Outra promessa

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(Barulhos de pedras na janela) 02:46am

..oque? Abro os olhos e desbloqueio o celular, 27 chamadas perdidas do Finn, tiro do silencioso. O barulho continua, me levanto e caminhos até a janela. Finn está parado olhando para cima, mas que merda que ele tá fazendo aqui? Desço as escadas e abro a porta, o encontro na varanda:- O que é isso? São quase três horas da manhã, por favor vá embora.

- Escuta, eu sei que eu errei, eu sei que eu fui um otario, não deveria ter dito nada daquilo tudo bem?

- Finn... por favor, chega, chega disso.. já foi longe demais.

- não, me ouve, eu preciso que você acredite em mim s/n..seus olhos se enchem de lágrimas

- Se é sobre o Peter, nem sei o que te dizer porque é loucura.. é simplesmente loucura!

- É muito mais do que isso, eu não estaria aqui se não fosse importante, acredita em mim porra!

O encaro com os braços cruzados enquanto Finn caminha pela varanda pensativo e nervoso:- s/n podemos ir até a minha casa?

- O que? Não! boa noite Finn.. pra mim já chega. Me viro e ao por a mão na maçaneta sou impedida.

- Não! ele segura meu braço, você vai ver, vamos. Finn me puxa até a harley

- Para! Você tá me assustando! Que merda Finn me solta!!

- Tudo bem, tudo bem, merda, não grita por favor

- Por favor? me diz o que ta acontecendo com você, porque você tá fazendo isso comigo?

- s/n não chora, droga.. não suporto magoar você..Finn me abraça.

- Só quero que as coisas voltem ao normal.

- Nada nunca foi normal, você sabe disso, querer as coisas como eram antes é uma ilusão s/n, nada nunca vai ser como antes.

-Por que você fez aquilo? Por que você matou ele? O que você fez com o corpo dele Finn? Como você sabia matar alguém? E porque você arriscou a sua liberdade com isso?

- Eu poderia te dizer tudo isso, eu juro, eu conto tudo pra você se você ir comigo até a minha casa.. é o único lugar seguro pra falar sobre isso, por favor.

Eu espero não me arrepender disso:- Tudo bem..seco minhas lágrimas, vamos.

Novamente vejo a cidade ficando para trás, e apenas árvores e mais árvores nos rodeiam, a longa estrada é pouco iluminada pelos postes de luz, e aquela linda mansão branca que ele mora é assombrosa demais ao cair da noite. Entramos pelos grandes portões e Finn estaciona bem em frente a porta principal, subo as escadas orando ao Deus que eu nem sei se existe, que ele me proteja de qualquer coisa que possa acontecer, com certeza a atitude do Finn foi bizarra e convenhamos que eu poderia estar caminhando para morte, mas era muito mais complexo do que isso.
- Tudo bem, chega de mistérios, conta.

- Tem certeza que não quer beber alguma coisa? O que eu vou dizer pode não ser fácil de digerir assim.. Ele arruma o cabelo.

- Vodka. E não enrola, conta.

-Vamos até a biblioteca? Por favor ?

Caminho pelo corredor a passos lentos atrás dele, ele olha para mim com uma cara nada amigável, Finn estrala os dedos repetitivamente e então abre a porta da biblioteca, liga o abajur e se escora na mesa, tiro alguns livros de cima de uma pequeno sofá e me sento desconfortável, com meus braços abraçando meus joelhos.

𝑇𝐻𝐸 𝑃𝑅𝑂𝑀𝐼𝑆𝐸Onde histórias criam vida. Descubra agora