Bruises

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Vim para o hospital junto de KJ. Ele está bem, graças a Deus nada de grave lhe aconteceu. O médico explicará tudo quando ele acordar.

Já são quase dez da noite. Todos já foram jantar menos eu que resisti a todos os pedidos para ir comer. Só sairei daqui quando ele acordar.

"Ele ainda não acordou. Passarei a noite aqui" digo a Mishel por WhatsApp.

--- Oi. - ouço um sussurrar e o olho para KJ imediatamente. Estive segurando sua mão o tempo todo que ele esteve deitado.

--- Você acordou, já não era sem tempo! - sussurro animada. - Vou chamar o médico, fique aqui. - me levanto mas percebo a estupidez que disse e paro ao lado da porta me virando para ele e rindo. - Não é como se fosse para algum lado. - ele dá uma risadinha e eu saio.

No corredor vejo o médico mexendo em uns papeis e vou até ele tocando no seu ombro.

--- Doutor? Keneti Apa acordou. - digo.

--- Vamos ver dele. - o senhor já de cabelos brancos dá um sorriso amigável e caminha comigo até ao quarto de KJ.

--- Como se sente? - o médico pergunta de frente para a cama do ruivo.

--- Como se tivesse estado desmaiado. - ele brinca com o seu jeito bobo de sempre. Mesmo no hospital ele consegue ser assim. - O que me aconteceu? - Ele tenta se sentar mas falha. Vou até ao seu lado e me sento na cama dele segurando a sua mão livre novamente.

--- Não foi nada grave, por sorte, você poderia ter partido a coluna, rapaz. A sua mão quebrou, ela já não estava em bom estado. Tem andando a dor socos em paredes? -o médico brinca. - Enfim, o desmaio foi causado por uma quebra de tensão. É melhor você começar a se alimentar melhor, ou pode ter sérios problemas. - KJ assinte. - Com licença. - ele sai.

--- O meu pai? - Keneti pergunta enquanto eu faço carinho em sua cabeça.

--- Eu obriguei ele a ir jantar. Tem noção das horas? Já passa das dez da noite. - ele arregala os olhos. - Todo o mundo está lá fora, eles foram comendo por vez. Vou chamar eles. - KJ assente.

--- Não precisa de voltar já. Vá jantar.

--- Mas... - ele me interrompe.

--- Eu fico bem, eles cuidam de mim e das minhas feridas. - reviro os olhos. - Vá. Se cuide. Te amo.

--- Te amo. - selo nossos lábios e saio.

--- Podem entrar, ele já acordou. Eu irei jantar. - aviso e todos se levantam das cadeiras da sala de espera e vão até ao quarto.

Vou até em direção à cafetaria do hospital, quero comer alguma coisa rápida. Peço apenas uma sandes de frango e um refrigerante.

Quando acabo de comer vou rapidamente ter com os meus amigos e ficamos conversando todos durante um tempo. Luke apareceu também e, mais tarde, todos foram dormir.

Felizmente convencemos o pai de KJ a não dormir naquelas cadeiras horrorosas de hospital mas a mim não convenceram. Nunca deixaria KJ nem que tivesse de dormir no chão.

--- E que história é essa de socos nas paredes e de não andar comendo? - digo séria depois de me deitar na cama com Apa.

--- Podemos falar disso depois?

--- Agora, Keneti. - paro de acariciar seus cabelos.

--- Foi há meses atrás. Sempre que ficava irritado socava alguma coisa. Sei lá, eu era muito fodido. Tipo, muito. Agora eu continuo fodido, mas um fodido apaixonado. E você, minha paixão, é quem controla minha raiva agora. Se você estiver por perto, eu não soco nada. - reviro os olhos.

Ele pensa que é o quê? Não podia gritar quando está chateado, como uma pessoa normal?

--- Eu não quero você fazendo isso. Já partiu a mão, tem noção disso? - repreendo. - E por que você não come direito, hm? Hoje só comeu no Pop's porque eu estava com você?

