Luz, câmera, amor!

Threats

Jungkook

Já era de manhã, seis e meia pra ser mais exato, Ely ainda dormia tranquilamente ao meu lado, lhe dou um beijo na testa e me levanto devagar para não acorda-la, sigo para o banheiro e começo minha higiene matinal, ouço meu celular tocar, vou rapidamente atendê-lo e saio do quarto, era um número desconhecido.

- Alô?

- Oi meu filho. - fico tenso ao ouvir a voz dele outra vez, meu coração acelera.

- Qual parte do me deixe em paz você não entendeu?

- Que isso Jungkook? Sou seu pai, mereço teu respeito. - eu ri irônico.

- Respeito? Espera, como que posso ter respeito por um imbecil que abandonou a mulher e o filho? 

- Águas passadas Jeon, garanto que Jung me perdoaria.

- Para de me ligar.

- Ei, ei, calma, só quero conversar pessoalmente com você, eu tentei começar isso com sutileza, mas parece que você não quer colaborar, então serei claro, vem me encontrar ou você vai ter que lidar com o sumiço de alguém querido seu. - engoli seco.

- Não está falando sério.

- Ah não? Escola primária em Incheon, como é mesmo o nome da pirralha? Ah, Min acertei? 

- Fica longe da minha irmã!

- Venha ou não respondo por mim, te passo o endereço.

Ele desligou e minutos depois recebo uma mensagem com o endereço, respiro fundo e reprimo a vontade de socar ou quebrar algo, voltei para o quarto, me arrumei e olhei para ela uma última vez antes de sair.

***

Já estava perto do local, um café pra ser mais exato, estaciono o carro em frente e assim que saio vejo aquele homem sentado numa das mesas que ficam ao lado de fora tomando algo, me aproximo.

- Kang Dae. - digo com certa frieza, ele me olha e sorri o que me faz revirar os olhos.

- Jeon, sente-se, quer beber algo?

- Vá direto ao ponto, deixei minha namorada em casa e ela não sabe que eu sai.

- Ah, a jovem bonita que estava com você outro dia, da pra ver o quanto gosta dela.

- Quer me dizer o que quer?

- Tenha a calma meu filho, faz anos que não nos vemos, beba um café comigo.

- Primeiro, pare com esse teatro idiota, segundo não me chame de filho, terceiro vá direto ao ponto Kang Dae.

- Não me trate como um estranho Jungkook. - disse sério.

- É o que você é pra mim. - ele respirou fundo.

- Bom, já que insiste, seu velho pai quer a ajuda do filho dele... - ele para ao receber uma mensagem e sorri. - Estou com um problema com a empresa e corro o risco de perde-la.

- E o que eu tenho haver com isso?

- Tudo, ou quase tudo, primeiro pensei em fazer você se casar com a filha de um amigo meu que é muito rico. - eu não estava acreditando no que ouvi.

- Espera aí, achou mesmo que eu iria aceitar algo ridículo assim? - eu ri. - Que direito você tem pra isso?

- Deixe-me terminar. - falou sério. - Eu iria dar meu jeito pra você aceitar, mas você resolveu começar um namoro com essa garota, mas não descartei a idéia, o que me diz, se separe da garota e me ajude e tudo fica bem.