Her Dancer [PT-BR] Ariana/You

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[Ariana]

Fiquei tremendo no canto do meu quarto de hotel, no chão, roendo as unhas. É tudo minha culpa...

— Ariana! Saia dessa! Não é sua culpa! — Brian gritou. Gabby imediatamente o calou, esfregando minhas costas.

— Brian, acalme-se. Não é hora de gritar. — Ela disse com firmeza, mas em silêncio, recuando. — Ela nem está falando com ninguém.

Eu os ouvi sussurrando e tremi mais. Eu preciso de S/N...

— S/N... — eu engasguei inconscientemente. A cabeça de todos virou-se para mim e eu senti os olhares deles sobre mim.

— Ela precisa de S/N. Star, onde ela está? — Vejo Scott perguntar e Star soltar um suspiro.

— Eu não sei onde ela está, gente. Eu não ouvi nada dela há uma hora- um grito alto saiu da minha boca, interrompendo o Star. Comecei a me levantar, minhas pernas tremendo enquanto colocava minha mão contra a parede em busca de apoio.

— Todo mundo. Saia do meu quarto. — Eu resmunguei, meus olhos ardendo em lágrimas. Brian abriu a boca pra falar.

— Mas Ari-

— Apenas saiam. — Todos se entreolharam antes de sair, me deixando sozinha no grande quarto.

Caí de joelhos e me enrolei em uma bola, sentindo-me chorar mais do que nunca em toda a minha vida. Senti o tapete semi-áspefo embaixo de mim, arranhando minha pele, mas não me importei. Meu coração afundou ainda mais quando um medo recém descoberto percorreu meu corpo.

E se S/N estiver morta?

Um grito partido partiu da minha garganta, me colocando de bruços no chão, soluçando profundamente. No pior momento de todos, uma batida na porta.

— Quem está aí? E o que você quer? — Eu gritei, sentindo-me chorar mais. A porta se abriu lentamente e me deparei com os olhos doloridos da mulher mais forte que eu já conheci.

— Mãe... — Eu soluçava, correndo em seus braços. Minha cabeça mergulhou na curva do seu pescoço enquanto eu continuava a chorar quando ouvir minha mãe chorar acima de mim.

— Ariana, querida... me desculpe por isso ter acontecido-

— É minha culpa! — Eu gritei no ombro da minha mãe. Ela esfregou minhas costas, me calando.

— Ariana, isso não é culpa sua. É culpa daquele homem terrível. Querida, por favor, acredite em mim.

Senti o ar sair dos meus pulmões enquanto eu continuava a chorar, sentindo minhas pernas enfraquecerem.

— Venha. Vamos para cama. — Minha mãe disse, me guiando até a cama grande e me acomodando nas cobertas, me aconchegando. Sorri não mais do que um milissegundo, lembrando como ela fazia isso todas as noites antes de dormir quando eu era mais jovem.

— Mãe, — eu resmunguei. Ela olhou para mim. — Eu te amo.

Notei uma lágrima sair dos olhos dela antes que ela falasse tão baixinho.

— Eu te amo mais, Ariana.

Ficamos em um silêncio doloroso por um tempo, antes que ela o quebrasse.

— Você já ouviu falar alguma coisa sobre S/N?

Senti meu coração rasgar com o pensamento dela e comecei a chorar ainda mais.

— Não... eu não sei onde ela está.

Ela suspirou tristemente, passando as mãos sobre o rosto manchado de maquiagem, as mãos finalmente descansando sobre a ponte do nariz e da boca.

— Tenho certeza que ela vai ficar bem-

— E se ela não estiver? — Eu a interrompi, segurando as lágrimas que ameaçavam derramar, mas falhei miseravelmente. — Eu teria perdido a melhor coisa que já aconteceu comigo. Eu amo ela... eu não quero perder-lá.

Ela assentiu, colocando a mão sobre a minha.

— Eu amo S/N. Não provavelmente tanto quanto você, mas eu sei que ela te trata bem. Eu sei, e acredite em mim quando digo isso. — Minha mãe parou, me olhando diretamente nos olhos. — Eu sei, ela é única. Não quero mais ninguém segurando a mão da minha filha ou criando seus filhos além dela.

Meu coração derreteu e eu chorei, abraçando minha mãe com força.

— Eu te amo muito, mãe.

— Eu também te amo querida.

Senti o cansaço tomar conta de mim e me deitei orando mentalmente por todos aqueles que perdi hoje à noite e por seus pais. Minha mãe percebeu isso e beijou minha mão, antes de estender a mão e desligar a luz da cabeceira. Ela deu um beijo gentil na minha testa e sussurrou:

— Durma bem, querida. Isso não é sua culpa. Eu prometo.

Ela se afastou silenciosamente e ouvi a porta abrir e fechar com a partida dela. Meus olhos ficaram pesados, e uma última lágrima caiu antes de o sono tomar conta de mim.

Nem mesmo quinze minutos depois, ouvi vagamente a porta do hotel abrir e fechar e o farfalhar dos lençóis da cama antes do mais confortável conjunto de braços em volta da minha cintura. Senti meus sentidos se envolverem no melhor perfume que já cheirei. Senti os lábios pressionando contra a minha orelha antes de falarem.

— Estou aqui, amor. Não vou deixar ninguém te machucar.