capítulo 18

594 29 3
                                    

Continuação........ Etorre e shopia                                                                    🌹🌹🌹🌹 — sugiro que comecemos a nos conhecer um
ao outro. Bem e profundamente.

— Começamos agora?
A boca de Ettore, pecaminosa e bela, abriu-se em um leve sorriso, enquanto
ele afrouxava a gravata.
Sem fala e em pânico, Sophie não conseguiu dizer como era a sua vontade,
esqueça, estou cansada e vou dormir. Ela teria deixado a sala, caso suas pernas
estivessem em condições de obedecer. Enquanto isso, ele a olhou languidamente,
do alto dos seus cabelos louros até a ponta do sapato que ela calçava deixando
claro que havia sugerido se conhecerem intimamente.
Engolindo em seco, Sophie sentiu o corpo começar a reagir ao convite de
Ettore. O modo como ele desabotoava a camisa era muito atraente. Estremeceu.
Se ele caminhasse para perto dela, se ele a tocasse, estaria completamente
perdida. Seria dele, como lhe aprouvesse.
Mas dormir com ele sem um profundo compromisso emocional faria com que
ela se odiasse. Jamais faria sexo sem amor.
Era inegável que os momentos compartilhados na ilha tinham sido
maravilhosos. Ela o amava então. Na época, via-o como o homem mais fabuloso
que já conhecera, atencioso, charmoso, terno e apaixonado. Adorável. Tudo
mentira. Exercício de sedução. Agora o conhecia e o julgava pelo que realmente
era. Insensível, autoritário, indiferente, indigno de confiança e com requintes de
crueldade. Ela o detestava.
E ainda assim, ela o desejava feito louca!
Ele tirou o paletó sorrindo. Um sorriso másculo. Os ombros largos
destacavam-se sob a camisa de linho branco. Ela conhecia cada centímetro
daquele corpo sensual. Assim como ele conhecia cada centímetro do corpo dela. E
que agora ele reexaminava intensamente.
Eles se olharam nos olhos. Sophie sentiu o calor crescer entre suas coxas.
Percebeu que ele lia todos os sinais que ela tentava esconder. Amaldiçoando a
corrente de hormônios que a invadia sempre que ele estava por perto, forçou-se a
ficar centrada. E pairou entre o desapontamento brutal e o alívio sem fim quando
ele atirou o paletó sobre um dos ombros e se afastou.
— Considerando que já é tarde, vamos deixar isso para amanhã.
E saiu.
Outra gloriosa manhã de primavera toscana. Sophie levantou-se da cama pois
havia passado a noite em claro, rolando de um lado a outro. A horrível proposta
que ele fizera repetia-se em sua mente.
Casar com ele?
Ela podia ver onde ele queria chegar. Não era completamente estúpida.
Casando-se com ele, a criança levaria o nome Severini e cada aspecto de sua
formação seria decidido por Ettore. Seus próprios desejos não seriam levados em
conta, como já acontecera na contratação da babá. A cruel charada que ele
encenara na véspera fora para se certificar se ainda poderia fazer dela o que
quisesse. Ele queria uma esposa condescendente, com a qual pudesse ir para
cama quando se sentisse disposto, um corpo para usar. E por dentro, desprezaria
com cinismo sua fraqueza e supostas falhas. Enquanto isso, ele teria exatamente o
que desejava.
Censurou-se por deixar que ele dominasse seus pensamentos. Era a primeira
vez que não havia se levantado da cama ao primeiro chamado de Tony. Vestindo
o robe verde-claro, encaminhou-se para o quarto ao lado. Ao chegar, concluiu que
era desnecessária.
Ettore sentava-se na poltrona segurando Tony que agarrava o cabelo do pai,
feliz da vida. A babá já tendo trocado a fralda, arrumava agora o bule do café da
manhã.
Sophie não era necessária. Uma peça sobressalente. A energia que trouxera
se esvaiu por completo Será que ela algum dia seria capaz de reivindicar seus
direitos diante daquele homem dominador que sempre conseguia o que queria?
A reposta foi dada quando ele notou sua presença. — Vista-se. Vamos levar Tony para um passeio Faremos um piquenique.
Encontre-nos na portada frente em vinte minutos.
Dito isso, Ettore voltou a dar atenção a Tony, que parecia estar tão encantado
com o pai como este estava com o filho. Sentindo-se arrasada, Sophie voltou ao
seu quarto e, após uma chuveirada, vestiu-se com uma calça creme e uma túnica
de crochê amarelo ouro.
Escolha terrível. Desgostosa, não com a túnica mas com seu próprio corpo,
ela retirou a roupa devolvendo-a ao armário. Após ter deixado transparecer seu
desejo na véspera, Ettore poderia pensar que ela estava querendo ser provocante,
chamar a atenção dele. Mas ela não podia evitar as forma de seu corpo, podia?
Mas poderia disfarçá-las.
Abriu a cômoda abarrotada de roupas e encontrou o que procurava. Uma
camisa de seda cinza que, segundo fora informada em Paris pelo secretário
especializado em compras, deveria ser usada por dentro de calças compridas
largas, também, de seda, na cor branca. E uma faixa de seda vermelha em volta......🤭💚🖤

A FUGITIVA 1(FINALIZADA).Onde histórias criam vida. Descubra agora