre mais alguns elementos da noite. Quando saíram do ofurô, se secaram e ela apenas se vestiu com uma camisa dele. Ficaram olhando um para o outro entre as luzes amareladas enquanto o vento anunciava uma tempestade lá fora. Sakura lhe acariciou o rosto, mas os onixes não saíam dela.
-Como me encontrou? Temari disse que não faziam idéia de onde eu estava. -A voz dela saiu fraca.
-O seu perfume. Como eu disse... Eu sempre vou encontrar você! -Disse ele por fim e um grande silêncio pairou no local. Ele se aproximou deixando suas testas coladas.
-Se eu pudesse traduzir amor em um cheiro... Seria o seu. -Disse ele por fim. Algumas lágrimas rolaram o rosto dela, ele apenas a abraçou beijando o topo de sua cabeça. A embalou até que ela dormisse. Mas ela não conseguiu.
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Naquela manhã Madara teve que fazer o mesmo, despitar a mídia e afastá-la do "casal" porque ela não se cansava da garota valente que pediu ajuda a um empresário podre de rico sem saber quem ele era, para livrar-se de uma pesada máfia de tráfico humano. A identidade de Sakura foi preservada mas não a de Sasuke. A mídia queria descobrir quem era a menina.
Naquela manhã ela optou por uma calça de cós alto em jeans claro, camiseta simples e um sobretudo vermelho. Sasuke usava calças de algodão mais grossas e cinzas e uma blusa social de linho branco com um casaco escuro. Dirigiram até o aeroporto e por uma entrada específica e diferente foram recepcionados até a pista de avião. Sakura entrou no jatinho particular sentindo-se um estorvo terrível, mas também sentia esperança por estar voltando para casa. Finalmente veria seus pais. Sasuke a levaria até seu endereço para que ela se sentisse segura. Ele conseguia captar o desconforto no rosto dela, mas também o alívio de estar voltando para casa. A deixou se acomodar nos bancos de couro claro. Naquela noite ela não conseguiu dormir, mas ele ficou ao seu lado falando sobre coisas que ela gostava de ouvir como viagens, planos para o futuro e afins. Se sentou ao lado dela e ela se encolheu ao seu lado em seus braços. Sasuke ja estava viciado em como aquilo, ter ela ao seu lado, era bom. A viagem fora tranquila. Demorou algumas horas.
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The Girl Next Door [Terminada]
Ficțiune științifico-fantastică"O olfato é um dos sentidos humanos mais banalizados que existem e talvez por isto, o mais perigoso.Talvez não mais banalizado que a intuição." Uchiha Sasuke é um grande e bem sucedido perfumista a frente de seu tempo. Jovem e ambicioso, Sasuke é d...