PARTE 02 - Gilbert Blythe.

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Narradora:

- Gilbert, levante já dessa cama. Já são 12h da tarde. - a mãe de Gilbert, abre a porta do quarto com tudo e chama pelo filho.

- Não... só mais cinco minutinhos. - o rapaz diz, com a voz sonolenta.

Nisso, Débora vai até a porta da sacada do quarto e abre as cortinas. Gilbert, incomodado com a claridade, coloca um travesseiro sobre o rosto.

- Isabelle me disse que bateu na sua porta para te acordar, mas que você nem a ouviu. - Débora fala enquanto abre as portas da sacada. - Você perdeu o café da manhã, já é a hora do almoço.

- Isabelle, Isabella; nem sei quem é essa. Mande ela fazer as obrigações dela e me deixar em paz. Emprega atrevida. - Gilbert diz, com a voz abafada por conta do travesseiro.

- Vamos, Gilbert. Levanta. - sua mãe vai até ele e puxa suas cobertas com tudo, e também, puxa o travesseiro de seu rosto. - Que horas que você chegou nessa madrugada? 

- Não sei, acho que umas 07h da manhã, talvez. - Gilbert diz, enquanto tenta se sentar na cama. 

- Você não toma jeito. Se continuar assim, nenhuma moça de classe irá querer desposá-lo. Ficará jogado e virará um velho amargurado e solteiro. - Débora fala enquanto pega na mão de seu filho e o ajuda a se sentar na cama.

- Sai dessa mãe, eu não quero me casar nunca, a vida de gandaia nasceu pra mim. Eu sou das mulheres e todas as mulheres são minhas. - Gilbert fala e solta uma risada.

- Por enquanto. Depois que você virar um velhote sem ninguém, quero ver se continuará tendo estas ideias.

- Tá mãe, já acabou? 

- Tome um banho e escove os dentes, você está péssimo. Depois, venha almoçar. 

Débora, sai do quarto de Gilbert. O deixando sozinho.

Gilbert Blythe:

Me levanto com dificuldade e vou rumo ao banheiro, tomar um banho. Enquanto estou embaixo do chuveiro, me lembro da noite passada.

Flashback on:

Eu e meus amigos, estávamos em um evento super fino, só para gente bilionária e famosa. E como eu e meus amigos, se encaixávamos no quesito bilionário - porque famosos mesmo eram os nossos pais - óbvio que fomos convidados para este evento.
Havia muitas pessoas importantes lá, vários magnatas ou filhos de magnatas com baldinhos de Veuve Clicquot pra baixo e pra cima. Fotógrafos tirando fotos de tudo e todos. Comidas e bebidas caríssimas. Enfim, aquilo estava uma ostentação sem igual.

Várias pessoas me cumprimentam e eu, apenas faço uma pequena reverência com a cabeça. Todos ali me conheciam, sabiam que eu era filho de Thomas Blythe e Débora Blythe, uns dos maiores bilionários do país.
Várias mulheres quando me veem, puxam suas filhas pelo o braço e as deixam à mostra, só para eu poder vê-las, como se as garotas fossem mercadorias. Todas querendo dar um "bom futuro" para as suas filhas.
Digo com aspas, porque a coitada que se casar comigo - isso, se eu me casar um dia - será uma corna de mão cheia. As únicas coisas que terá comigo serão: dinheiro e uma boa vida, porque de resto, será uma completa infeliz. 

- Gilbert, vamos tomar alguma coisa. - Billy fala, indo em direção ao pub.

- Claro, só assim pra você ter coragem de chegar em alguma gata, né? - falo e dou uma risada sarcástica. 

- Olha lá, Gilbert. O Billy ficou com uma mina gata esses dias. Não duvide dele. - Moody fala.

- É sério, Billy? Quem é essa "mina gata"? - pergunto e faço sinal de aspas com a mão.

OPQNS - (Shirbert)Onde histórias criam vida. Descubra agora