Capítulo 17: A inauguração

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✦Notas iniciais✦

Irei para um rodízio de cervejas em plena Quarta-feira. Achei melhor postar esse capítulo antes pois não estou certa se irei sobreviver.

Que tal você me seguir aqui no wattpad e no twitter (@verditacot) para receber as notícias sobre mim em primeira mão? Meu marido está avisado para invadir minhas redes e comunicar vocês se algo trágico ocorrer hahaha

P.S. Ele tem um documento com o resumo da Akai Ochako até o final.

:P


✦Fim das notas iniciais✦

✦✦✦

A manhã de Ochako começou agitada, até Kirishima e Bakugou estavam ansiosos arrumando coisas pelo apartamento e se preparando para o grande dia.

Finalmente era chegada a data para a inauguração da Levity School e o anúncio da mudança da Endeavor para Levity Agency Inc. Não importa o quão despreparada Uravity estivesse, eles não poderiam adiar isso.

Acontece que ela, Momo e Tsu resolveram que fariam o anúncio de seu novo negócio na mesma data do evento Ranking de Heróis. E, para ceifar ainda mais a atenção da mídia, os principais Pro-Heroes anunciados estariam cobrindo sua inauguração e não compareceriam à cerimônia de nomeação do ranking sob forma de protesto.

—...Ou seja, palco vazio pra eles! — Uraraka explicava seu plano enquanto ajeitava a maquiagem na frente do espelho, entrando na frente de Kirishima que passava gel no cabelo. — Sem heróis para ranquear, sem apoio.

— O Deku de merda vai estar lá. — a voz de Bakugou ressoou pelo apartamento, apesar de apoiar a ideia de não ter competição nenhuma, ele estava puto de não estar em primeiro esse ano.

— Ele só vai pelo AllMight, todos nós sabemos! LeMillion e SunEater estão com a gente e, claro, Shouto também.


A campainha tocou, surpreendendo Eijirou e Ochako, que botaram suas cabeças para fora do banheiro para conseguir ver Katsuki atendendo a porta, e antes que pudessem perguntar por algo ela gritou:

— É AQUI QUE PEDIRAM UM DOS MEUS BABIES?!

E sem sequer tirar as botas imundas, Hatsume Mei deu um tapão no ombro de Bakugou e invadiu a sala, jogando uma maleta pesada sobre a mesa de centro, enquanto o explosivo se contorcia de ódio:

— Mas que porra, dá pra não foder a madeira da mesa?!

— Ha ha ha! Desculpe!

— Hatsume-san? Bom dia... O que veio fazer aqui? — perguntou Ochako, indo até a ela para sentar-se ao lado da antiga colega do curso de desenvolvimento da U.A.

— Como assim o que eu faço aqui? Pra te dar uma mãozinha, é claro! Ha ha!

— Que piada infame — lamentou Eijirou

— Como?

— É para mostrar aos vilões que você está pronta para lutar — ansioso por cortar o papo furado, Bakugou caminhou até a maleta e abriu-a, revelando seu conteúdo.

— É um presente, meu e de Kats! — Kirishima completou, animado, abraçando Bakugou pelos ombros.

— Vocês vão amar este babie! — Mei deu alguns pulos em seu lugar e bateu palmas.

Uraraka aproximou-se da mala com cautela. Tocou o metal frio com os dedos, sentindo a textura de cada articulação e a tinta cromada de rosa clarinho com detalhes em branco, combinando com seu traje de herói. Olhou insegura para Eijirou, que a encorajou com seu gentil sorriso de tubarão.

— Mas ande logo! — antecipou-se Hatsume, que retirou o objeto da mala e puxou o braço de Ochako para acoplar a máquina, enquanto explicava melhor sobre o mecanismo. — Isso foi feito com sensores que detectam seu DNA. Depois de acoplado em seus nervos, é provável que sua individualidade funcione. — Ela coçou o nariz, falando orgulhosa. — Como me pressionaram, não pudemos testar antes e nem fazer a cirurgia completa, mas por hoje, tenho certeza que servirá como uma ótima mão!

— C-como funciona?— Imóvel, Ochako observou sua nova mão com espanto, evitando mover um só músculo.

— Apenas tencione seu braço quando quiser usar a mão, e ela irá fechar em forma de garra. Assim você poderá pegar objetos. O mecanismo irá detectar a intenção de seus movimentos por meio de um scanner interno que interpreta a movimentação dos nervos do seu braço como a ação de pegar.

Apesar de chamarem de mão, havia ainda dois quartos de antebraço acoplados ao pulso do mecanismo. Como uma meia, ele foi fixado sob seu cotovelo. Ela podia sentir o metal frio encostado em sua pele marcada e algumas protuberâncias que empurravam conta parcela de membro. Ochako fez sua primeira tentativa de movimento, como se quisesse mexer em uma mão fantasma, e, como mágica, o mecanismo fechou lentamente os dedos, como se fosse segurar uma folha de papel.

— Isso mesmo, Uraraka! Os dedos vão se moldar com precisão ao formato do objeto que você tentar pegar.

O sorriso dela abriu-se surpresa e seus olhos encheram de lágrimas. Kirishima correu para o lado dela, apoiando uma mão em sua cintura e observando os gestos que ela fazia com a nova mão. E claro que até Bakugou mostrou-se feliz com a cena, com seu riso de lado, satisfeito por sua ideia ter dado certo.

— Isso é incrível, Hatsume!

— Claro que é! Espere até fazermos as ligações dos nervos. Tenho 88,7% de certeza de que irá funcionar. Você nem vai querer mais sua mão de volta! Podemos ajustar para que essa seja bem mais forte, uma garra de aço! Ninguém vai escapar do seu poderoso soco. Também podemos adicionar suas cordinhas fofas para que você lance apenas com um movimento, tipo Homem-Aranha, sabe? Eu sempre amei quadrinhos de heróis, eles me dão cada ideia!

— Ok! Agora chega dessa merda. — tentando barrar os devaneios de Mei, Bakugou calou a boca dela com a mão e foi guiando-a porta afora. — Você já pode ir!

— Obrigada Hatsume! Isso vai ser muito útil. E ficou lindo também!

— Eu tenho bom gosto, Uraraka! — gritou a garota de dreads, sendo empurrada porta afora.

E antes que Katsuki pudesse voltar, Ochako já estava testando seu novo braço, pescando objetos pela casa e afagando o cabelo de Kirishima, que parecia um cachorro abanando o rabo para ela. Bakugou revirou os olhos com a cena.

Um alívio grande pairou sobre os três heróis. Aquele objeto poderia ser algo aterrorizante e traumático, mas Ochako era gentil demais para pensar no lado negativo de um presente. Ela agradeceu inúmeras vezes e puxou os dois para um abraço apertado. Ela ficou vermelha, largou-os e então curvou-se, agradecendo novamente:

— Vocês não precisavam ter gasto tanto. Logo, Eri estará aqui e eu ficarei bem!

— Não tinha como você aparecer na inauguração da sua agência sem deixar claro que está bem! — Kirishima a abraçou e beijou sua fronte. — Queremos você forte como sempre.

Akai OchakoOnde histórias criam vida. Descubra agora