Can I be him

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Já se passaram duas semanas.
Nestes dias, Charles tentou falar comigo, mas KJ sempre parecia um cão com raiva quando o via.

Se ele me irrita sendo muito ciumento? Irrita. Mas, para ser sincera, falar com Charles não era algo que me sentia confortável com.

No final das contas, ele era meu amigo e me machucou com suas palavras. Só faltou ele me chamar de vagabunda no meio de todo o mundo.

E eu sei que, mesmo sendo chato para caramba, KJ está tentando me proteger das palavras de Melton.

E é por isso que eu o amo.

Eu amo KJ e isso é tão assustador que eu sinto vontade de me atirar de um penhasco só ao pensar na possibilidade de ele descobrir.

Ele sempre foi o garoto estilo "não namoro" e iria amar alguém? Isso não passa nem pela minha cabeça. Quanto muito, ele gosta de mim o suficiente para ter algo a mais do que umas ficadas.

E quanto a mim, bem, eu já disse que amava praticamente todos os garotos com quem namorei, mas agora percebo que era mentira. Porque com eles nunca senti o que sinto com KJ. Nunca.

Meus pensamentos se dissipam quando sinto duas mãos, que eu bem conheço, no meu corpo. Uma na minha cintura e outra tapando meus olhos.

Guardo rapidamente o celular, que estava usando, no bolso.

--- Adivinha quem é! - Apa faz voz fina e eu dou uma risada.

--- Lili, é você! - digo e me viro para trás, o beijando.

Ele aperta minha cintura durante o beijo me fazendo ter pensamentos bastante errados, especialmente contando que ainda são sete da manhã.

--- Se comam noutro lado! - ouço a voz de Hart, um dos meus amigos e de KJ, e o último mostra-lhe o dedo do meio.

--- Vai se foder caralho! - rio.

Me junto ao meu grupo de amigos.
Eles são, eu e KJ, obviamente, Madelaine Petsh, Vanessa Morgan, Hart Denton, Jordan Connor, Trevor Stines e Drew Tanner. Drew e Casey, segundo o último que está atrasado para a aula, andam ficando e eu fico super feliz por Cas estar se relacionando com alguém como o Drew, que é muito engraçado e divertido. Cole e Lili não se juntam à gente por estarem, como sempre, no carro fazendo Deus sabe o quê.

Conversamos sobre coisas aleatórias até o sinal tocar e todos irmos para as nossas aulas.

Estava andando pelos corredores no final da aula, Andre mandou mensagem dizendo que teve de levar meu pai a uma reunião e para eu esperar. Cole se ofereceu para me levar, mas prefiro esperar aqui. Me recuso a fazer de vela de Sprousehart.

No corredor, me esbarro em alguém.

--- Me desculpe. - falo e olho para baixo para esconder a vergonha. Recomeço a andar.

Mas, antes que pudesse ir embora, a pessoa segura meu braço.

--- Camila... - era Charles. - Podemos conversar? - questiona.

--- Tudo bem. Fale. - cedo e me viro para ele.

--- Desculpe. Eu não tinha o direito de ter falado com você como falei nem de ter dito todas aquelas coisas. - ele parece nervoso. Não, ele está, definitivamente, nervoso.

--- Fato. - constato.

--- Mas tente compreender o meu lado, ok? Nunca foi segredo para ninguém, muito menos para você, que eu sentia algo por você. - outro fato. - E você começar a namorar o cara que a machucou, que me bateu e que tem a reputação que tem foi muito difícil para mim. Aliás, ainda é.

LOVE SONGS - ACOUSTIC ∣ kjmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora