"𝙒" - 𝙎𝙃𝙄𝘽𝙀𝙍𝙏 [CONCLUÍDA]

capítulo vinte cinco

Gilbert Blythe

Passei o dia fora resolvendo alguns assuntos referentes a empresa, mas ainda havia algo me incomodando, aquele homem... o que ele queria na minha casa? O que ele queria comigo?
Será que ele ainda irá tentar me matar?
São perguntas que realmente não querem calar.

Porém voltei pra casa por volta das duas da tarde, Anne estava sentada no sofá com um lindo vestido preto e estampa branca de flores.

"Qual a dela com flores?" -pensei observando seu vestido.

- Cheguei gatinha! - dou um beijo suave em sua testa.

- Oii, tava com saudade já - ela se levanta e vem atrás de mim no quarto.

- Eu vou tomar banho, vai junto é? - digo a fazendo parar na porta do banheiro e corar.

- Desculpa - ele se afasta mas logo eu a puxo de volta.

- Não precisa se desculpar! - A abraço pela cintura e dou  um selinho na mesma que apenas retribui.

- Vai tomar banho vai seu lindo - ela se solta e sai, voltando pro quarto e se sentando na cama enquanto mechia no celular.

Anne Shirley

S

im, com certeza o sorriso do Gilbert era o que me alegrava, não posso dizer todas as manhãs, porquê esta é a primeira vez que acordo ao seu lado, mas já estava sendo algo único!

Me sentei na cama enquanto ele tomava banho, e como de costume, fiz um twett.

- Oh Anne! - Gilbert gritou de dentro do banheiro. - Que história é essa de que não tá pronta pra festa? - ele põe a cabeça pra fora me fazendo morrer de rir.

- C não tava tomando banho??

- Sim uai

-Então como já viu?

- Eu tenho meus segredos - ele serra os olhos em uma expressão engraçada.

-Euem - começamos a rir.

Logo ele volta pro banheiro e alguns minutos depois, volta enrolado em uma toalha que cobria apenas suas partes debaixo, deixando todo seu andomen nu.

"QUÊ ISSU? QUÊ ISSU? SENHOR! ALGUÉM TACA UMA BÍBLIA NA MINHA CARA PELO AMOR DE DEUS!" - pensei enquanto o observava caminhar despreocupadamente pelo quarto, até chegar em sua gaveta de roupas.

- Vai ficar aí me secando mesmo é? Sendo assim nem preciso de toalha - ele comenta enquanto começava a rir, mas me fazendo quase INFARTAR de vergonha.

- Deixa de ser besta.

- Eu? Ué, você fica me secando aí e não gosta que eu fale nada - ele ri.

- Claro - cruzo os braços fazendo birra.

- Não mamãe! - ele diz com voz de bebê.

E eu quase infartei nessa hora de tanto rir, ele parecia uma criancinha!

- Sim Filho! - digo entrando na brincadeira.

- Mamãe chata! Pera aí que eu resolvo na hora! - ele pula em cima de mim começando a fazer cócegas em minha barriga e axilas.

Eu estava tendo um derrame ali de tanto rir, e por pouco não o chutei de tanto que estava me mechendo e rindo.

- Para pelo amor de Deus! - imploro o fazendo parar, mas ainda rindo igual besta.

- iii c aguenta pouco em! - ele brinca.

- Vai a merda cara - me levanto indo pra sala.

- Olha a boca suja.

Ele havia ficado no quarto se vestindo, e alguns minutos após, ele sai já vestido e com um cheiro impressionante, me fazendo me perder naquele aroma incrível e sedutor.

- E então... topa fazer almoço comigo? - ele pergunta me fazendo sorrir e levantar num pulo.

- Vamo! - ele vem até mim e pega minha mão, me puxando pra cozinha.

- Preparar o quê?

- Humm... - fico pensativa por alguns segundos mas logo respondo - Bife? -sugiro.

- Pode ser - ele se vira e começa a pegar todos os ingredientes que precisávamos.

***

Enquanto cortava alguns legumes, acabei sem querer cortando meu dedo, acabei gemendo baixo por causa da dor, mas Gilbert ouviu e se virou rápido para ver o que era.

- Tudo bem? - ele pergunta

- Sim, apenas cortei meu dedo na faca- respondi o colocando debaixo da torneira e a ligando.

- Ué... Mas... você levou um tiro e não sangrou... como um corte de uma faca no dedo pode ter te feito sangrar? - ele começou a parecer assustado.

- Ah, não sei, esquece isso, foi só um corte no dedo.

- Não Anne! Isso pode ser ruim. Então quer dizer que agora... você corre risco sim aqui. Aquele cara  que apareceu hoje pela madrugada, Anne é um perigo você continuar aqui! - ele começa a se preocupar muito e eu ponho minhas mãos sobre seus ombros e tento o acalmar.

- Fica calmo! - lhe jogo um sorriso mas que parece não adiantar muito.

- Não até você estar totalmente segura. - ele franze o cenho.

Nesse momento senti as células do meu corpo se desintegrarem e reintegrarem novamente em minimos segundos, em um momento com Gilbert, no outro estava no banco de uma parada de ônibus, com a cabeça encostada na coluna, meu rosto pro sol e algumas pessoas me olhando torto.

Assim que abro os olhos direito, percebo que estava novamente em meu mundo.

"O que mudou para que eu voltasse?"

Eu por um lado sabia, agora Gilbert estava preocupado, preocupado com minha segurança!