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Soluço on

Já faz uma semana, e não conseguimos descobrir o que pode levar eles a quererem a Astrid.

Não tem nada. Seria para bens pessoais? Ou algum tipo de vingança? E se for vingança, por que?

Ela está lá falando com o pai por vídeo chamada. Eu não pude negar isso pra ela. Ela se preocupa tanto quanto o próprio pai.

Estamos na biblioteca tentando descobrir alguma coisa. Incluindo o Melequento.

- Acharam alguma coisa? - pergunto desviando o olhar do livro.

- Nada ainda. - diz Perna.

- Isso não faz sentido, por que eles iriam querer a Astrid. Pra sugar os poderes dela? Não faz sentido! Tem que ter mais alguma coisa! - diz Heather.

- Eu concordo. Afinal pra que sugar os poderes da Astrid, se ela é ômega? - diz Quente.

- Olha...! - digo e ela entende.

Não quero eles julgando a Astrid assim também.

- Acho que está na hora de parar de pensar que eles querem algo com ela, e atacar logo! - diz Mala fechando o seu livro.

- Então como explica o ataque a casa dela, e que o alvo era ela? - pergunto.

- Isso eu já não sei! Mas temos que agir rápido, antes que eles ataquem de novo! - ela responde.

- É, mas ele tem razão. Não faz sentido. - diz Perna de Peixe.

Não aguento ficar aqui.

- Olha, eu vou ver como ela tá.  - digo fechando meu livro e me levantando.

Vou até o quarto, e quando entro, vejo ela encolhida na cama abraçada com as pernas e com a cabeça apoiada de lado nós joelhos.

- Como é que você tá? - pergunto fechando a porta.

- Não sei. - ela diz, e sua voz não passa de um sussurro - Pela primeira vez na vida não sei como me sinto.

Vou até ela e me sento ao seu lado. A envolvo em meu braço, passando a mão pelo seu braço em uma forma de consolo.

- Eles vão ficar bem. - digo.

- Não tenho tanta certeza. - ela diz.

- Olha, eu prometo, que não vou deixar nada, acontecer com eles. Nem com seu pai, ou a Nanda ou a sua irmã. - digo.

Então ela me olha.

- Promete? - ela pergunta.

- Prometo. - digo.

Ela apoia a cabeça em meu ombro.

Ela acaba dormindo, e eu a deito com cuidado na cama e a cubro com o cobertor. Eu desço e encontro todos na sala.

- Bom, encontraram nada eu imagino não é? - pergunto indo até eles.

- Nada. Acretide. Nada que diga algo muito a nosso favor sobre os ômegas, apenas o que já sabemos. - diz Dagur.

- É, eu até procurei o clã Hofferson, e não tem nada. Nada que diga sobre algum poder, ou alguma linhagem de criaturas. - Perna diz e eu olho pra ele.

- Acho que está mesmo na hora de parar de enrolar, e mandar eles de volta pro lugar deles. - diz Melequento atrás de mim e eu me viro.

- Não sem saber o que eles querem. Temos que saber. Porque se for alguma coisa perigosa, temos que saber o que é, e dar um jeito. - digo.

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