Capítulo 33

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POV'S NOAH

As mãos dela afundam no meu cabelo prolongando o beijo, minhas mãos viajam pelas suas costas até se acomodarem em sua cintura, e por segundos que eu gostaria que se prolongassem, permanecemos no nosso momento.

- Eu te amo- Escuto as palavras saindo da boca de Sina, eu imaginei várias vezes, mas nunca imaginei que seria tão bom.

Sina desvia o olhar nervosa, eu seguro seu rosto entre as mãos lhe obrigando a olhar para mim.

- Eu amo você Sina, a carta que eu escrevi pra você, acho que você já sabe o que sinto não é?

Sina me encara com os olhos arregalados enquanto balbucia algo que não consigo entender e então me puxa novamente para um beijo.

As batidas do meu coração ressoam altas contra meus ouvidos, mas agora não sinto medo, esse sentimento eu nunca senti, e não faço ideia do que seja, mas eu gosto dele.

Que se dane o contrato, eu amo ela.

[...]

POV'S SINA

Não sei quanto tempo passamos na neve, quantos beijos trocamos ignorando a fato do maldito contrato. Tivemos que devolver o motoneve que restou e não pudemos resgatar os 400 dólares do seguro. Noah não conseguia controlar a crise de riso enquanto eu tinha que explicar ao locador que acabei afundando o outro veículo num lago.

Agora estou no banheiro do quarto me encarando no espelho, eu beijei Noah, e eu achei isso tão certo. Mas e agora o que vamos fazer? Nós não podemos ficar juntos. Respiro fundo, tomo coragem e abro a porta, Noah está deitado na cama zappeando pelos canais da tv. Ele me informou a pouco que vamos jantar fora.

- Você tá linda- Noah sorri pra mim, aquele sorriso que me desmonta toda, como vou dizer para ele que o que estamos fazendo é errado?

Eu passo as mãos pelo tecido do meu suéter preto, combinei ela com minha calça jeans escura e o sobre tudo caramelo que ganhei da tia Amália no natal.

Noah está vestido num moletom preto e um casaco grosso escuro, calças de moletom creme e um tênis branco, ele é lindo.

- Onde nós vamos?- Pergunto.

- É surpresa- É a única coisa que Noah responde.

[...]

Começa a escurecer quando entramos numa estrada de chão, as casa começam a se tornar cada vez mais distantes umas das outras, a neve dificulta a passagem dos carros, mas o carro sport que nos foi reservado aguenta bem o tranco.

Alguns quilômetros à frente Noah estaciona na frente de um casarão branco.

- Bem vinda a casa dos meus avós Sina- Ele avisa abrindo a porta para mim.

Fico instantaneamente nervosa, Noah me trouxe na casa de seus avós, mesmo esse lugar lhe trazendo lembranças terríveis.

Desço do carro de forma desengonçada como se tivesse desaprendido a andar. Você é retardada Sina Deinert?

Noah segura minha mão e me guia para a porta e antes que ele bata, a porta se abre revelando uma senhora de cabelos grisalhos e olhos verdes, como o de Noah.

- Pimpolho! - Ela grita puxando Noah para um abraço apertado, eu apenas observo enquanto Noah tenta se esquivar.

- Vó, eu preciso respirar- Ele resmunga enquanto a senhora continua lhe abraçando.

- Cala a boca e me abraça moleque, eu não te vejo a tanto tempo- Ela continua o apertando- Jorge, corra aqui, venha ver quem chegou! - E então ela repara em mim- Que moça bonita, essa é Mia, sua namorada?

Noah olha pra mim e então para a vó que o soltou a pouco.

- Não, eu e Mia não estamos mais juntos vó. Essa é a Sina, minha amiga, nós trabalhamos e estudamos juntos- Noah diz, afinal é isso que somos amigos, e não podemos passar disso.

Não demora muito e um senhor de olhos castanhos e pele morena aparece na porta, Jorge, o avô de Noah.

[...]

Depois do jantar eu ajudo a avó de Noah, Susie, com as louças do jantar. Ela ainda não se conformou com a ideia de não dormiremos aqui na casa.

Vejo Jorge surgir na cozinha com um olhar preocupado.

- Ele foi ao lago- Ele diz.

Não é preciso que ele diga mais nada, sigo para a parte de trás do terreno, onde Susie me indica ser o lago.

Vejo Noah ao lado de uma placa onde se lê "acesso proibido" e mas a frente uma placa de madeira talhada com a foto de uma garotinha estampada, escrito "Em memória de Linsey Urrea".

Noah está parado sem esboçar nenhuma reação, mas eu bem sei que as memórias se reviram dentro dele enquanto ele toca a cicatriz no antebraço, eu apenas o abraço sem dizer nada, ele só precisa saber que estou aqui por ele.

[...]

Estamos de volta ao quarto do hotel, eu sabia que esse momento iria chegar, mas não estava pronta para conversar com Noah sobre o que aconteceu mais cedo, muito menos quando ele me beija repentinamente assim que a porta do quarto se fecha.

Eu não consigo pensar em mais nada quando Noah avança contra mim e eu o acolho de bom grado explorando sua boca com a minha, demora para que eu note que estamos deitados na cama enquanto continuamos nos beijando.

- Noah...- Ele me beija -nós precisamos falar sobre o contrato.

Ele para repentinamente e me encara.

- O contrato Noah, ele não permite que a gente fique junto- Choramingo.

- Eu tenho uma proposta então- Ele diz.

- Proposta?

- Aceita namorar comigo escondido?

Eu quase não acredito no que ele acabou de falar, e nem mesmo na minha resposta.

- Sim Noah Jacob Urrea, eu aceito namorar escondido com você- E então voltamos a seção de beijos, agora oficialmente e secretamente namorados.

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So wrong, but it's so right - Adaptação NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora