Distrust

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Meu coração acelerou quando o carro passou perto de onde eu estava, por sorte estava tudo escuro por conta da noite. Ao vê-lo se afastar voltei a correr parecia que aquela floresta não acabava nunca, porém meu desespero aumentou quando ele começou a gritar meu nome, claro que ele iria notar a porta.

 Estava ofegante mas não parei, sorri ao ver a estrada e o bandido não havia me alcançado, só que antes mesmo de passar pela última fileira de árvores e mato, sou atingida na cabeça, vou de encontro ao chão, mas antes olhei para meu agressor, vi uma silhueta feminina e depois apaguei.

O som de vozes ecoava em minha mente como se as pessoas estivessem longe mas não estavam, minha visão ainda estava borrada, os dois estavam discutindo? Era o que parecia. Aqui estou eu de novo amarrada a uma cadeira. A porta é fechada bruscamente, ouço os passos virem em minha direção, agora estava na sala.

- Levanta a cabeça - ordenou porém não fiz de imediato então ele segurou meu cabelo com força e me fez encara-lo. - O que eu disse sobre tentar fazer gracinhas? - ele riu debochado. - Você é esperta mas nem tanto, imaginei que fosse uma fresquinha.

- O que raios querem comigo?! É dinheiro? Eu dou mas me deixe ir embora! - ele riu maldoso.

- Tolinha, minha chefe tem dinheiro suficiente também então não tente esse truque barato, ela precisa de uma coisa e você é um obstáculo.

- Então é uma mulher, mas eu não fiz nada de mau pra ninguém, por que disso?

- Fique quietinha, não vou responder mais nada - o jeito era ficar calada por um tempo. - Se feriu - ele lançou seu olhar para minha mão e depois tocou com o polegar acima da minha sobrancelha. - Ela te acertou em cheio. - ele se levantou e foi até uma sala que julguei ser outro banheiro, voltou com uma caixa escura em mãos, pegou uma cadeira e se sentou na minha frente.

- O que pensa que esta fazendo? - perguntei ao vê-lo aproximar um algodão molhado no corte em minha testa.

- Tentando limpar isso, se ficar quieta não vai arder.

- Não preciso da sua ajuda.

- Oh, não precisa? Então veremos o que você vai fazer com a sua mão quando a ferida infeccionar, ela está aberta e o corte foi fundo, vulnerável a qualquer bactéria. - ele balançou a cabeça de um lado para o outro em negação. - Tsc, tsc, vai ficar muito feio. - ele se levantou e me deu as costas.

- Espere. - sou orgulhosa, mas prefiro aceitar sua ajuda do que ter de amputar minha mão por infecção.

- Mudou de ideia? - virei o rosto para o lado e o ouvi rir nasalado. - Deveria aprender a ser menos arrogante garota, seu namorado devia lhe ensinar isso, ele não é do tipo que tem nariz empinado. 

- Você conhece o Jungkook? Aí! - ele põe um curativo assim que termina de limpar.

- Qualquer cara do meu tipo... talvez não todos, mas a maioria conhece o Jk, seu namoradinho adora se meter em uma briga ou melhor adorava. Vou desamarrar você mas é melhor não tentar fugir, não vou ser bonzinho da próxima vez. - ele assim fez e começou a cuidar do ferimento.

Esse cara... que tipo de sequestrador ele é?

- Como conhece ele?

- Nunca tivemos contato, mas ele era bastante famosinho, ele e aquele grupinho dele, já o vi brigar uma vez e foi impressionante.

- E no entanto você sequestrou a namorada dele, ele vai vir atrás de mim sabia?

- Ele gosta de você tanto assim? - ele ri debochado. - Quem diria que ele iria se prender a alguém.

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