Capítulo 16

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— ALLI ME CONTOU SOBRE Max ter prestado queixa.Blake tinha trabalhado até tarde e chegado em casa há menos de cincominutos quando o questionei. Não consegui pensar em quase mais nada desdeque Alli foi embora aquela tarde. Além disso, eu estava furiosa por ele não terme contado de cara. Ele tirou a camiseta e saiu do quarto, entrando no banheiroadjacente, me ignorando completamente. Eu o segui.— Blake.— Não tem importância.— Ter queixas criminais contra você importa, sim.Ele suspirou e se virou na minha direção. Tentei focar minha concentraçãono problema em questão, mas o peito desnudo e o cheiro dele quando ele mepuxou para perto daquele jeito tinham um poder de dispersão sobre meusneurônios. Com uma mão em meu quadril, ele se abaixou e deu um beijo suaveem meus lábios.— Não me preocupa, então não deveria preocupar você também. Você já temcoisas suficientes na sua cabeça.Fiquei olhando fixamente nos olhos dele, deixando-o saber que era claro queeu ia me preocupar.— Isso vai afetar o seu trabalho? E a Angelcom, ou todas as outras empresasàs quais o seu nome está atrelado?Uma risada curta escapou dele.— Você está falando da minha reputação, Erica? O dinheiro fala por si, Erica,e, ainda bem, tenho dinheiro de sobra. Os motivos pelos quais a diretoria queriacontinuar lambendo o Max até meu aperto neles são os mesmos motivos pelosquais nada disso vai importar para nenhum deles. Sou eu que estou com ascartas. De qualquer forma, estou cagando e andando para o que todos os outrospensam.Não pude evitar a preocupação que se instalou bem ao lado de todo o ódioque eu sentia por Max no momento.Blake segurou meu rosto com as mãos.— Me ouça. Não se preocupe com isso. Não é nada que eu não possa resolvere, confie em mim, estou resolvendo.— Como?Ele suspirou e me soltou, deixando alguns centímetros de distância entrenós.Engatei os dedos na calça jeans dele, puxando-o de volta.— Vou conversar com a polícia amanhã. Não me lembro de tudo, mas esperoque seja suficiente. Se isso significar ter que testemunhar ou algo assim, voufazer o que for preciso.Ele fez uma pausa.— Fico feliz em saber. Não por mim, mas por você.Franzi a testa.— Não tenho certeza se eu faria isso se não fosse por você. Odeio o fato deleter feito isso com você.— Por que você não contaria sua história à polícia, Erica? Ele merece pagarpelo que fez, e, Deus sabe, você merece justiça. Você nunca vai ter justiça se nãocontar à polícia o que aconteceu. Você é a vítima e eles precisam ouvir a suahistória, não a minha.Meus olhos se abaixaram até a altura da cintura de Blake, onde meus dedosestavam engatados preguiçosamente nos passadores de cinto da calça dele.— Pensar em passar por tudo aquilo me deixa enjoada, é por isso.Ele ergueu meu queixo até eu olhar para os olhos sérios dele.— Há vezes em que faz sentido deixar para lá e há vezes em que você precisalutar, não importa o quanto a ideia pareça ser ruim.Me perdi nos olhos dele por um segundo.— E você quer que eu lute.— Não vou tomar a decisão por você. Mas se isso servir — disse ele,apontando para as cicatrizes vermelhas em seus dedos —, você sabe qual meuposicionamento quanto a derrubá-lo.Me encolhi ao ver as lesões dele e ao pensar em como elas surgiram. Eu nãoconseguia imaginar as lesões de Max, mas me deliciava em saber que eleprovavelmente estava sofrendo com elas. Respirei fundo pelo nariz. Eu passei osúltimos dias tentando superar tudo aquilo. Eu não podia seguir esse caminho denovo. Eu não daria a Max a satisfação de me destruir como Mark fizera.