IX - Sentimentos Confusos.

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[ SEM REVISÃO ]

Gilbert Blythe:

Eu não estava conseguindo dormir, me virava de um lado para o outro na cama. As poucas vezes que eu conseguia cochilar, eu acordava suando frio. Eu estava tendo um sono super conturbado.

Toda vez que eu pregava os olhos, eu via o rosto de Anne. Todo perfeito, salpicado de sardas e aqueles "faróis" azuis intensos que seus olhos eram.

Me lembrei da vez em que agarrei Anne pela cintura e os nossos corpos ficaram colados um no outro.
Me lembrei também de quando eu defendi ela daquele covarde e ela me abraçou inesperadamente e eu senti o cheiro de seus fios ruivos. O abraço de Anne era algo tão tranquilizador.

- Não! Não! Não! Tira essa favelada da cabeça, Gilbert. Tira essa garota da mente! - me repreendo e começo a chacoalhar a cabeça pra ver se eu conseguia esquecê-la.

Me viro na cama e fico encarando o relógio na mesinha de cabeceira, ele marcava 04h da manhã.
Sinto uma onda de energia me inundar, então me levanto automaticamente e coloco a primeira roupa que vejo pela frente. Pego minha carteira e minhas chaves e vou até a garagem de minha casa. Dou partida em minha moto e saio sem rumo pela cidade que nunca dorme.

Pego uma rua pouco movimentada e aumento um pouco a velocidade. Sinto o vento bater em mim e assim, posso relaxar um pouco.
Aumento ainda mais a velocidade e pego um atalho qualquer.

Estou decidido a acabar com isso de uma vez por todas, eu necessitava disso.

Lembro-me vagamente que, quando eu era criança, uma vez minha mãe foi na casa de Tânia, entregar umas coisas para ela. Eu lembrava vagamente do caminho que tinha que fazer para chegar até lá.

Ando por mais uns 20 minutos com a moto e no fim, vejo que eu estava certo, eu ainda lembrava onde ficava a casa de Tânia.

Estaciono minha moto em frente à casa e desço. Vou até a porta da humilde residência e antes que eu pudesse bater na porta da casa de Anne, a consciência me volta e consigo pensar na besteira que eu estava prestes a fazer.

- Gilbert, o que você está fazendo? Tá maluco? Bem que o senhor Blythe diz mesmo que você é um irresponsável e inconsequente. - digo para mim mesmo enquanto minha mão pronta para bater à porta estava parada no ar.

Dou meia volta, coloco o capacete de volta e subo na moto dando partida na mesma logo após. Começo a andar sem destino por várias ruas, mas então sinto uma vontade imensa me consumir novamente, mas uma vontade meio diferente da que me bateu anteriormente, sinto uma vontade louca de aliviar minha vontade carnal.

Me vem um destino em mente e então começo a pilotar o mais rápido possível para o tal destino.
Paro em frente de um prédio super alto e de luxo e desço, tirando o capacete logo após.

- Quer que eu manobre a sua moto, senhor? - um rapaz de roupa vermelha se aproxima e pergunta, devia ser o manobrista do prédio.

- Por favor. - digo.

Ele sobe em minha moto e a manobra até o estacionamento. Enquanto isso, vou até a recepção do prédio luxuoso e vejo um homem bem vestido como recepcionista.

OPQNS - (Shirbert)Onde histórias criam vida. Descubra agora