capítulo2

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Sophia.19 anos italiana. Mora com sua mãe viúva e seus três irmãos . candidata a uma vaga de babá em um país no oriente médio mas precisamente na arábia saudita.o salário e muito bom e assim ela poderá ajudar a mãe e seus irmãos.com a morte do pai tudo ficou mas difícil. 🌺🌺🌺🌺🌺🌺.
CAPÍTULO 3 ( Dias atuais)
- Ah que droga! Ok
Sophie dirigiu um olhar feroz ao caminhão que despejara uma enxurrada de
água gelada da chuva sobre ela e seu antiquado carrinho de bebê. A ansiedade
provocou uma tensão no delicado maxilar. Caso não conseguisse atravessar
aquela avenida nos próximos minutos chegaria atrasada ao endereço na Finsbury
Circus. Na noite passada, ao aceitar abrigá-la até que pudesse arranjar trabalho, seu irmão
Tim enfatizara que só estaria disponível durante trinta minutos, na hora do almoço,
para acomodá-la em seu apartamento. E desse tempo restavam apenas quinze
minutos.
Posicionada de modo a aproveitar qualquer lacuna no trânsito, respirou fundo
e tentou relaxar, lembrando a si mesma que as coisas não estavam tão ruins. Pelo
menos seu filho de sete meses estava seco sob a cobertura de lona daquela
geringonça antiga. Caso Tim desistisse de esperá-la, preocupado que estava com
sua iminente promoção para gerente da agência de viagens, ela ao menos poderia
encontrar uma lanchonete modesta onde esperaria com seu bebê até o
entardecer, enxutos e embalados por uma xícara de chá. Não seria problema. Pelo
menos não seria um problema dos grandes.
As esperanças de encontrar um intervalo na torrente de tráfego desapareciam
e ela refletiu que teria de se arrastar penosamente até uma passagem para
pedestres. Agarrou a barra do carrinho pensando em mudar de direção, mas deu
de encontro com um sólido poste de luz. Comprimindo os exuberantes lábios cor-
de-rosa, tentou manobra de recuo equilibrando-se no meio-fio e, na pressa,
aterrissou na sarjeta ouvindo o guincho de uma freada e percebendo um pára-
choque de um carro prateado a apenas alguns milímetros de sua face pálida.
Se tivesse sido atropelada pelo automóvel, poderia estar morta, como se não
bastasse estar desabrigada e pobre! E o que teria sido de seu querido bebê? Um
soluço enorme se formou em sua garganta. Não suportava imaginar como tudo
ficaria! Por que era tão estúpida?
/Ettore Dias atuais. dirigia pensativo pelas ruas da Itália o Mercedes prateado
que alugara. Os encontros de negócios do dia tinham sido satisfatórios. Aliás,
como sempre. Estava com a tarde livre, faltavam somente alguns contratos para
examinar. Seriam mais dois dias na Itália numa de suas visitas regulares, os
encontros já agendados. Cinco dias de intensas negociações, jantares e reuniões
onde necessitava demonstrar sua autoridade aos executivos do banco da família
Severini Mahhomed. Depois retornaria a arábia mas sem a grata satisfação de dever
cumprido,
Não se sentia cansado. Jamais se sentira cansado. Seu vigor já era lendário.
O que sentia então? Um vazio, como se algo muito importante estivesse faltando
em sua vida dourada. Estreitou os olhos negros e afugentou o sentimento
negativo. Detestava perder tempo com tolices!
! Não tinha tudo o que um homem poderia desejar? Trinta e
seis anos, forte, saudável e extremamente rico. 4 anos de Noivado

,4 anos atrás, assumira o controle do império financeiro da família.o título de sheik E fora
recentemente considerado pelas revistas especializadas um gênio das finanças. E status governamentais.
Além do mais, poderia escolher entre as diversas mulheres lindas que se
insinuavam para ele. Sua noiva adorava fazer vista grossa e, sem pressa, assim
como ele, esperar que fosse marcada a data do que seria um casamento de
conveniência. Uma vida que qualquer homem invejaria. Que droga então poderia
estar faltando?
Quando chegasse ao hotel abriria
uma garrafa de vinho e escutaria o compositor clássico Verdi. Deixaria se
transportar até a arábia em seu oásis aos bosques de oliveiras.
Apeninos. Certamente aquela sensação desagradável iria embora.
O tempo chuvoso e o tráfego horroroso eram mesmo de deixar qualquer um
deprimido. Outra visão deprimente se apresentava logo adiante. Uma velha metida
numa espécie de casaco de chuva e com um capuz de lã na cabeça lutava com
um carrinho de bebê antiquado que, sem dúvida, guardava seus poucos pertences.
Ele supôs que fosse uma mulher, pois a achou muito baixa e rechonchuda para ser
um rapaz.
A figura lutava com o carrinho na calçada e, de repente, Ettore pisou no freio
ao mesmo tempo em que a pessoa desmoronava na frente do capo prateado de
seu carro.
Praguejando e esquecido do trânsito, Ettore saiu do carro acompanhado por
uma sinfonia de buzinas.
Teria ele atingido a patética criatura? Achava que não. Ele teria sentido o
impacto. Mesmo assim... era bom verificar.
Com passos largos dirigiu-se à frente do carro. Ela ainda estava sentada onde
aterrissara, na sarjeta, junto ao lixo descartado pelos passantes. De costas para
ele, a cabeça tombada, uma mecha de longos cabelos pretos escapava do capuz.
Sem dúvida, era uma mulher.
Ele tocou no ombro da criatura ao mesmo tempo em que perguntou:
- Está ferida?
A mulher deu um salto, pôs-se de pé como se uma bomba tivesse explodido
ao seu lado, e saiu empurrando o carrinho.
- Espere!
Ele tinha a impressão de que a mulher seria uma das desabrigadas da cidade,
então poderia ao menos lhe oferecer o dinheiro para uma boa refeição e uma noite
de hospedagem. Queria se certificar de que ela estaria bem.
- Você sofreu um acidente!
Segurando os ombros da mulher ele a fez voltar-se, calculando quanto
dinheiro teria na carteira. Duzentas libras seria uma compensação adequada?
Sua expressão fechou-se numa carranca quando ela ergueu a face lívida para
ele. O coração de Ettore bateu forte, muito forte. Por ala ! A voz, quando finalmente
saiu, estava gélida e amarga. - Com os diabos, Sophie ! Jogada na sarjeta que é o lugar ao qual
pertence!
Imediatamente Ettore se arrependeu de suas palavras ferinas. Insultar aquela
mulher infeliz era indigno.
E o que tal explosão de irracionalidade revelava sobre ele? Que ele ainda se
importava com aquela mulher adorável, atenciosa, charmosa e incrivelmente
sensual que o enfeitiçara e seduzira, e que se revelara uma pequena ladra? Continua.... Espero que gostem.votem e comente.por favor.

A FUGITIVA 1(FINALIZADA).Onde histórias criam vida. Descubra agora