14 | I MISS YOU

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𝐼𝑆𝐴𝐵𝐸𝐿𝐿𝐴

Acordei com voz suave da minha mãe chamar pelo meu nome. Era uma manhã de inverno, no céu era possível notar alguns raios de sol passando entre as nuvens. Minha mãe tomou um café da manhã comigo enquanto meu pai ainda fazia alguns exames. Depois do susto que levamos na noite passada a enfermeira nos comunicou que estava tudo sobre controle, porém meu pai estava ficando cada vez mais fraco.

Assim que desci na recepção fui para a frente do hospital esperar pelo táxi, mamãe me deu alguns trocados para poder voltar para casa e tomar um banho quente para tirar essa sensação de hospital. Olhava aos redores e nem sinal de táxi algum, os poucos que passavam ignoravam minha presença ou já estavam ocupados por outro passageiro.

Olhei em direção ao estacionamento quase vazio e avistei um carro conhecido, pensei estar confundindo as coisas mas quando me aproximei tive certeza absoluta do que estava vendo.

"Liam?" Dei batidas no vidro do carro na esperança de acordá-lo, mas o mesmo continuava perdido em um sono profundo.

Passei o braço pela fresta da janela que Liam tinha deixado aberta e consegui alcançar a buzina. Um buzinada foi o suficiente para que ele saltasse do banco gritando "Eu juro que não fiz nada."

"Fez o que? Você tá doido." O olhei rindo da situação "O que você está fazendo aqui?" Perguntei enquanto ele tapava os olhos com suas mãos.

"Eu estava te esperando." Liam deu um sorriso fraco sem mostrar os dentes, fazendo uma expressão de extrema surpresa brotar em meu rosto "Eu não achei muito conveniente te acompanhar até o quarto do seu pai, afinal são assuntos familiares e eu não quero parecer intruso ou algo do tipo, mas eu não poderia deixar você passar sozinha por isso."

Apoiei minhas mãos no carro olhando para o chão um pouco constrangida "Você não precisa fazer isso." Disse enquanto ele arrumava seu cabelo olhando pelo retrovisor do carro "Eu não sei como agradecer mas eu não quero me tornar mais uma preocupação na sua vida."

"Você não precisa se preocupar, eu fiquei todo tempo aqui porque eu me importo com você." Liam lançou um olhar de compaixão e saiu do carro ficando frente a frente com meu corpo "Não precisa ser a pessoa mais inteligente para notar o quanto você está se sentindo sozinha, eu estou aqui para te apoiar, da melhor forma possível."

Ele me puxou para um abraço aconchegante, admito que estava um pouco surpresa, não esperava que Liam fosse tão atencioso e gentil. Talvez a sorte tenha batido em minha porta.

𝐴𝑋𝐿

Fiquei surpreso ao saber que Izzy frequenta lugares como esse, e ainda por cima nem compartilhar comigo suas 'compras'. Stradlin notou as sacolas jogadas no chão espiando por cima e decidiu se juntar a nós.

"Não, nós temos uma banda mas agora ela é composta somente por mim e Axl." Izzy bebeu um gole da sua bebida "Esse bundão demitiu o baterista." Deu um empurrão em mim, fazendo eu o olhar torto.

"Eu posso recomendar alguém para substituir o baterista." Steven saltou do sofá que estava sentado com os olhos arregalados. Todos prenderam a atenção no loiro para que ele continuasse "Eu!"

Olhei diretamente para Izzy esperando encontrar uma resposta em seu rosto, o que é praticamente impossível para um cara sem expressão.

"Beleza." Izzy deu de ombros, mas Steven quebrou o silêncio que estava prestes a se formar.

"Eu tenho uma condição." O loiro fez uma pausa misteriosa enquanto uma expressão de 'que merda ele está fazendo' se formava em meu rosto "Eu só aceito entrar na banda se Slash poder se tornar um integrante também."

O cabeludo soltou uma fumaça de seu cigarro tirando o cabelo de seus olhos. Ele assentiu fazendo um sinal de aprovação com a cabeça e voltou a se esconder entre seus cachos.

