Let me be your friend

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Viviane

Estava quase terminando meu trabalho na floricultura. Já marcavam sete e meia da noite e como hoje estava sozinha, estava muito cansada. Terminei de atender o último cliente e comecei a arrumar minhas coisas, apaguei as luzes e ao sair tranquei a loja, sou pega de surpresa quando vejo Daniel, irmão da Elisa, em frente a loja escorado no carro, ele mexia no celular e quando levantou a cabeça sorriu.

O que ele faz aqui? - pensei. Eu revirei meus olhos e continuei meu caminho, ouço passos atrás de mim e quando notei que ele não iria parar de me seguir, parei e me virei rapidamente o pegando desprevenido.

- O que quer?

- Posso te levar em casa? - realmente não entendia por que ele estava insistindo tanto, ele é o tipo de cara que tem todas ao seus pés, se eu o rejeitei várias vezes por que ele ainda continua? 

- Não. - voltei a caminhar e ele acelerou o passo ficando agora na minha frente.

- Vamos, você deve estar exausta e não é nada seguro andar por aí sozinha a essa hora.

- E como bom samaritano você quer me acompanhar? - ele assente. - Não obrigada.

- Porque é tão durona? Só tô querendo ser seu amigo.

- Da sua amizade quero distância, sei bem quais são suas intenções, está estampado em seu rosto.

- Tudo bem, eu admito que queria muito ficar com você e depois fingir que nada aconteceu. - arqueei a sobrancelha. - Mas você é diferente, se fosse outra estaria se jogando em cima de mim, mas você não.

- E? Escuta, você deve estar com o orgulho ferido, por isso está agindo assim, mas tenho certeza que isso logo vai passar, então se me der licença. - continuei a caminhar, pus as mãos no bolso do meu casaco e acelerei o passo pois o tempo tinha esfriado.

Ele parecia ter parado de me seguir e fiquei um pouco aliviada. Viro a esquina que levava até minha casa e xingo mentalmente por ter três caras logo a frente, eles eram baderneiros que sempre que podiam incomodavam alguém, respirei fundo e comecei a caminhar afinal era o único caminho que tinha.

- Ei, olha só. - um deles cutuca o outro.

- Ei gata aonde vai sozinha? - eu os ignoro mas eles insistem. - Vamos, me responda.

- Podemos acompanhar você, pode ser... perigoso uma gatinha andar sozinha por essa rua. - eles riram, a essa altura já estava com o coração apertado, nesse momento sou puxada por um dos caras.

- Não nos ouviu? Quer nos fazer de idiotas nos ignorando?

- Me larga, agora. - ordenei e eles riram.

- E se eu não quiser?

- Então vão ter que se ver comigo se encostar na garota. - olho para o lado e vejo Daniel, ok, eu fiquei feliz por ele ter aparecido mas por que ele não tinha ido embora? Tenho certeza de não tê-lo visto por perto.

- Quem é você?

- Isso não importa, solta ela ou eu vou arrebentar essa sua cara feia.

- Tsc, quem pensa que é idiota?! - o cara que segurava meu braço disse. - Peguem ele. - os outros dois foram até Daniel pra ataca-lo mas o mesmo começou a lutar com ambos. - Droga. - quando os dois caras estavam caídos o que estava comigo me soltou e correu até ele com uma faca na mão.

- Daniel cuidado ele está armado! - ainda sim ele foi ferido no braço mas conseguiu por o outro pra dormir também.

- Bando de babacas... você tá bem? - se aproxima de mim e eu fico o encarando confusa, surpresa ou até assustada.

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