37 | MINHA ESPOSA: ERIN INVICTA EVERLY ROSE

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𝐴𝑋𝐿

A semana passou rápido e as organizações do casamento estavam cada vez mais me deixando estressado. Fora de casa as coisas não estão cooperando, Steven ainda está agindo com estranheza comigo, mas os caras estão levando com tranquilidade, até citando algumas vezes sobre o filho que eu e Erin estamos esperando e toda função do casamento.

Quando eu penso que poderei encontrar um porto seguro assim que chego em casa, me engano totalmente. Eu me mudei para a casa que Erin mora e onde nós usamos para algumas reuniões, mas deixamos de fazer ensaios depois que a gravidez progrediu. Entretanto, ainda assim, a casa está praticamente de cabeça para baixo, como se um ciclone tivesse passado por aqui.

Para qualquer canto que você olhe da casa, irá encontrar alguma peça de roupa espalhada. Depois que eu trouxe minhas coisas para cá, por mais que sejam poucas, deu a impressão que a casa está mais cheia e, consequentemente, mais bagunçada. Há também pedaços de madeira e móveis ainda embalados pela sala, nós decidimos fazer uma reforma que está custando meu rim esquerdo e, pelo jeito, não vai demorar para custar o direito também.

"Cheguei!" Anunciei e acabei tropeçando em uma pilha de lajotas assim que fechei a porta de casa "Merda." Sussurrei e logo me ergui do chão.

Passei pela sala de estar indo até à cozinha, meus dedos estavam gangrenando pelo fato de as compras estarem quase se arrastando no chão, mas eu me recusava a pedir ajuda de Erin, ela não pode fazer nenhum esforço.

Guardei o pote de sorvete no congelador e o arroz já estava pronto na panela. Eu não me sinto direito de julgar, mas Erin implorou a semana inteira por arroz com sorvete e dizem que se você nega desejo de grávida, o filho nasce parecido com a comida.

A televisão da sala estava ligada em um canal qualquer, sendo apenas um som de fundo para a casa não ficar tão silenciosa. Chamei pelo nome de Erin mais algumas vezes, mas recebi apenas um vácuo como resposta. Guardei as compras e fui até o andar de cima, subindo silenciosamente caso ela estivesse dormindo.

Erin passou a semana inteira enjoada e acabou vomitando algumas madrugadas. Eu sei que isso é normal durante o período de gravidez, mas eu ainda tenho medo de fazer algo errado. Eu prometi que iria mudar, que iria ser um pai e marido decente, mas um filho não é para qualquer um e situações que não estão sob meu controle me assustam.

"Erin?" Passei em todos os quartos, mas ainda sem nenhum sinal dela "Erin? Eu disse para você me avisar caso saísse, você está grávida, ou não se lembra?" Parei em frente ao quarto que futuramente será do bebê, a porta estava fechada e nenhum som vinha lá de dentro.

O que era de se estranhar já que eu avisei para Erin não fechar a porta para a tinta das paredes secarem mais rápido.

Girei a maçaneta e a empurrei, estava trancada. Colei minha orelha na porta, tentando ouvir se Erin estava lá dentro, mas mais uma vez o silêncio se perpetuou na casa.

Empurrei mais uma vez a porta com força e de repente um som correspondeu-me. Era um som esquisito e indecifrável. Testei mais uma vez para ver se o som se repetia e dessa vez eu reconheci; Erin estava chorando.

"Erin? O que aconteceu?" Empurrei a porta com toda a força dos meus braços, mas aquela porra de madeira não se movia "Por favor, abre a porta. Erin, o que aconteceu?"

Eu não sabia se estava bravo ou triste, um pouco dos dois, e também uma mistura de preocupação. A mulher não respondia nenhuma das minhas perguntas e a porta não estava nem sequer com uma rachadura.

"Erin!" Gritei mais alto do que poderia imaginar, o som de choro parou e naquele momento eu jurei que só sairia de lá depois que aquela porta estivesse no chão. "Erin, fala comigo! Porra!" Meu rosto já estava vermelho e eu sentia algumas lágrimas ameaçavam escorrer pelo meu rosto.

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