— Aprecio o fato de você ter lutado por mim, mas isso não se trata devingança.— Você está certa. Se trata de fazer com que Max Pope seja responsabilizadopela primeira vez na vida. Ele precisa aprender uma lição que vem pedindo hámuito tempo. Isso não é vingança. É justiça. É consertar uma situação que estáerrada há tempo demais.Eu podia argumentar o quanto quisesse, mas Blake tinha razão. Max nãoapenas me ameaçou, ultrapassando um limite que nunca deveria serultrapassado. Ele traiu minha confiança, ameaçou tanto minha empresa quanto ade Blake. As reclamações de Blake iam muito além das experiências quetínhamos tido juntos com Max. Antes mesmo de eu conhecer Max, já sabia queele era um playboy, um menino mimado. Ele patinava sobre as consequênciasque teriam recaído sobre qualquer outra pessoa. Ele, contudo, estava blindadopela fortaleza de riqueza e proeminência de sua família. O professor Quinlanusara uma circunstância dessas em seu benefício, conseguindo, para mim, umareunião com a promessa de que ele investiria no Clozpin.Por quanto tempo isso continuaria? Por quanto tempo ele causaria estragosem nossas vidas sem consequências, incitado pela inveja insensata que Blakeinspirava nele? Talvez Blake estivesse certo. Talvez essa fosse uma escorregadaque não pudesse ser ignorada — por Michael ou pela lei. Talvez essa infraçãofosse finalmente mostrar a ele que ele não era imune às consequências.Blake interrompeu meus pensamentos com um beijo que era tanto carinhosoquanto cauteloso. Afastando-se, ele me estudou.— Como foi o seu dia? Está se sentindo melhor?— Estou bem. Eu disse a você hoje de manhã. Vou voltar ao trabalho amanhã,independentemente do que você disser. Se eu ficar sentada aqui fazendo nadamais um dia, vou ficar louca.Ele deu um sorriso torto.— Bom, não podemos deixar isso acontecer.Afastando-se de mim, ele ligou o chuveiro. Tirou toda a roupa e abriu aporta, enchendo o banheiro de vapor. Mordi o lábio, seguindo a bunda dele comos olhos, enquanto ele entrava debaixo d'água. O fogo que andava dormente hádias reacendeu dentro de mim. Aparentemente, os dias de privação deintimidade tinham surtido efeito, e agora que minha energia estava de volta, euestava com dificuldades em ignorá-lo.Eu não tinha certeza se estava pronta, mas sentia falta da nossaproximidade. Blake tinha sido cuidadoso comigo. Excessivamente cuidadoso. Euodiava o fato do incidente ter erguido uma barreira invisível entre nós, nosseparando por conta do nosso medo de machucar um ao outro quando euprecisava de Blake mais que nunca.Empurrei a calça jeans para baixo, até o chão, e tirei o sutiã e a blusa de umavez só. Ele se virou para olhar, e sua expressão refletia a fome silenciosa queestava fervilhando dentro de mim. Entrei no chuveiro atrás dele. Ele me deixoupassar para dividir o jato de água. Nossos corpos se tocaram, disparando todosaqueles alarmes familiares. Meus mamilos rasparam nos pelos macios do peitodele, ficando instantaneamente duros. Pausei nossa jornada ali, perfeitamentecontente com nossa proximidade, a água quente jorrando sobre nós.— Senti sua falta — falei.— Eu também senti a sua falta, gata.Coloquei as mãos no peito dele, ávida por sentir cada crista deslizar sobmeus dedos, para me entrelaçar nele. Fui descendo, tocando nos músculos tensosde seu abdômen. Eu queria descer mais. Queria sentir a carne quente dele nasminhas mãos, saber que ele me queria tanto quanto eu o queria. Depois de todaessa loucura, eu ansiava pelo toque dele, pela garantia de que nada tinhamudado entre nós. Contornei a linha de pelos que descia de seu umbigo. Elesegurou minha mão, interrompendo meu trajeto.