Anne Shirley
Estava tudo escuro, eu concerteza estava desacordada, mas podia sentir a brisa fria que batia em meu corpo jogado ao chão.
Consegui recuperar a consciência alguns minutos depois, ainda com um frio, me levantei devagar com uma das mãos em minha cabeça, que girava e doía, assim que olhei pro lado, pude ver um homem jogado ao chão, ele tinha cabelos castanhos encaracolados, braços fortes, ele usava uma calça preta e uma blusa branca, que agora, estava cheia de sangue assim como todo o chão.
Parei de pensar em qualquer coisa e comecei a entrar em desespero ao o ver naquele estado, eu não conhecia, nunca tinha o visto antes, mas senti uma angústia profunda ao o ver ali completamente ensanguentado.
Vi que tinha umas escadas que levavam pra baixo, resolvi descer e procurar ajuda, então assim fiz.
Cheguei até um cozinha, parecia ser a cozinha de um hotel cinco estrelas ou algo do tipo, então comecei a gritar por socorro enquanto corria entre as várias pessoas que cozinhavam e lavavam.
— Alguém me ajuda! Tem um homem sangrando muito no andar de cima!! — grito mas apenas um da ouvidos.
— Quem é o homem senhora?
— Eu não sei! Nunca o vi antes, apenas o achei lá jogado e com muito sangue!
O homem apenas assente com a cabeça e sai da cozinha.
Eu não sabia o que fazer, mas voltei para onde o homem estava, me ajoelhei ao seu lado e observei com completo desespero, procurando algo que pudesse me ajudar a o salvar.Até que um outro cara chega, ele vestia uma roupa que parecia ser de garçom, ele fica atordoado ao ver aquela cena, então corre para meu lado, ele fica pensando em algo enquanto suas mãos inquietas estão sobre sua cabeça.
Começo a rasgar sua blusa, até que avisto o ferimento em seu peito.
Era um ferimento grave, parecia ter sido causado por uma faca, a qual quando olhei para o lado, estava lá, jogada e cheia de sangue. O homem ferido estava desacordado, precisava fazer algo.
Eu sabia bem o que tinha que fazer, mas estava com medo, eu não era uma médica com muita experiência, na verdade, nenhuma experiência, mas tinha que salvar uma vida naquela hora, então pensei.
"Eles sempre conseguem fazer isso apenas enfiando algo no peito na pessoa, contando apenas com a sorte, e no final sempre da certo, talvez comigo também dê"
Procuro algo pelo ambiente, o qual eu possa usar, quando olho para os bolsos do garçom, avisto uma caneta, sem pensar duas vezes eu a puxo e arranco sua tampa, meu pulso prende a caneta forte na palma de minha mão, eu a levanto para o alto e fico apreensiva por alguns segundos, mas ligeiramente desço minha mão com tudo, encravado aquela caneta no lado direito de seu peito nu.
Assim que ela entra, o homem se levanta rapidamente me olhando com olhos arregalados, e depois, novamente caindo no chão com a ponta de uma caneta em seu peito.
Alguns segundos após, várias pessoas chegam no andar onde estávamos, o qual mais parecia ser um térreo de prédio.
Haviam sorristas entre aquelas pessoas, e até próprios cozinheiros.
— Olá Senhorita, sou o gerente do nosso hotel, fico extremamente grato por ter salvo a vida do presidente Gilbert Blythe. Mas peço que não comente com ninguém sobre o ocorrido, isso acabaria com a fama de nosso hotel — o cara alto com aparência desgastada me pedia com falta de consideração ao homem que havia acabado de ser socorrido.
— Tudo bem, mas... onde estamos ? — Volto a me recordar de não saber como fui parar ali.
— Como assim? Estamos no hotel ... Em Avonlea, Canadá. — Um sorriso irônico se forma em seu rosto.
— Ah... — minha mente confusa não me fazia várias perguntas, mas principalmente.
"Como eu vim parar aqui?"
Me aproximei de onde os socorristas ainda colocavam o cara sobre a maca, então percebi que ele era idêntico a... Gilbert Blythe, o personagem principal de uma história em quadrinhos chamada W, a qual meu pai escreveu.
Era bem irônico pois o próprio gerente do hotel disse que esse era o nome do homem.Assim que a maca é levantada, posso ver aquelas belas orbes castanhas recairem rapidamente sobre mim, assim como os meus também fizeram, meu coração acelerou de uma forma estranha, me deixando confusa...
Assim que eles saíram com o tal de "Gilbert Blythe" Pude ver pequenas palavras se formarem no canto da parede baixa do telhado, nelas diziam apenas...
"CONTINUA"....
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"𝙒" - 𝙎𝙃𝙄𝘽𝙀𝙍𝙏 [CONCLUÍDA]
FanfictionAnne Shirley, a jovem filha de um cartunista famoso, acaba indo parar dentro de um dos quadrinhos mais famosos de seu pai, e se envolvendo com seu personagem favorito, Que por acaso é o principal. Gilbert Blythe, um ex atleta de tiro a distância...