--- Eu sou jogador, Camila. Não posso sair comendo tudo o que quero. Tenho de estar em forma, ou acha que o tanquinho apareceu magicamente? - sinto vontade de lhe bater pela sua estupidez. Sei que tem de se manter em forma mas não é a passar fome que o conseguirá.

--- Você tem de comer, ponto final. A partir de hoje, sempre que seu pai não estiver, eu comerei com você. - digo.

--- Eu poderia te comer, em vez disso... - ele dá ênfase no "te" enquanto sorri maliciosamente e eu reviro os olhos.

--- Não tem piada, Keneti. Eu tenho medo que possa dar algo sério em você. Eu te amo e não posso lidar com a ideia de acontecer algo com você. - admito e ele me abraça com o seu braço não engessado e beija meus cabelos, os cheirando carinhosamente.

--- Eu te amo e não me vai acontecer nada, anjo. - ele fala. '- Agora, já que a menina decidiu que vai ficar aqui, vamos dormir. - ele toca com o seu indicador na ponta do meu nariz e eu rio o vendo sorrir bobo logo depois.

--- Boa noite, amor. - digo.

--- Boa noite, meu bem. - me aconchego no seu peito.

Acordo na manhã seguinte e percebo que estou abraçada à cintura de KJ. Quando abro os olhos o vejo me encarando.

--- Bom dia... - digo baixinho.

--- Bom dia, anjo. - me afasto de seus lábios. - O que foi? - ele pergunta confuso.

--- Tenho bafo. - ele ri. - Pare de rir de mim! - dou um tapa devagar no seu braço engessado.

--- Ai Camila, é doida? - ele faz cara de dor e eu me desespero.

--- Oh meu Deus KJ, me desculpe! Quer que eu chame o médico? É melhor eu ir... - me levanto mas ele me puxa e me rouba um beijo.

--- Estava brincando. - ele ri. - E você realmente tem bafo.

--- Vai se foder! - reclamo me levantando novamente e ele ri mais.

--- Também amo você! - ele se levanta entrando comigo no banheiro e começamos a lavar nossos dentes.

Contando os dias, contando os dias
Desde que meu amor se perdeu em mim
E cada fôlego que eu respirei
Desde que você se foi, parece um desperdício em mim
Eu tenho segurado à esperança
De que você voltará quando encontrar alguma paz
Pois cada palavra que eu ouvi ser dita
Desde que você se foi, parece uma rua vazia

Me disseram, me disseram para te tirar da minha cabeça
Mas espero que eu nunca perca as feridas que você deixou pra trás
Oh meu Deus, oh meu Deus, preciso de você ao meu lado

Deve ter alguma coisa na água
Porque a cada dia ela fica mais fria
E se eu pudesse te abraçar
Você me impediria de afundar

Talvez eu, talvez eu esteja apenas sendo cega pelo lado positivo
Do que tivemos, pois acabou
Bem, deve haver algo nesta maré

Me disseram, me disseram para te tirar da minha cabeça
Mas espero que eu nunca perca as feridas que você deixou pra trás
Oh meu Deus, oh meu Deus, preciso de você ao meu lado

Deve ter alguma coisa na água
Porque a cada dia ela fica mais fria
E se eu pudesse te abraçar
Você me impediria de afundar

É em seu amor que estou perdido
Em seu amor que estou perdido
Em seu amor que estou perdido
E estou cansado de estar exausto
Em seu amor que estou perdido
Em seu amor que estou perdido
Em seu amor que estou perdido
Mesmo que eu não seja nada para você agora
Mesmo que eu não seja nada para você agora

Deve ter alguma coisa na água
Porque a cada dia ela fica mais fria
E se eu pudesse te abraçar
Você me impediria de afundar

Deve ter alguma coisa na água
Porque a cada dia ela fica mais fria
E se eu pudesse te abraçar
Você me impediria de afundar.

LOVE SONGS - ACOUSTIC ∣ kjmilaOnde histórias criam vida. Descubra agora