Especial: texto em dupla

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Essa semana fizemos algo especial: um desafio em duplas com tema livre!Os membros formaram suas duplas nos proprios subs e a votação do vencedor foi liberada no grupo principal. E agora trago para vocês, as vencedoras!!!

Subgrupo Chocolates 🍫🍫  – 🏅🏆 thamyspeixinha e Hayschilla Holz Binow 🏆🏅

'''Náufrago''' ⛵

No ano de 1800, um mundo considerado tão aberto a outras religiões ou outros modos de vida seria o que poderíamos chamar de inalcançável, um presente divino. As coisas nem sempre foram simples e para a Cigana Esmeralda, junto de toda sua família, contentar-se a escolher perder seu lar ou estar sujeito a decapitação não parecia o mais justo, mas era infelizmente o que lhes sobrara.

A vida como um cigano poderia ser cheia de liberdade ou todo aquele ouro, mas com a família real enxergando-vos como inimigos, não havia muito para agradecer ao divino. E desse modo, com a família de Esmeralda expulsa da Espanha, pela corte, após serem vistos como uma ameaça ao poder real, assim como também tê-los acusado de adoração à outros aqueles que não fossem seu rei, seu grupo teve de migrar-se inteiramente para a Inglaterra.
Na nova vida, Esmeralda manteve-se afastada de problemas e “fora do mapa real”. E mesmo assim, um problema bateu à sua porta, quando em novembro de 1803, um filho do mar bateu em sua porta.

Rackham, ora pirata, ora ladrão (mesmo que muitos enxerguem tais palavras como sinônimos), teve sorte em bater naquela porta simples, grossa e repleta de camadas do que aparentava ser um carvalho escuro. Sorte em agarrar, com suas últimas forças, aquela aldrava de ferro puro, que fazia o estrondo do tocar na porta de madeira ecoar pela rua quase que vazia.

E quando a porta se abriu, sua última memória fora a cigana. A jovem doce, que o segurava firmemente em seus braços, arrastando o homem para a taverna simples, da qual todo seu sustento saíra.

E depois de gastar tanto tempo para recuperar-se de seu último confronto como ladrão, Rackham, o homem insolente da barba mal cuidada, não pensou duas vezes sobre sua decisão:
Depois dali, levaria Esmeralda para velejar. Tiraria a moça do meio de nômades circenses e a faria muito feliz, deixando para trás a vida de ladrão.

E assim foi feito, com o seguro de ganhar uma nova vida e poder dividi-la com seu amor, Esmeralda aceitou seguir o homem para onde quer que ele fosse. Os dois estavam dispostos a abusar de um livro em branco para escrever suas novas histórias.

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Alguns anos se passaram, que o casal chamou de anos de ressocialização, pois Rackham deixava sua mão leve escapulir aqui e ali, por muitas vezes se entregando para a compulsão do roubo. Já a cigana era bem resolvida, queria esquecer o que aconteceu na Espanha, porém nunca negaria suas raízes, dispunha-se algumas vezes a ler as mais dos viajantes, para ela o ato era mais que negócios, era um hobbie, porém acabou abandonando-o no final. A taverna fora vendida e o casal passou algum tempo pelo mar, fugindo de seus próprios fantasmas que estavam em terra firme.

— Mii amor?

A cigana desfilava pela casa com um lenço vermelho envolvendo os longos cabelos escuros, estava organizando a janta de domingo. Domingo era o dia que o ex pirata e a ex cigana deixavam-se embebedar e recordavam os tempos regressos com muitas risadas. Rackham agora parecia mais jovem, seu rosto estava marcado com rugas e marcas de expressão, porém o sorriso e o brilho nas orbes castanhas eram predominantes agora.

— Do que falaremos hoje?

— Que tal contar como enamorarse por mim?

— Essa é muito fácil.

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