Um sábado normal

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POV - Finn

Ao deixar ela em casa, dirijo até a loja, entro com a chave reserva. Caminho entre as prateleiras indo em direção a porta do estoque, me abaixo , pego a arma e ponho na cintura. Essa merda ainda vai me ferrar.
Chegou uma guitarra na loja, foda demais, coloco ela nas costas, sei que vou ficar devendo pro meu tio de novo.
Subo na Harley, e paro no posto pra abastecer. Ao descer, coloco a mão no bolso e percebo que estou sem a carteira. Do outro lado da rua, o ruivo almoça com uma garota, ligo pra ele.

- Pode atravessar a rua e pagar minha gasolina? Perdi minha carteira.

- Ta de sacanagem comigo? Peter tira seus óculos escuros e me vê acenando pra ele.

- É serio.

- Merda Finn, já vou. Ele desliga.

Peter chega tirando o dinheiro da carteira e falando com o atendente: - Deu quanto?

- R$67.00 senhor. O garoto responde.

Peter me olha bravo.

- É que eu comprei um maço. Falo enquanto acendo um.

Subo na moto e Peter diz: - Sabe que ta me devendo né?

- Sei, mas eu sempre pago.

- Roubou da loja?  Ele aponta pra guitarra nas minhas costas.

- Vou pagar também. Rio enquanto a fumaça sai pela minha boca.

- Para de me ligar Wolfhard. Ele diz virando as costas.

- Gostei do óculos. Gritei, e o ruivo mostrou o dedo do meio pra mim.

Penso onde deixei aquela merda de carteira e meu telefone toca. Paro pra atender: - Oi, ta pronta?

- Sim, o que quer fazer?

- Vamos almoçar, logo depois que eu achar minha carteira.

- Ela tá comigo.

- Oque?

- Você deixou aqui, estava no chão embaixo de umas roupas.

- Ah, tá, daqui a pouco to ai.

Dirijo até a casa dela, o vento nos meus cabelos é o que faz eu me sentir vivo na maior parte do tempo.
Ela está me esperando na varanda, usando uma meia calça que eu adoraria rasgar. Uma doce garotinha que preciso proteger, isso é o que vejo ao olhar pra ela.

[...]



POV ( S/N)

Finn acende um cigarro enquanto caminho até ele.

- O que é isso? é sua? pergunto.

- Agora é, tava na loja.

- Foi isso que você foi fazer lá?

- O que? ah, sim, sim foi.

- Toma.  Devolvo a carteira à ele.

- Mexeu? Ele pergunta colocando ela no bolso.

- Por que? algo que eu não devesse ver? Tiro o cigarro de seus lábios.

Finn sorri e desvia seu olhar para baixo.

- Sou um cara de palavra, eu disse que guardaria. 

- Agora eu sei.

Subimos na moto e Finn dirige até o centro da cidade, parando em frente à um restaurante caro.

- Temos dinheiro pra isso? Pergunto.

- Nem esquenta. Finn entrelaça seus dedos nos meus e entramos.

𝑇𝐻𝐸 𝑃𝑅𝑂𝑀𝐼𝑆𝐸 Onde histórias criam vida. Descubra agora