Posso dançar para você?

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Foi muito estranho. Sim, estranho é a melhor palavra que consigo encontrar para definir o momento, porque... foi esquisito demais. Eu disse que amava Jimin, ele sorriu, me abraçou e disse que iria me levar para casa. Por alguns segundos fiquei tão magoado que minha vontade foi de ir embora sozinho, contudo banquei o cara que pensa mais dentro do nosso relacionamento e relevei, afinal a carga emocional daquele dia, para Jimin, já estava bem pesada e eu não queria piorar.

Mas, porra, eu disse que o amava, cacete!

E o caminho até meu apartamento foi silencioso demais, doloroso também. Minhas pernas balançavam muito, minhas mãos tremiam e suavam e eu nunca tinha sentido nada assim antes. Nunca senti um aperto tão forte no peito, tampouco uma dor que parecia ser algo estrangulando meu coração.

Quando nós chegamos em frente ao prédio em que eu morava, peguei minha mochila e meu casaco, Jimin não disse nada a princípio, e eu senti meus olhos cheios de lágrimas porque... aquela era a primeira vez que eu sentia que amava alguém, romanticamente falando, mas ele não me amava de volta. E doía.

— Boa noite, hyung.

Eu saí correndo de dentro do carro, porque aquela dor que estava sentindo era muito forte. De todas as pessoas no mundo, não esperava que justamente Jimin, o cara que me segurava com força quando dormíamos juntos por medo de me perder, o homem que me protegia e dizia todos os dias todo o receio de me ver indo embora, faria uma coisa assim.

Porque... não combina com ele, com o jeito dele, com quem ele é.

Eu passei o resto do dia frustrado, incomodado e com o celular do lado na esperança de receber uma mensagem que fosse. Talvez se ele me mandasse uma mensagem terminando comigo eu sequer ficaria surpreso, mas pelo menos saberia que ele queria me dizer alguma coisa. Melhor do que me frustrar sem entender o que diabos está havendo.

Na hora de dormir eu estava um caco, tinha saído, comprado algumas bebidas e tinha tomado mais do que deveria, logo dormir não foi difícil. Mas, bem, dormir e descansar são coisas bem distintas. Por conta disso, quando acordei na manhã seguinte parecia que um avião havia caído sobre mim, e para piorar a minha situação eu ainda estava com uma dor de cabeça dos infernos.

Chequei meu celular apenas para constatar que o mesmo estava sem bateria, e então coloquei-o a carregar e decidi tomar um banho quentinho.

Tudo bem. É um domingo. Eu preciso aproveitar, descansar e não pensar em Jimin.

A droga é que sempre quanto menos você deseja pensar em alguém, mais você acaba pensando.

Depois do banho, vestindo uma roupa confortável de passar o dia em casa, ouvi batidas na porta de casa. Não estava esperando ninguém, meus pais só me veriam depois do meu aniversário, as contas estavam em dia então também não era o síndico.

Soltei um suspiro e abri a porta, me deparando com um lindo homem que vestia suas típicas roupas sociais, que segurava com uma mão várias sacolas e com a outra um enorme buquê de rosas vermelhas. Eu estava irritado com ele, mas foi vê-lo que eu abri um sorriso de idiota.

Só que logo lembrei que deveria permanecer irritado e, por isso, cruzei meus braços, vendo seu sorriso murchar completamente.

— Bebê lindo da minha vida, não fica irritado, eu vim conversar com você. — Eu quis sorrir, mas permaneci emburrado.

Jimin largou as coisas, incluindo o buquê e fechou a porta, em seguida vindo até mim e desfazendo meus braços cruzados para que pudesse abraçar minha cintura.

— Você quer me fazer ficar triste irritado desse jeito? Porque tudo que eu consigo é explodir de amor, já que você fica todo fofo desse jeito. — Quis sorrir outra vez, e acabou que se formou um bico na minha boca por conta disso. — Isso só me faz te amar mais ainda.

Na Fanfic Era Diferente | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora