Então chegamos ao capítulo final, espero que tenham gostado da minha história! Nunca falei muito aqui pois tenho mais interações em outras plataformas, mas quero deixar claro que aceito críticas, elogios, dúvidas etc. Encerrei a história com uma frase minha e espero que gostem!!
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★Madrid, 5 horas e 35 minutos antes do último míssel★
Dentro da fundição as últimas pepitas de ouro ainda estavam sendo fundidas. Denver enchia a concha com o metal e o colocava nas caixas de madeira de forma que elas não pesassem mais que 50 quilos cada, visto que deveriam ser levadas por um longo caminho e nem mesmo toda brutalidade dos sérvios aguentaria tanto peso por tanto tempo. Mônica por sua vez se encarregada de contar as caixas e colocá-las no elevador até que essas chegassem próximas ao limite máximo de 500 quilos.
Alguns metros apenas acima da fundição, onde se localizava o túnel, sérvios e práticamente todos os demais integrantes da banda — visto que os reféns eram vigiados por alguns — se apressavam, corriam e suavam por conta do esforço e do calor que fazia no ambiente. Três sérvios repassavam as caixas um para o outro, enquanto outros homens as recebiam no final do túnel. Depois as caixas praticamente vazias contendo cerca de 50 quilos cada tinham o conteúdo derramado em outras caixas já distribuídas pelos vagões do trem até que se completassem cerca de 200 quilos em cada caixa. Então as caixas eram levadas novamente até o elevador, que as desciam até a fundição, onde eram trocadas por outras caixas já cheias com 50 quilos cada. As já completas nos vagões, tinham então as tampas de madeira devidamente pregadas e levavam o adesivo da marca "Stella Galícia" em sua tampa e frente.
Os asturianos por sua vez, começaram a cavar o túnel de distração, ou também chamado de túnel Cibeles por Sérgio. Esse túnel serviria como mais uma manobra de dispersão e distração da polícia no momento da fuga. Seria um túnel sem saída que levaria até mais ou menos perto do encanamento de água da fonte de Cibele bem em frente ao banco da Espanha.
— Vamos! Vamos! — incentiva Lisboa enquanto corria até um dos primeiros vagões um emaranhado de adesivos em mãos e uma bolsa térmica com água atravessada em seu colo a qual tirava garrafas e dava aos homens que encontrava pelo caminho.
Lisboa adentrou a um dos primeiros vagões e avistou Tóquio e Sérgio colocando os adesivos nas caixas. Sérgio olhou o relógio e passou as mãos pelos cabelos suados, em um sinal claro de preocupação. Lisboa se aproximou da cena e deu a Tóquio uma garrafa de água e o bolo com outras centenas de adesivos, que logo começou a ajeitá-los para continuar com o serviço. Então Lisboa se aproximou mais de Sérgio e também o deu uma água, puxando suas mãos para que se sentasse com ela em um dos bancos do metrô. Sérgio não ofereceu resistência ao ato, apenas bebia a água e esperava ansiosamente cada palavra que Raquel tinha para dizê-lo, sabendo que seja o que fosse, o acalmaria.
— Ei...estamos dentro do tempo, não estamos? Tá tudo bem!— disse Raquel levando a mão até o rosto suado do amado, o fazendo um singelo carinho na bochecha enquanto seus olhos alternavam entre os dele.
Raquel então pousou o olhar sobre o ferimento de Sérgio. O curativo agora, além de totalmente sujo e contaminado, era possível ver respingos de sangue que poderiam indicar pontos rompidos. Analisou aquele ferimento e sentiu as batidas falharem quando imaginou que por muitíssimo pouco aquele tiro não fora fatal. Esse pensamento fez Raquel inconscientemente expressar uma careta de dor e desaprovação e apertar a mão que segurava o rosto de Sérgio, como que para ter certeza de que ele estava alí.
— O que foi? Tá pensando melhor se quer casar comigo mesmo? — brincou Sérgio risonho, a desvinculando de seus pensamentos.
Raquel olhou diretamente para o sorriso de Sérgio assim que seu dedo fora levado para dentro da covinha que seu rosto formava cada vez que Sérgio sorria verdadeiramente. Depois levantou os olhos para o rosto do amado. Os cabelos molhados de suor grudados na testa, os óculos tinham as lentes sujas que juntamente com o tamanho diminuído que seus olhos tomavam quando seu sorriso se fazia presente na redondez dos rosto Sérgio, ainda não conseguiam impedí-la de ver aquele brilho que Sérgio levava nos olhos quando estava com ela. Sérgio era a personificação da frase "sorrir com os olhos" nesse momento. Raquel se desfez do olhar abobado e retomou a realidade depois de alguns poucos segundos de dispersão.
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La casa de papel - Guerra dourada
FanfictionEstou escrevendo uma continuação para a série, continuando de onde ela parou, o primeiro capítulo desvenda o mistério de Tatiana. É uma suposta parte 5 pra matar a saudade dos fãs da série, seguindo a mesma vibe da série, flashbacks e presente e alt...