capitulo vinte seis

91 25 9
                                    

Gilbert Blythe

Era atordoante pensar que agora Anne estaria correndo perigo até em meu mundo, onde a pouco ela era completamente imune a qualquer coisa. Então foi aí que comecei a pensar e criar teorias do porque aquilo havia acontecido.

Então lembrei de quando o pai da Anne tentou me matar...

Flashback de Gilbert...

A noite era chuvosa, uma brisa fria que gelava até a espinha, estava deitado em minha cama lendo um livro "Blake crouch pines"  quase não percebia mais  a chuva de tão concentrado que estava naquele mistério confuso, até que meu celular toca.

- Alô? - digo.

- Venha até o terraço - uma voz masculina e grossa falou.

- Quem é você? - pergunto curioso.

- Venha até o terraço, você tem dez minutos para estar aqui. - o homem desliga me deixando totalmente confuso.

Seja lá o que for, não parecia ser trote. Estava sem camisa, então vesti uma blusa branca, sai do quarto e mandei Jerry ficar no apartamento, subi até o terraço e assim que cheguei, tudo que senti foi apenas o frio torturante daquela noite, parei perto da beirada observando o chão a metros a baixo.

Quando menos percebi, um objeto grosso e pesado atinge minha nuca me deixando inconsciente  por alguns segundos, minha vista havia ficado embaçada e uma dor enorme subindo pela minha cabeça fazendo tudo girar.
Logo tudo voltou ao normal e me virei para trás. 
Uma de suas mãos pega a minha a torcendo para trás das minhas costas, fazendo todo meu braço doer.

Mas consegui em um movimento rápido o soltar e levar meu pulso até sua cara, o fazendo cambalear para trás em desnorteacão, ainda com meu braço doendo, caminhei até ele e o peguei pelo colarinho, estava impossibilitado de ver seu rosto, mas ainda tento o olhar, cerrando meus olhos e logo dizendo.

- Quem é você? - pergunto ainda o segurando.

Ele ficou em silêncio, até que algo pontiagudo perfurou meu peito, sangue começou a jorrar e uma dor imensurável se instalava em todo meu corpo, me fazendo perder os sentidos e todas as forças e soltar o homem, que se levantou e saiu correndo no mesmo minuto, por breve segundos antes de cair no chão, o vi pular de cima do prédio, achei que aquele homem era louco por pular de cima de um prédio daquela altura.

Mas nem me importei, a dor que percorria todo meu corpo era maior e tirava minha atenção de qualquer outra coisa no local.

Assim que olho pro lado, algo parecido com uma parede aparece, era azul, mas um azul quase transparente, era pequena. Levei minha mão até lá e eu consegui a passar, senti minha mão tocando uma parte do corpo de alguém, assim que puxo, um homem de aparência de uns 50 anos sai de dentro, eu estava com muita  dor pra ficar impressionado com aquilo, eu o olho e apenas meu olhar entrega minha dor, eu o implorei que me ajudasse, mas ele apenas tira uma faca do bolso e diz.

-

Tá na hora de acabar com isso! Posso dizer que foi uma das minhas piores criações senhor Blythe! - em uma ação rápida, ele eleva a sua mão em que estava a faca, e a encrava em minha barriga, fazendo mais e mais sangue jorrar e a dor apenas almentar a cada segundo que passava. O homem apenas jogou a faca no chão e ficou me observando morrer aos poucos.

Porém com muita força, consegui pegar a faca, em um rápido momento de distração daquele homem, a enfiei com força em seu abdômen, ele cambaleou para trás enquanto algumas gotas de sangue caiam, mas em um piscar de olhos, o ferimento havia se fechado, ele estava novamente em pé, e rapidamente saiu correndo do local.

Flashback off

Pelo que Anne havia me contado, se essa é uma história em quadrinhos, apenas personagens fixos dele devem sofrer as consequências de ações feitas aqui, e agora que Anne se casou comigo, ela naturalmente se torna... Uma das personagens fixas da história.
Fazendo assim, ela sofrer as consequências de ações feitas aqui!

"Uau, é até um pouco louco pensar nisso!" "Seria errado a pedir que fizesse algo para mudar o presente?"
"Como por exemplo... fazer de tudo isso um mero sonho que tive enquanto estava internado?"

Essa foi uma das probalidades que pensei, e ela podia, mas apenas a possibilidade de a ver longe de mim... era tóxica, não quero algo assim. Até porque no fundo, sei que eu a... A amo. Infelizmente ainda não sei  como a falar isso, quando tento, as palavras se prendem em minha garganta me impossibilitando de falar, e declarar que em tão pouco tempo, ela conseguiu conquistar meu coração de uma forma que ninguém mais conseguiu.

"𝙒" - 𝙎𝙃𝙄𝘽𝙀𝙍𝙏 [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora