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OS LESTRANGE

02 de Maio de 1998.

Após Bellatrix ter sido derrotada diante de seus olhos Rodolphus Lestrange não via outra alternativa que não fosse sair dali o mais rápido possível, eles estavam com uma enorme desvantagem numérica e não havia mais chances. Assim que o duelo entre o Lorde das Trevas e o Potter se iniciou os poucos Comensais que ainda restavam foram desaparatando um por um e Rodolphus planejava fazer o mesmo, mas não sem antes se certificar do paradeiro de seu irmão mais novo, havia visto Rabastan duelando poucos minutos antes na entrada do castelo, ele tinha que estar vivo, precisava estar.

O castelo e seus arredores estavam em completo caos, paredes de pedra haviam sido destruídas, corpos de Comensais e estudantes estavam entre os destroços, mas ele tinha a esperança de seu irmão ainda estar por aí, sabia que ele não fugiria sozinho. E após alguns minutos dolorosos de procura reconheceu as vestes de Rabastan a certa distância.

Rabastan estava com ferimentos graves provocados por flechas que haviam o atingido, mas o Lestrange mais velho teve certeza que o irmão estava vivo ao vê-lo tentando pronunciar algumas palavras confusas antes de ficar inconsciente. Conseguiu se distanciar aos poucos do castelo carregando o mais novo e instantes antes de desaparatar ouviu um estrondo de gritos de comemoração vindo de onde o duelo estava acontecendo e teve a certeza de que tinham que sumir o mais rápido possível.

dias depois 

Rodolphus se encontrava em um estado deplorável após a fuga de Hogwarts, e a cada dia que passava tinha mais certeza que o esforço para se manter foragido seria em vão, todos estavam atrás dos Comensais presentes na batalha, ele não tinha mais aliados e fugir do país era uma ideia impossível.

Passou dias mudando de esconderijos em acampamentos improvisados, mas não tinha mais como se defender sabendo que estava sendo perseguido e seria questão de dias até os aurores o rastrearem, mal conseguia se proteger e muito menos conseguiria proteger Rabastan que não importava o que fizesse parecia só piorar e tinha apenas pequenos momentos de consciência e muita dor, morreria sem um curandeiro.

Se torturando com esses pensamentos e cogitando várias ideias horríveis Rodolphus chegou à conclusão de que o melhor a se fazer seria se deixar ser encontrado, mas não poderia fazer isso com Rabastan, ele morreria se fosse levado a Azkaban mais uma vez e ele devia protegê-lo a todo custo, mas não lhe restava alternativa a não ser abandona-lo.

um mês depois

Havia um mês que Rodolphus estava sobrevivendo foragido vendo o irmão em completo caos, e cada dia que passava estava amadurecendo a ideia de ter que deixa-lo, o plano teria que funcionar, ou então os dois logo morreriam pela fome, ou pelos aurores.

Já passava da meia noite quando os dois Lestrange aparataram numa rua deserta no sul de Londres, Rabastan em sua semiconsciência não entendia o porquê o irmão tinha decidido ir para a cidade, mas não o questionou.

Os dois seguiram em silêncio andando pela rua, Rabastan se apoiando no mais velho não percebia o estado de fraqueza que o outro se encontrava especialmente naquela noite, se aproximavam mais de um prédio iluminado ao fim da rua, até que Rodolphus parou de andar.

- Me perdoa, você vai ter que me perdoar por isso – O Lestrange mais velho falou pela primeira vez na noite, a voz tremula sem fazer contato visual com o irmão.

- O que você...? - O mais novo começou a frase, realmente aflito por ver Rodolphus naquele estado, pois mesmo naquelas semanas o irmão jamais perdia a sua pose determinada de quem já tem tudo sob controle, mas pela primeira vez Rabastan viu medo no olhar do irmão.

Depois do EpílogoOnde histórias criam vida. Descubra agora