"Nos encontramos na esquina da Santa Monica para ensaiar." Afirmei indo em direção aos fundos onde se encontrava os quartos "Espalhem panfletos, não estou muito a fim de me apresentar só para o dono do bar e o faxineiro."

Entrei em um quarto qualquer e tirei do bolso um papel e uma caneta que sempre me acompanhavam, ignorei alguns rabiscos e manchas nítidas pelas bordas do papel e comecei a escrever.

'Eu não sou tão bom em matemática, mas pelas minhas contas hoje é meu 20º dia sem você. Eu sinto muito a sua falta e não suporto mais enxergar sua imagem apenas em minha memória. Volte para mim. I miss you, Sweet Child.'

Amassei o papel na minha mão e coloquei rapidamente em meu bolso assim que ouvi a porta rangir dando sinal de entrada.

"Encontrei você." Erin abriu um sorriso assim que me viu sentado no banco que havia ao lado da cama, eu continuei observando o movimento da rua pelas frestas da janela "O que está fazendo aqui?"

"Eu quero ficar sozinho." Respondi seco enquanto Erin se aproximou de mim enrolando minhas mechas de cabelo envolta de seus dedos. Tirei sua mão irritado a segurando enquanto olhava fixo em seus olhos

"Desculpa, mas você me segurando assim torna tudo mais sexy." Ela disse antes de selar nossos lábios.

Senti suas mãos tirarem minha camiseta como uma luva e sem eu perceber nós já estávamos na cama. Eu não tenho ideia de como ela consegue me dominar desse jeito, apenas acontece.

Erin estava em cima de mim depositando beijos quentes por todo o meu rosto, uma de minhas mãos segurava firme em sua cintura enquanto a outra contornava sua nuca dando leves puxões em seu cabelo. Ao mesmo tempo que sentia a mão da mesma acariciarem meu membro já excitado enquanto a outra estava apoiada no colchão dando suporte.

Por uma fração de segundo Erin tirou sua blusa e para minha sorte -ou azar- ela não usava nada por baixo do tecido justo que marcava suas suaves curvas. Trocamos de posição fazendo seu corpo ficar sob o meu. Abaixei minha cueca e afastei sua calcinha encaixando na sua entrada enquanto ela contornava suas pernas em minha cintura facilitando os movimentos. Penetrei profundamente fazendo Erin soltar um suspiro profundo.

As estocadas aumentavam conforme os gemidos de Erin que estavam cada vez mais altos, quase se transformando em gritos. Minha mão acariciava um de seus seios enquanto o outro estava ocupado pela minha boca dando leves mordiscadas para provocá-la.

Em poucos minutos Erin arqueou suas costas e jogou sua cabeça para trás anunciando que estava chegando ao seu ápice. Juntos soltamos nosso ultimo gemido antes que eu sentisse meu corpo adormecer e eu cair ao seu lado na cama. 

Depois de recuperarmos o fôlego ainda deitados na cama fitando os olhos no teto mofado, Erin se sentou na cama e virou-se para mim acertando um tapa em meu rosto. Essa mulher é maluca.

Revidei empurrando seu corpo fazendo ela se desequilibrar enquanto vestia sua camiseta que antes estava jogada no chão. Com isso começou uma discussão em que ela repetia o quanto eu era cuzão e que não iria tocar mais um dedo se quer nela.

Com os gritos de Erin não demorou muito para o resto dos meninos chegarem no quarto e se depararem com uma cena extremamente perturbadora. Eu estava sem cueca então peguei rapidamente a camiseta que estava no chão e tapei minha intimidade, o que não ocasionou em nada pois os caras estavam lançando olhares de confusão e comédia.

"Meu Deus, é a patroa!" Steven disse assim que Erin saiu pela porta do quarto esbarrando seu ombro com o do loiro.

"Meu Deus, é a cadela da patroa!" Slash afirmou e todos soltaram uma gargalhada enquanto eu apontei o dedo do meio para os demais.

ISABELLAOnde histórias criam vida. Descubra agora