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Comentem muito nesse, quero só ver kkkkk
  (Não foi revisado perdoem os erros)

  O amor pode ser comparado à um vício. Foi comprovado pela ciência que esse sentimento age como uma droga no nosso organismo, libera altas doses de substâncias químicas, que tem o poder de criar sensações diversas de prazer, conforto e euforia.

Quando eu era pequena, sempre perguntava aos meus pais de que maneira as pessoas drogadas viviam, como se sentiam constantemente. Eu tinha oito anos, então meu pai procurava me explicar com algo que fizesse algum sentido na cabeça de uma criança com oito anos. Normalmente saiam metáforas de sua boca, do tipo "Sabe quando te dou uma bala antes de ir ao médico? Enquanto você chupa a bala seus problems diminuem, mas depois precisará enfrentar o médico", depois disso eu, como uma criança de oito anos, perguntava "Então drogas são como balas?".
A sequência pós essa frase ser dita pela pequena Sina Deinert de oito anos contavam com uma mãe muito brava brigando com um pai medroso, e dando um sermão enorme sobre o perigo das drogas.

Eu a devia tê-la escutado. Não sobre drogas, especificamente, dessas nunca cheguei nem perto. Mas custava incluir no sermão de "nãos" o tópico " diga não à experiências semelhantes às drogas"?

Porque é assim que me sinto neste momento. Drogada, embriagada, anestesiada.

Depois que Noah saiu a única coisa que fiz foi me jogar no chão do banheiro e existir.

Não faço a mínima ideia de quanto tempo se passou, minhas mãos continuam trêmulas, meus lábios ainda pegam fogo, meu sistema nervoso ainda dá sinal de vida cada vez que penso no ocorrido mais cedo.

Crio forças para levantar e me apoio no mármore da pia. Estou um desastre.

Fecho meus olhos respirando fundo, tentando entender... Alguma coisa, qualquer coisa. Em um segundo estava despejando minha raiva em seus ombros, no outro estava contra uma parede com sua boca por todos os locais. Lembro-me do gosto, seus dedos pressionando toda e qualquer carne exposta no meu corpo, o puxão no meu cabelo, a sensação dos seus lábios no meu pescoço... E todo o resto que não tenho como enumerar, só sentir, só lembrar, só ficar louca com as borboletas no meu estômago.

Ainda sinto o seu cheiro impregnado nas minhas roupas e na minha pele. Uma verdadeira tortura deliciosa, portanto, uma tortura infernal. Dá no mesmo.

Estou te esperando no meu quarto
Estou te esperando no meu quarto
Estou te esperando no meu quarto

Preciso me livrar disso.

  Tomo outro longo banho tentando tirar qualquer vestígio dele do meu corpo. Mesmo sabendo que é impossível.

"Não aconteceu nada entre nós dois, sei o que parece"

"Estou esgotada de precisar conviver com isso, eu odeio, odeio amar você porra!"

  "Só você, Sina... Só existe você"

  "Estou te esperando no meu quarto"

Expulso tudo da mente, procurando me manter calma. Mas isso não acontece.

Esfrego meu corpo na tentativa de tirar seus vestígios de mim, de que meus problemas desçam pelo ralo junto com a água quente.

Saio do box e me enrolo em uma toalha, secando o cabelo logo depois. Visto uma regata de alcinha branca, um cardigã cinza e um short de algodão da mesma cor.

É estranho, tudo muito estranho. Sinto que meus passos estão mais pesados, mas ao mesmo tempo tenho a sensação de que a minha alma pula de felicidade, implorando por mais.

I see a million stars - noart Onde histórias criam vida. Descubra agora