— Vire-se — disse ele baixinho.Olhei para ele por trás dos cílios, e minha respiração vacilou com o simplescomando. Coisas boas geralmente estavam prestes a acontecer quando ele mepedia para virar. Virei e apoiei as mãos no mármore frio da parede do banheiro.Fechei os olhos, imaginando as mãos dele em mim enquanto a água escorriapelas minhas costas entre nós.Ouvi um pequeno clique e, então, as mãos dele estavam nos meus cabelos,massageando e fazendo espuma. Apesar de não ser o toque que eu estavaesperando, eu o recebi de boa vontade da mesma forma. Deixei minha cabeçacair para trás enquanto ele esfregava pequenos círculos no meu couro cabeludo.— É bom?Emiti um ruído apreciativo.— Muito. Obrigada.— Sempre às ordens.Sorri. Ele moveu o jato de água para me enxaguar e limpou o resto de mim,da cabeça aos pés. Ele lavou meus ombros, massageando os músculos tensosenquanto o fazia. Me virando para que ficássemos de frente um para o outronovamente, ele não deixou nenhuma parte intocada, entre meus seios e sobreminha barriga. Ele evitou se demorar em qualquer lugar em que eu mais oqueria. Todo o processo estava me deixando louca, mas ele não parecia estar compressa e nem parecia estar curtindo o joguinho de tortura sexual de costume queele tão frequentemente fazia.Ele se ajoelhou para esfregar a esponja nas solas dos meus pés. Faziacócegas, mas vê-lo agachado aos meus pés, incapaz de esconder seu desejo, quebalançava para cima e para baixo sob o corpo dele na minha frente, pareciaanular isso. Cada toque inocente aumentava minha ânsia por um contato maisíntimo. Ele estava duro e eu estava queimando de desejo.Quando ele se levantou, peguei a esponja dele e a joguei no chão. Segurei-opelos cabelos e me apoiei nele, deixando-nos peito contra peito. Ele grunhiu e meempurrou de volta contra a parede do banheiro. O instinto tomou conta de mim,e, em segundos, eu estava montando nele. Coxa sobre quadril, me curvando nadireção de seu corpo rijo. Ele segurou minha bunda, aumentando o contato. Nãopodíamos estar mais próximos.— Sinto sua falta. Quero sentir você — gemi.Respirei um pouco antes de colar minha boca na dele novamente. A ereçãodele estava pressionada contra mim, provocadora. Mas a sensação estavaprejudicada. Beijei-o com mais força, afogando a dúvida. Ele traçou um caminholento entre minhas pernas, demorando-se no meu sexo antes de me tocar. Fiqueitensa nos braços dele, sem entender imediatamente por quê. Meu peito seagitou, minha respiração rápida deixava transparecer a batalha que se enfureciadentro de mim.— Gata?Beijei-o ferozmente, encerrando a breve separação entre nós, respondendoqualquer pergunta que ele pudesse ter. Dane-se tudo, eu precisava dele. Nãomenos do que eu sempre precisaria.Ele se afastou e segurou minhas mãos itinerantes, me imobilizando.— Não precisamos fazer isso.— Eu quero.Ele hesitou.— Eu sei. Eu também quero, mas... dê um pouco de tempo a si mesma.— Estou bem — insisti, mesmo minha voz tendo vacilado.Será que estava? Eu sabia o que queria, o que desejava, mas conhecia atensão. No limite, pronta para reagir, batalhei com meu desejo. A batalha medeixou tão brava quanto excitada, faminta para que ele me amasse, me fodesseem meio àquele sentimento que eu não queria encarar.Ele me beijou, um beijo rápido e casto que eu mal senti em meio ao calor eao vapor que se acumulava na minha pele. O gesto pareceu repetir as palavrasdele.— Estou bem, Blake — repeti. — Ele não fez nada. Estou bem, nada mudou.Ele olhou para baixo, a preocupação nadando por trás de seus olhos.