Capítulo 21

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POV'S SINA

- Me passa o próximo contrato Sina- Noah diz com sua voz arrastada enquanto acrescenta mais papéis na pilha de coisas que resolvemos.

- Obrigada por negociar com a Fuller advocacia senhor- Digo desligando o telefone e me espreguiçando enquanto tateio sobre a mesa da sala de reuniões procurando o próximo contrato, mas não tem mais o que resolver.

- Noah, acabou- Digo me esticando na cadeira, Noah boceja.

- Eu achei que esse momento nunca ia chegar- Ele diz olhando para o relógio- já são quase 10 da noite Sina.

- E vocês conseguiram- Vejo Yonta escorada na porta com seu terninho executivo e uma caixinha de comida japonesa vazia na mão- Vão pra casa agora, amanhã nossa equipe vai avaliar se vocês fizeram o trabalho corretamente e se estiver tudo ok eu já vou dar entrada na papelada para o estágio. Eu entro em contato, agora descansem, vocês merecem.

[...]

Depois de jogar uma água na cara pra tirar a cara de cansaço me recomponho e desço para pegar um ônibus, não vejo a carro de Noah estacionado, ele provavelmente já foi embora.

Por que achou que ele te esperaria Sina? Você é tão idiota, entenda de uma vez por todas que ele não é seu amigo, aquilo foi momentâneo.

As ruas estão quase vazias, o prédio da Fuller não fica próximo as grandes avenidas, por isso sem trânsito. Ando cerca de três quarteirões até avistar um ponto de ônibus, não há ninguém, talvez por já ser muito tarde, rezo a Deus para que ainda tenha ônibus para casa.

Quando já estou próxima do ponto de ônibus escuto o som de uma moto se aproximando, ela vem perto, muito perto. Eu gelo com medo de ser um assaltante.

Um grito involuntário sai da minha boca quando a moto freia bruscamente ao meu lado.

Noah tira o capacete rindo.

- Seu filho da mãe! Quer me matar do coração? - Eu disparo enquanto tento controlar minha respiração.

- Você é tão medrosa Deinert- Ele ainda ri.

- Eu achei que você era um assaltante! - Me defendo.

- Por que eu assaltaria alguém num ponto de ônibus? Eu lucraria mais assaltasse alguém que acabou de sacar o salário no banco, não alguém com cara de sono e parece só estar com um passe de ônibus.

- Ei cara, eu também tenho 10 dólares- Digo.

- Sobe aí Sina, vou te dar uma carona.

- No dia de são nunca seu maluco! Tia Amália nunca me deixaria subir numa moto. Aliás, cadê seu carro Urrea? - Além do mais você deixou bem claro que não somos amigos, penso.

- Primeiro que sua tia não precisa saber que você vai andar de moto, segundo, eu não sou doido de deixar você numa rua deserta essa hora da noite, já imaginou se te sequestram? Se bem que os bandidos iriam te devolver depois de dois minutos por que você não ia calar a boca. E respondendo sua pergunta, eu emprestei meu carro para o Josh levar a Any e a Vó dele para jantar e eu fiquei com a moto dele.

- Quem leva a vó num encontro?

- A vó do Josh é mais legal do que você, eu e todos os nossos amigos juntos Sina- Noah ri- Agora sobe logo na moto que tá tarde.

- Jacob, lamento, mas eu não tenho um capacete- Desconverso.

- Não seja por isso- Ele ri e então mexe no compartimento na garupa da moto onde Josh provavelmente põe sua mochila, de lá Noah puxa um capacete- Josh sempre foi precavido.

Eu arfo, e então sei que não tenho mais desculpas para negar a carona de Noah.

- Olha pra frente- Digo quando puxo meu vestido pra cima para conseguir subir na moto, Noah ri e assente.

- É bom que você saiba pilotar bem essa coisa Urrea.

- Deixa comigo- É a última coisa que escuto antes de pôr o capacete e apertar firme a cintura de Noah morrendo de medo de cair

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So wrong, but it's so right - Adaptação NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora