"𝙒" - 𝙎𝙃𝙄𝘽𝙀𝙍𝙏 [CONCLUÍDA]

capítulo vinte quatro

Anne Shirley

Gilbert dormia como um anjo ao meu lado naquela enorme cama de casal, por volta das três da manhã, pude ouvir os pingos de chuva caírem sobre o chão da varanda descoberta, molhando as pequenas mudas de plantas que haviam sido postas como decoração ali.

Enquanto olhava para o rosto perfeitamente desenhado de Gilbert, pude perceber o quanto tinha sorte de estar ao seu lado naquele momento, estar vivendo aquele lindo romance, era emocionante, envolvente e... Eu com certeza, de todo meu coração, estava apaixonada por ele.

Peguei meu celular que repousava sobre a mesinha ao lado da cama, entrei no Twitter e não pude deixar de ver vários posts fofos de casais, então decidi tirar uma foto fofa de Gilbert.
Abri a câmera e o fotografei naquela bela posição.

É errado estar tão apaixonada assim por alguém que conheci a pouco tempo? Por alguém que me casei apenas para sair de uma enrascada? Se é ou não, eu não sei, mas sei que estou apaixonada, e meu coração se parte toda vez que estamos longe, queria que isso não fosse apenas uma história em quadrinhos, mas sim nossa realidade diária, onde posso desfrutar de noites incríveis ao lado da pessoa que amo, com certeza seria uma experiência única para mim. Você é um homem rico, bonito, e Sexy, pode ter todas as mulheres que quiser na palma de sua mão, pode as comprar com todos os seus presentinhos, mas a mim, você me tocou profundamente, nem precisar me tocar, sem precisar me comprar, seu olhar me fez apaixonar, pairar na imensidão de sentimentos que se formaram dentro de mim assim que nossos olhares se encontraram pela primeira vez, naquela noite chuvosa, a qual por pouco você ia passando dessa para uma melhor.
Espero que nossos corações estejam sempre em sintonia.

No dia seguinte...

10:20 da manhã.

- Bom diaa dorminhoca - Gilbert disse enquanto entrava no quarto com uma bandeja apoiada em suas mãos.

- Bom diaa - minha voz sonolenta o faz dar um sorriso bobo.

- Dormiu bem? - ele diz gentilmente.

- Se não fosse por aquele susto durante a madrugada... - digo nos fazendo lembrar daquele momento de medo.

- Mas já passou né? Agora pega - ela toma um morango em suas mãos e leva até minha boca, que se abre rapidamente recebendo aquela fruta um tanto quanto amarga. - Tá gostoso?

- Ótimo!

- Que bom. Escuta. Nós temos uma festa pra ir amanhã, na casa Branca, em Washington. - ele diz me fazendo quase engasgar de tanta surpresa.

- U-uma festa? Na casa Branca em Washington?

- Foi o que eu disse 

- Uau, eu não tô pronta pra isso - comento o fazendo rir.

- Calma, é só a casa Branca dos Estados Unidos amor.

Ok, a forma como ele havia dado fim a aquela frase me fez o olhar confusa.

- A-amor? - gaguejo um pouco pelo nervosismo.

- Ah... desculpa, foi por impulso, saiu sem querer, desculpa, cenourinha

- Não, não, não! Está tudo bem, pode me chamar assim, não tem problema ok? - sorrio nervosa o fazendo fazer o mesmo.

- Ok... agora tenho que sair, tenho muitas coisas pra resolver hoje, então mais tarde a gente se vê beleza gatinha? - ele se levanta rápido e da um beijo em minha testa. - E coma direitinho viu?

- Tá bom papai - Digo fazendo ele fazer uma careta engraçada.

- Carrots - ele sai correndo do quarto.

Tão bobo meu pai. Sou apaixonada.

Continuei comendo aquele delicioso café da manhã, e aproveitando aquela brisa de fim de chuva durante a madrugada.