CAPITULO 33-continua

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Passei a noite terrivelmente mal, porque dormir na cama de hospital é a mesma coisa que em um berço, só que sem aqueles cercados enormes de madeira, entao tinha medo de cair da cama

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Passei a noite terrivelmente mal, porque dormir na cama de hospital é a mesma coisa que em um berço, só que sem aqueles cercados enormes de madeira, entao tinha medo de cair da cama.

De manhã, foi ainda pior porque algo chamado dieta zero, me faz parecer aquela garota do exorcista de fome, mas ainda assim estava tranquila reclamando de fome e tentando esvaziar o máximo minha bexiga, pra fugir de sonda.

Nao que ja tenha experimentado, mas ninguém quer espontaneamente um cano no seu canal urinário.

O cirurgião que ia fazer minha cirurgia se atrasou, mas meio dia e meia veio duas enfermeiras me preparar.

Enquanto cada uma enfaixava minhas duas pernas eu tive a maior vontade de fugir da minha vida e meu estômago começou a doer e eu a apertar.

----Nao faz isso Rubia vai piorar e pode machucar a parede do seu estômago.

-----Eu estou com muita fome, nao conseguir.

----É só medo e ansiedade, agora vamos ter que te furar de novo pra trocar o acesso  ta bom? A mesa é posicionada de forma que o seu braço esquerdo vai ficar livre e o direito não.

----Uhum.

Eu olhava para Manu e sem dizer uma palavra ela sabia que eu estava implorando pra ela roubar meu corpo do hospital e sumir dali pra outra galáxia e ela segurava o choro porque nao podia atender  meu pedido silencioso.

As enfermeiras nao tinham muita conexão, porque batiam minha cama de rodinhas em varias paredes ate que finalmente chegamos no centro cirúrgico.

Desço da cama e subo na maca.

-----Vou colocar uma placa fria nas suas costas agora ta bom?

Uma outra enfermeira aparece no meu campo de visão e eu sento pra ela ajeitar a placa que vira meu novo motivo pra reclamação.

Quando recebi a roupa do hospital nao sabia se colocava pra gente ou pra trás, entao como se fosse um robe coloquei pra frente, ai depois tive que consertar, do tipo tampa-se o peito e deixa a bunda a mostra.

O cirurgião e o anestesista aparecerem e são simpáticos, nao era o Dr Esteves, esse se chamava Dr Sales.

----Oi Rubia está tudo bem?

-----Na medida do possível.

-----Vou anestesiar você agora, começando do dez conte até um.

Curiosa do jeito que sou, fico de olhos abertos.

----Dez, nove...

----Feche os olhos pra nao ficar zonza.

Assim o faço e quando acordo, ja sao quatro da tarde.

A enfermeira estava sentada e eu tento virar de lado.

---Faz isso não, você pode cair.

Balanço a cabeça afirmativamente e meu estômago nao doi.

-----Oi Rubia você está curada, deu tudo certo ok?

-----Obrigada.

Sou retirada do oxigênio e levada para o quarto na minha cama de rodinhas batendo na parede e quando Manu me vê, suspira aliviada.

-----Dorme Ruby, está tudo bem.

Entre dormir e acordar eu penso que talvez eu pudesse ter morrido e seria com medo.

As sete  da noite desperto de vez e sou avisada que jantar só as nove.

Parece uma eternidade, mas esse momento chega.

Um enfermeiro, bonito por sinal, entra com a bandeja e rapidamente peço pra Manu me ajudar a sentar e vagarosamente dou a primeira colherada na sopa.

Na terceira, so de pensar em levantar o braço sinto ânsia de vômito e encosto a cabeça no travesseiro.

-----Nao consigo, pode comer.

----Voce estava com fome criatura.

----Deu ânsia, vai comendo.

Manu se senta e começa a comer.

---Quer que te ajude?

----Vamos tentar de novo então.

Manu foi dando na minha boca e se alimentando também e juntas conseguimos terminar, mas tao logo vou ao banheiro nada fica no meu estômago.

Entre idas e vindas de enfermeiras eu tirava breves cochilos e perguntava do meu banho.

Na manhã seguinte doutor Sales me deu alta e nada me deixou mais feliz que isso, voltar pra casa, pra minha cama e meu travesseiro.

Nunca senti tanta dor na nuca e na cabeça desse jeito.

A minha barriga estava inchada por conta da cirurgia, mas ao por o pe dentro  de casa, Manu me ajudou a tirar o vestido pra tomar banho.

Esfrego o cabelo e os braços e as intimidades e como combinado eu grito Manu, mas pra minha surpresa quem aparece é Diogo.

-----O que faz aqui? Estou tomando banho.

-----Eu vim te ajudar a tomar banho.

Diogo se ajoelha e esfrega a primeira perna e depois a outra.

----Ja lavou os cabelos?

Como uma idiota eu balanço a cabeça e ele esfrega minhas costas. Após enxaguar ele torce meu cabelo e pega a toalha e seca com maestria cada pedaço do meu corpo sem nenhum cunho sexual.

Diogo coloca minha calcinha nada sexy e um pijama de frio, dando atenção especial ao secar meus cabelos.

Ainda sentia meus braços fracos entao nao reclamei.

O proximo passo foi me ajudar a deitar e pra minha surpresa ele se deitou ao meu lado.

-----Eu fui pro rancho dos meus pais. Andei de trator, operei empilhadeira e trabalhei muito no pesado. Eu achei que ficar longe poderia te tirar do meu sistema, mas em cada ato que eu fazia pensava em você e o que você iria achar. Eu nao posso prometer que vou fazer tudo certo, mas vou lutar pra isso.

----Eu fui uma idiota te afastando, desculpa.

Diogo da um beijo na minha testa e eu durmo.

Acordo com um caldo de mandioca me aguardando e o sorriso mais maravilhoso.

-----Manu está brava comigo porque nao deixo ela cuidar de você .

-----Ela merece cuidados também, dormiu em uma cadeira que fazia barulho a noite toda.

Diogo deu o caldo na minha boca e obedientemente tomei tudo.

A tarde ja nao aguentava ficar na cama e dava leves caminhadas pela casa, mas o pior foi a noite de tanta dor na nuca e na cabeça, alem da panturrilha.

Enquamto como uma maçã, Diogo se delicia com uma melancia e eu ando de um lado para o outro conversando com ele.

----Diogo nao para falar que a dor diminuiu.

----Como assim?

-----Me distrai pelo amor de Deus.

Diogo abandona a melancia e me da um beijo.

Ai que saudade eu estava.

(COMPLETO) WITH YOUOnde histórias criam vida. Descubra agora