capítulo 17

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Etorre ficou a admirar o pescoço delicado

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Etorre ficou a admirar o pescoço delicado... a perfeição do rosto
pureza das linhas escondidas sob um decote em V da blusa que shopia usava. Um
tecido macio e sedoso, azul celeste, que realçava os cabelos louros e compridos.
Ele foi tomado pela mesma onda de desejo que o acometera naquela praia
distante, numa noite longínqua. Uma perigosa torrente de luxúria. Sua voz não saiu
suave e educada como planejara. Ao contrário fora de uma rispidez tamanha que a
declaração acabou parecendo quase obscena. — Decidi me casar com você. É o único modo de você levar uma vida de luxo
e eu ficar perto do meu filho. Assim nós dois ficaremos satisfeitos.
No mesmo instante em que terminou de declarar essas palavras infelizes,
Ettore sofreu um forte ataque de consciência e teve nojo de si mesmo. Urna
condição tão nova para ele que cortou sua respiração As faces de Sophie
empalideceram como o leite. O livro que ela segurava caiu em seu colo, no
momento em que ela levantou a mão, cobrindo a boca. Ele desejou não ter tido
tamanha falta de sensibilidade.
Ela era a mãe de seu filho e, apesar dos pecados cometidos, não merecia
uma proposta que mais parecia uma ameaça. Mãe adorável, como ele já pudera
constatar. Nesse momento, lhe ocorreu que ela também estava vulnerável.
Transportada contra a vontade dela para longe de tudo e todos que conhecia. Ela
devia estar na defensiva. Persuadi-la a fazer a coisa certa pelo filho deles, iria
exigir bem mais sensibilidade. — Deveria ter me expressado melhor — reconheceu gentilmente,
encaminhando-se até ela, que ficara petrificada.
Ettore apanhou as mãos dela entre as suas, e a fez levantar-se. Tremeu de
desejo com o perfume que ela exalava, com o calor que dela irradiava.
Dominou a vontade alucinada de beijar aqueles lábios macios e, com uma
frieza que não correspondia aos seus pensamentos desvairados, concluiu: — Não estou lhe pedindo uma resposta imediata. Se nos casarmos, nosso
filho terá uma família estável. Ele será legítimo e não o bastardo da minha amante.
Sophie arrancou suas mãos das dele. Assim tão perto daquele corpo
esplêndido ela era terrivelmente tentada a concordar com qualquer coisa que ele
dissesse.
— Quem disse alguma coisa sobre eu ser sua amante?
Afastando-se dois passos ela acabou caindo na poltrona da qual
recentemente levantara. E soltou o ar dos pulmões. Se ele estava pensando que,
por abrigá-la em seu teto, pagar a comida que ela comia e as roupas que vestia,
dava-lhe qualquer direito sobre o corpo dela, era melhor que repensasse. Seu
corpo frágil podia suspirar por ele, mas o instinto de auto-preservação a recordava
com firmeza de que ela corria o risco de novamente se apaixonar. E isso só levaria
mais tristeza e desilusões.
Ettore colocou as mãos nos bolsos e observou em tom de indiscutível razão. — Nós dois fizemos uma criança linda. Você e ele estão sob minha proteção.
Vamos viver juntos, m minha casa. Se nos evitarmos como duas pragas ou
aproveitarmos cada oportunidade para estremecer sob os lençóis, não terá
importância. As pessoas vão tirar suas próprias conclusões humilhação que vocês irão passar como
minha amante e irão estigmatizar o nosso filho como um bastardo. É isso o que
você deseja para ele?
Sophie transpareceu todo o sofrimento daquela odiosa verdade. — Então permita que eu retorne com Tony para a Inglaterra. Evite a fofoca
desagradável. Ninguém que eu conheça será tão obsoleto e hipócrita para usar o
fato de meu filho ter nascido fora do casamento contra ele! Você pode visitá-lo
quando quiser, e não haverá um esnobe sequer para torcer o nariz.
— Essa não é uma opção.
Ettore demonstrava impaciência, pois estava louco para beijá-la. Queria que
ela fosse submissa. Todo o corpo dele ardia com ansiedade para colocar nela seu
selo de propriedade, para novamente sentir o êxtase de tê-la sob si,
correspondendo às suas carícias aquela mulher suave, totalmente feminina.
Ela era mãe de seu filho, e por conseguinte, era sua mulher, mesmo com
todas as imperfeições! Dominando o desejo inoportuno, forçou-se a encontrar um
tom de voz razoável. — Coloque o bem estar de nosso filho em primeiro lugar e pense na minha
proposta. Não há pressa. Pese as vantagens. E nesse meio tempo — o sorriso
súbito iluminou suas belas feições inesquecíveis, e Sophie ficou inteirinha
arrepiada numa reação devastadora — sugiro que comecemos a nos conhecer um
ao outro. Bem e profundamente.
🌟🌟🌟🌟⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐⭐
— Começamos agora?
A boca de Ettore, pecaminosa e bela, abriu-se em um leve sorriso, enquanto
ele afrouxava a gravata.
Sem fala e em pânico, Sophie não conseguiu dizer como era a sua vontade,
esqueça, estou cansada e vou dormir. Ela teria deixado a sala, caso suas pernas
estivessem em condições de obedecer. Enquanto isso, ele a olhou languidamente,
do alto dos seus cabelos louros até a ponta do sapato que ela calçava deixando
claro que havia sugerido se conhecerem intimamente.
Engolindo em seco, Sophie sentiu o corpo começar a reagir ao convite de
Ettore. O modo como ele desabotoava a camisa era muito atraente. Estremeceu.
Se ele caminhasse para perto dela, se ele a tocasse, estaria completamente
perdida. Seria dele, como lhe aprouvesse.
Mas dormir com ele sem um profundo compromisso emocional faria com que
ela se odiasse. Jamais faria sexo sem amor.
Era inegável que os momentos compartilhados na ilha tinham sido
maravilhosos. Ela o amava então. Na época, via-o como o homem mais fabuloso
que já conhecera, atencioso, charmoso, terno e apaixonado. Adorável. Tudo
mentira. Exercício de sedução. Agora o conhecia e o julgava pelo que realmente
era. Insensível, autoritário, indiferente, indigno de confiança e com requintes de
crueldade. Ela o detestava.
E ainda assim, ela o desejava feito louca!
Ele tirou o paletó sorrindo. Um sorriso másculo. Os ombros largos
destacavam-se sob a camisa de linho branco. Ela conhecia cada centímetro💥💥💥💥💥💥💥💥💙 continua...,

A FUGITIVA 1(FINALIZADA).Onde histórias criam vida. Descubra agora