Strong (Zayn Malik) √

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Era de noite. Eu estava a dormir na minha cama até ouvir o som de algo a partir-se no andar de baixo da minha casa.

''Harry! '' Eu chamei o meu irmão gémeo que dormia na cama ao meu lado.

Ele remexe se na sua cama virando para o outro lado e volta a aterrar a cabeça na sua almofada fofinha.

Um grito alto ocua nos meus ouvidos. Era a minha mãe a gritar!

Sai da cama em passos leves e pequenos. Calço as pantufas dos patinhos e abro a porta do meu quarto.

Desci as escadas vagarosamente. Tenho medo do que vou encontrar lá em baixo.

Sigo até à cozinha e a imagem que passa nos meus olhos assusta-me verdadeiramente.

A minha mãe estava deitada no chão com uma poça de sangue à sua volta e uma faca espetada nas suas costas frágeis.

''NÃO!!!!!'' Eu grito e corro para o corpo imóvel da minha mãe que eu tanto adorava.

Lágrimas correm pelo meu rosto enquanto as minhas mãos enchem de sangue dela.

''A culpa foi tua, Cat! ''

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Acordo assustada. O sonho que tive soa mais como uma lembrança do passado.

As minhas mãos estão a tremer como varas verdes, a minha respiração está descontrolada e os solucos substituem se por lágrimas e lágrimas e mais lágrimas.

Foi só um sonho. Eu tento convencer-me a minha própria. Mas não consigo.

Eu preciso...  Eu necessito de parar este aperto no coração. Eu não consigo viver com esta dor.

Levantei me tropeçando nos meus próprios pés e dirigi me para a casa de banho.

A lâmina que há 6 meses me acompanha continua ali. Pousada no lavatório. Tento lembrar-me da primeira vez que me cortei mas é impossível, já foram tantas as vezes que a usei sem ninguém saber.

Eu aproximei-me devagar e peguei nela. Olhei me ao espelho e fixo o olhar em mim própria.

Quem sou eu? Fiz com que a minha mãe morresse e sonho com a sua morte constantemente.

A lâmina passa rapidamente na minha pele fazendo um grande corte mas pouco profundo.

Um fio de sangue corre pelo braço e cai no chão. A dor no meu peito parece diminuir um pouco.

A lâmina passa a segunda vez e desta vez o sangue vêm em maior quantidade.

Sei que não devia fazer isto ao meu corpo. Sei que não me devia cortar.

Mas já lá vão 6 meses de todo o tipo de pesadelos desde da morte da minha mãe ou a um simples garoto à qual eu nem conheço. A morte é sempre culpa minha....

''Cat? '' Uma voz aguda desperta-me dos pensamentos '' Catherine, está tudo bem? Estou a ouvir te a chorar! ''

Apresso me a limpar o meu braço sofrido com uma toalha. Limpo as lágrimas rapidamente e tento responder sem soluçar:

''Está tudo bem, Gemma. Não se passa nada. Volta a dormir que já é tarde! '' O medo que a minha irmã descobra instala se no meu corpo e eu tremo.

''Tens a certeza, Cat? '' Gemma está desconfiada mas continua sem entrar no meu quarto, ainda bem!

''Sim. Está tudo óptimo. '' Dou uma gargalhada fraca para tentar convencer-la.