Capítulo 48

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POV'S KRYS

-Você sabia que Chengdu já existia desde o século cinco antes de Cristo?- Hina continua lendo o folheto que recebeu na recepção do hotel- Esse lugar é lindo!

Estamos nos portões de entrada de Chengdu capital da província de Sichuan. Hina se empenhou tanto em me convencer a viajar para uma tour pela China com sua família que não quero frusta-la dizendo que já conheço o local, que meu pai babaca nos fazia viajar todos os anos para está cidade. Tenho poucas lembranças dele. Minha tia diz que eu provavelmente exclui as lembranças que tive dele por me machucarem demais. Então achei que não teria nem um mal quando o patrão do pai de Hina ofereceu uma viagem pra quatro pessoas com tudo pago para a China, e aqui estamos.

- Krys? Percebeu que aquele cara está perto de nós desde que saímos do hotel?- Hina cochicha para mim.

Olho para trás e observo o cara de sobretudo numa loja de souvenirs falando ao telefone.

- Vamos voltar para o hotel Hina- Digo. Os pais de Hina ficaram no hotel enquanto nos decidimos , mas precisamente, Hina decidiu que deviamos andar pela cidade. Mas ao que parece, nós provavelmente seremos assaltados, então não foi uma boa idéia.

Seguro a mão de Hina e nos encaminhamos pelas ruas estreitas de volta ao hotel. Vejo um grupo de pessoas a frente, ótimo, isso pode afugentar o possível ladrão. Mas o que o eu menos espero acontece, as pessoas que estão a nossa frente impedem nossa passagem.

- Com licença- Digo tentando me esgueirar puxando Hina pelo braço, mas sou puxado para trás e quando vejo Hina está segura no aperto do homem de sobretudo.

- Solte-a- Eu exijo.

- Calma calma reizinho, temos ordens pra levar vocês- O cara diz.

- Levar pra onde? Isso é crime sabia? Soltem ela agora!- Eu avanço sobre ele mas sou segurado por seus comparsas, Hina choraminga enquanto eu me debato e eles tentam me conter.

- Todo o cuidado, se machucarem o garoto a Odi nós mata- O criminoso que segura Hina avisa.
[...]

Eu não consigo saber onde o carro está indo pois estou vendado, o carro para e sou levado pelos capangas, não sei para onde e nem para quem, mas fico angustiado pois não consigo mais ouvir Hina murmurando em japonês baixinho algo como uma prece.

- Sente-se reizinho- Escuto a voz do capanga me empurrando para sentar numa cadeira e então a venda é tirada dos meus olhos, que ardem pela claridade. Me encontro num cômodo luxuoso, um típico palácio Chinês, a minha frente num sofá de veludo preto, uma senhora vestidas em roupas tradicionais chinesas de seda me encara.

- Olá Krys- Ela sorri- É assim que chamam você agora não é?

- Quem é você? Onde está a Hina?

- Uma pergunta de cada vez criança- Ela diz e se levanta vindo em minha direção- Você e ele se parecem tanto!- Ela tenta tocar meu rosto mas eu esquivo.

-Ele quem?!- Digo nervosamente.

- Respondendo sua primeira pergunta, eu me chamo Odi Matsuri, você conhece esse sobrenome não é?- Ela me encara.

Eu gelo ao lembrar o sobrenome do meu pai.

- É, eu sou sua avó criança, e respondendo sua segunda pergunta, a garota Yoshihara está segura, eu não vou machucar a sua namoradinha.

Agora entendo o porquê do babaca do meu pai me trazer todos os anos nessa cidade, ele me trazia até ela.

- E o que você quer comigo?- Eu a encaro sarcasticamente- Você quer que eu vá visitar seu filho assasino na prisão?

So wrong, but it's so right - Adaptação NoartOnde histórias criam vida. Descubra agora