— Só porque ele não teve a chance de chegar até o fim não significa que vocênão passou por um inferno emocional. Não estamos falando de alguns dedosmachucados. Você sabe tanto quanto eu que essas lesões são muito maisprofundas do que qualquer um de nós gostaria que fosse. Você precisa de tempo.Melhor darmos uma parada.Eu odiava o fato de ele provavelmente estar certo. Odiava ter ficado tãoimperfeita e vulnerável em uma questão de dias.— Talvez eu seja mais forte do que você imagina.Ele soltou um suspiro exasperado.— Não tenho dúvidas quanto à sua força, Erica. Estou falando do seu estadode espírito, do seu bem-estar. Você não pode dispensar isso tudo assim, como senão fosse nada.— E que tal você me deixar dizer o quanto eu aguento?Minha vergonha misturou-se com a rejeição. Deixei-o lá sozinho. No quarto,bati as gavetas com força enquanto pegava uma calcinha e uma camiseta e,depois, fui para a cama. Deitada de lado e encolhida, tentei ignorar a presençadele quando ele se juntou a mim. Um momento se passou antes de ele meabraçar por trás, enrolando um braço na minha cintura. Pressionando os lábiosno meu ombro, ele fez um carinho no meu braço, provocando um arrepio quequase me fez esquecer minha irritação.— Eu forcei você além dos seus limites antes. Me deixe honrá-los agora,mesmo que você mesma não o faça.Fechei os olhos com a verdade daquelas palavras. Verdade, amor e toda apreocupação que os homens que ergueram essa barreira emocional entre nós nãotinham. Suspirei pesadamente, me obrigando a confiar nele.— Olhe para mim — sussurrou ele.Relutantemente, me virei, ficando de frente para ele. Um sorriso suavizousua expressão, enquanto ele contornava meu maxilar, traçando uma linhasensual sobre meus lábios.— Eu amo você, mesmo quando você anda batendo o pé, toda bravinha eindignada.— Odeio isso.Os olhos dele escureceram.— Eu sei que odeia. Sei que nós dois queremos mais, mas vale a penaesperar. Esta noite, tudo que quero fazer é sentir o gosto de seus lábios doces eabraçar você. Tenho toda minha vida para fazer amor com você. Esta noite, sóquero você em meus braços.Algo desmoronou em mim, aquela necessidade de lutar murchou com ainsistência delicada de Blake. Meus músculos enfraqueceram e eu me rendi.


                                                                       ***Entrei no escritório na manhã seguinte pronta para encarar o dia. Prontapara encarar minha vida. Alli se levantou para me encontrar quando meaproximei da mesa dela.— Você não vai acreditar.Meus olhos se arregalaram. Havia uma gama imensa de possibilidades decoisas nas quais eu poderia não acreditar.— O quê?— O PinDeelz está fora do ar. Sid disse que está fora desde ontem à noite.— Sabemos por quê? Pode ser qualquer coisa. Problemas no servidor ou umpico de tráfego.— Não acho que seja isso.Ela me arrastou até sua estação de trabalho e abriu o site. Quando ele abriu,uma imagem audaciosa em preto e branco marcava a tela. Eu já a tinha vistoantes, em nosso site. M89. A logo do grupo hacker substituía a página inicial dosite competidor, mas agora eu estava mais confusa do que nunca.— Não entendo. Se Trevor e Max estavam conspirando juntos para montaressa coisa, por que Trevor hackearia? E não só isso, como ele hackearia o própriosite?Alli enrolou uma mecha de cabelo nos dedos.— Também não sei. A não ser que as coisas tenham azedado com Trevor eisso seja uma retaliação. Como se ele estivesse dando um aviso ou algo assim.— Justo quando eu achava que as coisas não podiam ficar mais estranhas...