Jimin hyung, cuida de mim

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Sinceramente, eu viajei com Jimin para Busan crendo que não iria me estressar, que não teríamos problemas e que seria um mar de rosas. Teríamos três dias de paz, vivendo um momento tranquilo, com o meu namorado conhecendo os meus pais e tudo certo. Pensei mesmo, pensei com vontade, mas é óbvio que não deu certo.

A minha impaciência começou assim que nós chegamos, praticamente. E eu quis matar um por me estressarem tão cedo em uma sexta-feira.

Mas vamos do começo.

Jimin e eu saímos cedo de casa, bem cedo mesmo. De casa... da casa dele, na verdade. E chegamos no meio da manhã na casa dos meus pais. Foi engraçado, porque meu namorado estava nervoso e isso era sempre fofo aos meus olhos, por isso passei o caminho todo querendo lhe deixar um pouco mais calmo que fosse, fazendo carinho em sua perna também e prometendo que lhe daria muitos beijinhos quando ficássemos a sós para compensá-lo por esse nervosismo todo.

Assim que nós chegamos, Jimin estacionou o carro na frente da minha antiga casa e ficou olhando para frente, aparentando não ter o mínimo de coragem preciso para descer do veículo.

— E se seus pais não gostarem de mim? — Jimin sequer me olhou, parecia tímido de ter esse medo. — E se me acharem velho demais para você e...

Não o permiti terminar, virei seu rosto para mim — com cuidado, claro — e o calei com um beijo.

— Eles são meus pais e vai ser uma droga se eles não aceitarem, mas se eles me amam de verdade vão ficar felizes por saber que eu namoro um cara tão incrível como você. — Elogiei com sinceridade, porque era exatamente isso que pensava. — Além de que eu amo você e sou todo bobinho, eles vão ver no meu olhar o quão na sua eu estou.

— Eu acho que vou ter um infarto. — E pela forma que constatei que seu coração estava acelerado, não duvidava mesmo. Mas logo tratei de o provocar nervosismo por outro motivo.

Deixa que eu faço seu coração acelerar mais tarde de outro jeito. — Ainda mordi seu lábio inferior, piscando para ele e descendo do carro.

— Você é cruel, capaz de me deixar duro e ainda me deixar na mão. — Resmungou assim que parou do meu lado.

— Eu era cruel com você, mas aí eu descobri o quanto é bom transar com quem eu amo.

Dei de ombros, percebendo que ele sorriu todo bobinho e eu fiquei até com as pernas moles de vê-lo daquele jeito. Porque o sexo era uma parte que nos trazia insegurança, mas saber que nós dois tínhamos o experimentado um com o outro e verdadeiramente gostado, me fazia perceber que, de fato, transamos com as pessoas erradas antes de encontrarmos um ao outro.

E tudo bem, porque eu não pretendia deixar mais ninguém tocar no meu homem.

Só que a porra da minha felicidade não durou nem cinco segundos. E, é, quando eu fico eufórico, irritado ou com tesão eu fico desbocado, como Jimin mesmo já me disse várias vezes. A verdade é que eu sempre falei palavrão demais, puxei claramente minha mãe, mas nesses três momentos específicos essa vontade de falar palavras de baixo calão aumenta consideravelmente.

— Cacete, eu 'tô sonhando ou Park Jimin está parado bem na minha frente? — E essa foi a primeira frase que a minha mãe dirigiu para Jimin. É, eu falei que puxei meu palavreado lindo dela. A beleza também, felizmente.

— Oi para você também, mãe. Tá mais interessada no seu genro do que no seu filho. — Ela riu e me abraçou toda feliz, isso até parecer entender o que eu tinha dito. — Vamos fazer direito. Esse é o Jimin, mãe, o meu namorado.

Eu pensei que ela teria qualquer reação, menos começar a pular e falar rapidamente de um jeito que sequer conseguíamos entender. E enquanto ela chamava meu pai e tentava explicar para ele que o bebê dela estava namorando ninguém mais e ninguém menos do que Park Jimin, o coitado do meu pai tentava lhe acalmar. Só tentava, porque minha mãe estava tendo um ataque bem na porta de casa.

Na Fanfic Era Diferente | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora