capitulo vinte nove

91 20 100
                                    

Anne Shirley

Agora não havia mais o que eu pudesse fazer, apenas desenhar.

Fui andando até o estúdio de meu pai, lá estava apenas Billy como sempre.

- Oi Billy - digo limpando minhas lágrimas.

Ele se aproxima e me abraça, concerteza ele já havia lido tudo que aconteceu, eu sabia que ele não acreditava totalmente, mas sabia que aquilo era muito real pra mim.

- Consegue desenhar? Você sabe que algo assim eu não consigo. - ele diz já que sabia que eu desenhava também, e que poderia fazer aquilo.

- Posso. Eu até prefiro, acho que tem algumas coisas a quais tenho que colocar - Eu já sabia quais eram essas coisas.

Ele teria que desenvolver sentimentos por Winifred, ela era a personagem pré-determinada a ficar com ele dês do início, então nada aconteceria com ela.

Era pela felicidade de Gilbert, tudo pela sua felicidade.

Me sentei em frente ao tablet, peguei a caneta e comecei a desenhar o esboço do desenho. Assim que terminei, me levantei e abracei de novo Billy, voltando a chorar desesperadamente, o vazio agora era iminente, minha felicidade havia se jogado de um penhasco em uma plena queda livre.

A cada segundo meu coração se partia mais, eu só queria que nada tivesse acontecido! Seria melhor do que ter um final desses, bem melhor!

Me soltei de Billy e voltei correndo pra casa, tudo que queria era me jogar na cama, e não ver ninguém, apenas chorar e lamentar.

***

Assim que chego em casa, tiro minha blusa e me jogo na cama chorando, até que meu celular toca.

- Alô? Anne cadê você? Precisamos de você aqui agora! - Cole diz.

- Vai a merda! Eu só quero me acabar de chorar e pronto! Não vou trabalhar hoje, esquece, arranja outra pessoa - desligo e enfio a cara no travesseiro novamente.

O travesseiro abafava meu choro, mas não minha dor. Aquilo era pior que uma facada no peito. E não, eu não estou exagerando!

Gilbert Blythe

Me acordei um pouco atordoado, havia tido  um sonho, o qual eu nem lembrava mais, mas todos os pelos de meu corpo estavam arrepiados nesse momento, era estranho.
Mas parei de pensar nessa bobagem assim que Winifred entra em meu quarto, ela estava tão linda.
Uma saia branca e blusa rosa, com um blazer branco e sapatos nude, e como assessório uma bolsa branca da Chanel, a qual havia dado a ela no ano novo.

- Bom dia senhor Blythe! - ela diz se aproximando com ele sorriso encantador.

- Bom dia Winifred. Não precisa falar tão formalmente comigo, sabe que tem intimidade o suficiente comigo  - pisco para a mesma que sorri envergonhada.

Ela passou o dia ali comigo, aproveitamos para conversar sobre vários assuntos bobos, mas que com ela, se tornavam totalmente interessantes...

***

Assim que cheguei em casa, me deitei em minha cama observando o teto, e logo meus lábios se movimentam.

- eu vou te amar até seus pulmões desistirem!

Fim!

"𝙒" - 𝙎𝙃𝙄𝘽𝙀𝙍𝙏 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora