Somebody to you

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Sinto KJ se afastar um tempo depois. O olho.

--- Vamos tomar sorvete. - arqueio a sobrancelha.

--- Devíamos ir para as aulas, KJ. - digo o óbvio.

--- Uma manhã não faz mal a ninguém Cami, vamos tomar sorvete. - ele me puxa pela mão e eu sorrio.

--- Meninos! - o diretor grita e nós nos olhamos.

--- Corra! - ele grita e nós começamos a correr, de dedos entrelaçados, pelos corredores com o diretor atrás de nós. A única coisa que sabíamos fazer era rir feito hienas.

Mesmo depois de termos saído da escola continuamos correndo e dando risadas.

--- As senhoras primeiro. - ele fala e entra na sorveteria, me fazendo dar mais uma risada.

--- Idiota. - lhe mostro o dedo do meio e ele ri, me fazendo sorrir involuntariamente.

Eu sou muito cadelinha por esse homem, Jesus.

Vamos até ao balcão para fazer os pedidos. A garçonete estava, descaradamente, se atirando a KJ e colocando os seus peitos notavelmente siliconados na cara do mesmo.

Ela não vê que ele está acompanhado? Vagabunda.

--- O que vai querer, gatinho? - ela morde o lábio e eu reviro os meus olhos tão forte que sinto que vou ficar cega.

--- Que pare de esfregar essas suas bolas em cima de mim. Eu estou acompanhado, caso não tenha reparado. - ele diz e eu aperto seu braço, meio que o repreendendo.

--- KJ, seja educado! - não consigo evitar exprimir a minha felicidade por ele não se importar com outras mulheres. Ele cresceu tão rodeado por esse mundo que a minha insegurança de ser deixada por alguma outra mais gostosa é enorme. - Vou querer um sorvete de morango. - peço para a mulher na maior cara de pau.

--- Dois. - ele diz e a garçonete, completamente vermelha, assente e vai fazer os pedidos.

Ela nos entrega os sorvetes e KJ paga.
Eu até insistiria para pagar, mas ele nunca me deixaria fazê-lo. Por mais que saiba que sou milionária acha que tem de pagar por tudo.

Homens, enfim.

Sem ele ver, enquanto saímos da loja, coloco uma nota de 50 dólares no seu bolso. Claro que o sorvete não custou nem metade disso, mas eu quis dar-lhe na mesma.

--- Não pode tratar as pessoas assim, KJ. Tem de ser educado. - digo já fora da sorveteria.

--- Ela estava querendo sexo, mas eu sou seu agora. - coro, sei lá bem eu porquê, e sorrio. - Você é minha também?

--- Toda sua. - sorrio e ele me dá um selinho.

--- Você sabe a morango. - rio.

--- Você também. - vejo que ele está sujo de sorvete cor-de-rosa nos lábios. Passo os meus dedos por eles, os limpando. - Está todo sujo, parece uma criança. - rio.

--- Isso está me dando tesão. - ele diz e eu rio mais ainda.

--- Louco.

--- Por você. - ele pisca o olho.

--- Olhe, ahm... - falo pouco tempo depois. - Meus pais convidaram você para jantar connosco.

--- O quê? - o vejo arregalar os olhos cor de mel.

--- Você vem, não é? - ele assente claramente nervoso. - Tenha calma, eles não vão matar você.

--- Os seus pais são milionários Camila. Oh meu Deus, só a fachada do seu prédio custa mais que o meu rim. - ele exclama genuinamente assustado e eu rio.

LOVE SONGS - ACOUSTIC ∣ kjmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora