The Curse

Thomas

Nesses dois dias que se passaram, Lynn se afastou ainda mais de mim, agora tenho certeza que a Naomi tem haver com isso, já que as duas viraram melhores amigas. Max me contou que vai convencer os pais a deixarem ele ir na festa da Celina e eu disse que se eles deixarem, eu posso levá-lo para a festa com o meu Mercedes Benz preto. Kim continua dando em cima de mim, mas não entro no joguinho de sedução dela porque fico pensando o tempo todo na Lynn e na Naomi. Quarta-feira à tarde, volto para a minha casa, que fica em uma parte distante e nobre de Cliverland. A mansão Clark foi decorada pela minha mãe, já que ela é decoradora, meu pai é arquiteto e isso faz com que eles formem uma super dupla que viaja muito, acho que os vejo umas oito vezes ao ano. Quando eu era criança, não entendia o que estava acontecendo porque meus pais não ficavam comigo todo dia e nem contavam historinhas para eu dormir... Isso me entristecia muito, mas com o passar do tempo eu entendi o que estava acontecendo e aceitei minha solidão, a mansão possui vários empregados, como cozinheiros, faxineiros e jardineiros. Entro em casa, passo pela sala de estar, onde há cinco empregadas tirando o pó dos móveis, pergunto onde estão meus pais e elas me respondem que eles viajaram para Nova York.

Subo a enorme escada, passo pelo estreito corredor, que tem 16 quartos e 5 banheiros, e vou para o meu quarto. Meu quarto é grande, tem até um banheiro, uma parede está pintada de azul e as outras estão pintadas de branco, tenho uma TV de 40 polegadas presa na parede, em cima há um xbox 360 e embaixo um home theater, eu tenho praticamente a coleção inteira da Apple, com notebooks, iPads, tablets e um iPhone que não sai do bolso da minha calça. Meu guarda-roupa também é grande, dentro dele há várias camisas polo, jaquetas de couro, calças jeans, tênis de marca e várias outras roupas. Quando entro no meu quarto, percebo que minha cama está toda desarrumada e que algo grande está debaixo dos lençóis, dou uma leve risada e ordeno.

-Sammy, saia daí...

Samara Morgan Clark, ou Sammy para os íntimos, é minha labradora de 4 anos com pelagem dourada. O nome é uma homenagem para a monstruosa Samara Morgan, do filme The Ring. Meu pai me deu a Sammy filhotinha no meu aniversário de 14 anos para me fazer companhia e isso deu certo! Ela é como uma irmã/filha pra mim, sempre falo que ela é o único ser vivo do sexo feminino que me entende, não deixo os empregados darem ração ou banho nela porque prefiro que eu mesmo faça isso e é bem divertido. Depois que ordeno que Sammy saia da minha cama, ela vem em minha direção e acaricio o topo da cabeça dela.

-Sentiu minha falta, garota? O que você estava fazendo na minha cama, hein?

Jogo minha mochila na cama, tiro minha camisa e deito na cama, com Sammy do meu lado.

-Hoje à noite eu vou para uma festa... Você vai ficar sozinha.

Ela me olha de um jeito triste e sorrio para ela. Minutos depois, ligo o xbox e fico um bom tempo jogando um jogo de esportes com Sammy me olhando deitada no chão. Ouço o meu celular tocar, pauso o jogo e vou atender. No visor do iPhone aparece o nome de Max e atendo.

-Oi Max.

-Cara, você não vai acreditar! -o tom de voz de Max é bem animado.

-O que aconteceu?

-Meus pais foram viajar e me deixaram sozinho!

-Sério?!

-Você acha que eu ia brincar com uma coisa tão séria?! Cara, eu vou para uma festa! Garotas, bebidas, garotas, sexo, garotas...

-Agora você está no mundo da adolescência, é hoje que você vai pegar alguma garota, Max!

-Eu já tomei até uns energéticos malucos para eu ficar bem acordado! Eu tô ANIMAAAAL!