Akai Ochako

Capítulo 9: Confiança & Liberdade

✦Notas iniciais✦

Bem, tirem as crianças da sala.

Eu acho que me descontrolei um pouco, assim, talvez... Mas então, quem sabe, vocês podem não falar comigo e fingir que nem leram. Vamos todos flopar esse capítulo, que tal? Pois, depois de postar isso, eu vou enfiar minha cabeça num buraco, igual a um avestruz.

[Aviso: Explícito]

✦Fim das notas iniciais✦

✦✦✦

A primeira vez que Kirishima e Uraraka se beijaram, foi um pouco demais, por assim dizer. Três dias de conversas intensas acabaram por solidificar uma sensação inicial onde havia algo chamado: confiança.

Esse sentimento gerou, aos poucos, um terreno bem fértil para que eles se abrissem um ao outro daquela forma, digamos, sincera demais, e também quente demais.

Kirishima se lembra de como Uraraka sempre foi mais tímida para falar sobre seus sentimentos pessoais. Porém, muito, muito tagarela sobre qualquer outro ponto. Principalmente sobre entender como os outros se sentiam e expor sua postura de maneira concisa e corajosa à todos. Ela era o tipo de pessoa que mantinha uma conversa onde era impossível sentir-se excluído ou entediado. Para Kirishima, Uraraka era incrivelmente fácil de se relacionar.

Uraraka, por sua vez, já se lembrava de como Kirishima era sempre muito aberto e sincero sobre tudo o que pensava. O tipo de pessoa que não hesita ao te dizer o que sente e sem escrúpulos para elogios. Ela via nele um rapaz que poderia salvar o dia de qualquer um, te puxando pelos ombros e abrindo um sorriso dentado, dizendo exatamente tudo o que ele admira em você. Sem dúvidas, ele era alguém que amava a vida e seus amigos e não perdia tempo em viver cada emoção intensamente. Para Uraraka, Kirishima era uma pessoa incrível.

Então, meio que, realmente, eles se tornaram verdadeiramente grandes amigos naquela viagem. E todo o processo que veio após isso — o beijo, a missão, a viagem com Bakugou, as conversas —, solidificou mais uma vez essa sensação de confiança entre eles.

E foi exatamente esse sentimento que tornou um tão apaixonante para o outro.

Tivesse sido a pura atração hormonal, carência ou curiosidade, ambos, tanto Kirishima quanto Uraraka, tinham certeza de que queriam experimentar algo além de toda aquela admiração que tinham um pelo outro.

— Hey!

— Ei...

Uraraka pulou no pescoço dele quando abriu a porta naquela noite. Eles compartilharam um selinho tímido, caindo depois em meio a muitas gargalhadas e conversas animadas durante a janta arranjada na mesinha de centro da sala.

— Ochako... — Kirishima cerrou os olhos com força, completamente sem fôlego ao falar o nome dela num sussurro.

Os dois não demoraram em matar aquele tipo de saudade que não se mata somente com palavras.

A voz, fraca e sofrida dele, já demonstrava total entrega à visão de Uraraka ajoelhada entre suas pernas. Fazendo algo que nunca na vida, nem em suas fantasias adolescentes dos tempo de U.A., teria imaginado vê-la fazendo.

—Deus! Você... é perfeita.

O som dela rindo um pouco, e aumentando o ritmo, o fez sorrir abertamente. Ele se ergueu um pouco, apoiando num travesseiro às suas costas contra a parede. Estendendo a mão, ele afastou carinhosamente a franja vermelha caída sobre o rosto dela e então puxou seu rosto, lentamente, sentindo a boca dela deslizando molhada para fora de seu comprimento.

— Eu quero você.

—Eu também, mas... me deixe aproveitar um pouco mais.

Ele riu. E ela subiu em seu colo com um sorriso levado, uma perna de cada lado, pressionando sua pele crua sobre ele. Ambos estremecendo com o contato molhado e quente.