— A boa notícia é que ao menos um dos anunciantes deles retomou contatopara renovar o contrato com a gente. Nunca mencionou o PinDeelz, é claro, maseu diria que podemos esperar ter notícias de outros anunciantes agora.Dei uma leve risada.— Inacreditável. Acho que vamos ver quantos voltam pedindo arrego. Ouquanto tempo o site vai ficar desse jeito.— Por falar em pedir arrego, o que você decidiu com relação a Perry?— Ele parece estar arrependido, mas não é o suficiente. Blake tem razão.Não é uma boa ideia se envolver com ele.— Tenho que concordar.A voz mais grave de James nos interrompeu. Ele pareceu ter surgido donada.— James, oi — falei, confusa com a presença dele no escritório.— Alli achou que seria melhor que eu estivesse por aqui enquanto vocêestava afastada.— Certo. — Concordei rapidamente com a cabeça, sem querer pensar napotencial reação de Blake a isso. — Bom, fico feliz que você esteja aqui. Podemosbater um papo rapidinho?Deixei Alli lá para ir para a privacidade do meu escritório. James me seguiue se afundou na cadeira à minha frente.— O que está rolando? O que eu perdi, além de uma semana inteira?— Conversei com o seu noivo. Foi bem interessante, mas vou ficar aqui noescritório por enquanto.Meu queixo caiu, e o choque tomou conta de mim. Eu já estava maisembasbacada do que esperava em meus primeiros 15 minutos de volta aotrabalho. O medo se alojou em meu estômago.— Você deve estar brincando.Ele deu uma risada.— Não há nada com que se preocupar. Mas você provavelmente deveconversar com Landon sobre isso.— OK, tudo bem. Nesse caso, quer me atualizar das coisas? Estou por fora detudo.Passei o resto da manhã correndo atrás do tempo perdido. Depois de umasemana longe do caldeirão fervente, eu podia finalmente apreciar o progressoque tinha sido feito na minha ausência. Estávamos perto de implementar asmudanças que nos colocariam anos-luz à frente do site de Max. Apesar de aameaça da competição talvez estar no passado, eu podia ver claramente, agora,que a concorrência tinha sido uma motivação importante para nos dar umempurrão em uma direção completamente nova.Quando a hora do almoço se aproximou, meu celular tocou. Meu coraçãoquase parou quando vi o rosto de Risa aparecer na tela.Atendi, hesitando um momento.— Alô?— Erica, é a Risa.— Sim.Obviamente. Que diabos você quer?— Ouça, eu sei que provavelmente sou a última pessoa com quem você querconversar. Eu só... Eu realmente preciso falar com você.— Sobre o quê?— Podemos nos encontrar para almoçar?Uma sensação ansiosa se espalhou por mim. Risa se associara a Max, e nadade bom tinha saído da minha escapada com ele para discutir negócios.— Não tenho nada para dizer a você.— Por favor, estou implorando. Por favor. Sei que você me odeia. E você temtodo direito. Se você nunca mais quiser me ver ou conversar comigo depois dehoje, eu vou ficar fora da sua vida completamente.Fiquei olhando para a divisória branca à minha frente. Risa pareciadiferente. Parecia... desesperada. Eu não devia me importar, mas me importava.Apertei os olhos, tentando imaginar como eu poderia lidar com aquilo sozinha.Então, uma ideia surgiu.— Encontro você na delicatessen da esquina perto do escritório ao meio-dia.— Perfeito, obrigada.Desliguei antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa e mandei umamensagem para Alli por Skype para que ela viesse me ver.Ela apareceu alguns segundos depois.— O que foi?— Por acaso você estaria interessada em encontrar a Risa para almoçar? Elaquer conversar comigo. Não confio nela e não confio em mim mesma para nãoestrangulá-la, se eu for sozinha.— Claro. Eu mesma tenho algumas coisas para dizer a ela.— Combinado.

INTENSIDADE MÁXIMAOnde histórias criam vida. Descubra agora