Segundo passo: Apaixonar-se por Park Jimin

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-O que aconteceu ontem à noite? –Meu colega de quarto me pergunta no dia seguinte, e eu realmente estava tentando fugir dessa questão.

-Não quero falar sobre isso. –Na verdade, eu nem queria lembrar, mas não conseguia tirar tudo aquilo da minha cabeça.

-Você está péssimo, não dormiu, não quer comer... o que está acontecendo? Você está me deixando preocupado.

-É sério, me deixe quieto. –Peço, quase implorando.

Mas as mesmas perguntas continuaram nos dias seguintes e eu continuei sem responder.

Eu não havia ido aos treinos, alegando estar doente, e de fato, eu me sentia doente, tanto de espírito, como de corpo. Eu não conseguia comer - na verdade, estava de jejum - e passei as últimas noites rezando e chorando. Eu sabia que não estava sendo racional, mas eu tinha esperança de que cumprindo algum tipo de penitência, Deus me perdoaria e me ajudaria a esquecer tudo isso.

Continuei da mesma forma, até que desmaiei durante a aula de história e agora estou preso na enfermaria da escola.

-Como assim ele não come e nem dorme? –Escuto a enfermeira perguntar para meu colega de quarto quando acordo.

-Faz uns 4 dias que ele está assim. O mais perto de dormir que ele teve foi esse desmaio. –Kim fofocou.

-Ele é forte, gente normal estaria aqui no segundo dia dessa loucura.

-Eu quero ir para o meu quarto. –Falo e reparo como minha voz está fraca e rouca.

-Não, Sr. Jeon. Só depois que comer um prato de sopa e tomar todo esse soro.

Eu fiz uma careta, mas comi e depois que o soro acabou, fui para o meu quarto. Eu já me sentia um pouco melhor, tomei banho e dormi, apaguei, não sei por quanto tempo.

-Boa noite, dorminhoco. –Kim me diz ao perceber que acordei.

-Já é noite? –Indago olhando o quarto escuro.

-Sim, você dormiu por mais de 10 horas. Mas é bom que acordou, precisa comer, a comida que Jimin-hyung trouxe para você já esfriou.

Me levanto da cama bruscamente ao escutar o nome do Capitão, o que me dá uma certa tontura.

-Jimin esteve aqui? –Não consigo nem controlar meu tom de voz quando falo dele, isso é uma droga.

-Sim, ele ficou sabendo do desmaio. Ficou uma hora aqui te olhando dormir. -Meu peito doeu novamente e toda sensação ruim voltou. -JungKook, você quer contar alguma coisa para mim?

-Não. –Por mais que Taehyung se mostrasse uma pessoa muito aberta – até demais -, eu não conseguia contar isso para ele, nem podia. -Cadê a comida? –Desconversei e eu planejava continuar assim.

. . .

Eu estava pretendendo passar o fim de semana todo no meu quarto, assim, não precisaria lidar com perguntas ou ver um certo rosto indesejado (por ser tão desejado) por mim.

Taehyung fica comigo a maior parte do tempo, porque, bem, ele não tem muito o que fazer, mas aparentemente ele ficou entediado e resolveu fazer a lição na parte externa do colégio.

RoseStock era realmente um lugar entediante. Lembro que meu primeiro ano aqui foi bem difícil por isso, mas hoje é como se eu já estivesse acostumado. Tecnologia é algo muito difícil de ser encontrada nesse campus, você no máximo pode ir a biblioteca ou jogar algum esporte ou passear como um idiota na área externa, mas eu não gostava de fazer coisas sozinho, parecia que todos estavam me julgando. Os adolescentes daqui se divertem em festas, bebidas ou com garotas, eu não conseguia me dar bem com nada disso, então, eu sempre passei a maior parte do tempo no meu quarto.

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