↬ ՏᎬᏙᎬΝ

1K 177 141
                                    

⚠⚠ALERTA DE GATILHO⚠⚠

Esse capítulo contém descrições de ataque de ansiedade e crise de depressão, então já estou deixando avisado para que não sejam pegues de surpresa.
Catra não tem real interesse em suicídio, mas sim, ela tem depressão e ansiedade, e realmente precisa de ajuda.

Obrigada por lerem, e espero que gostem.

Catra chorou ao chegar em casa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Catra chorou ao chegar em casa.
Geralmente não costumava chorar, mas esse não era o caso. Não reparou se tinha algum carro na garagem, não ouvia nada ao seu redor. Será que aqueles comprimidos calmantes ainda estavam no armário do seu banheiro? Só precisava de um, pra dormir. Correu pro próprio quarto e se trancou no banheiro.

Não chegou a tomar o remédio, porque logo estava vomitando.
Sentia nojo.
Nojo de quem havia se tornado ao longo do tempo. Só tinha dezoito anos e já estava à beira de um colapso.
Sabia que não estava errada em nada do que disse... mas errou em como despejou aquelas coisas. E principalmente em quem.

Certo, okay, não era muito fã de Adora antes... mas, mesmo assim, ela foi injusta em descontar nela toda a sua frustração pessoal. Nela, e na Scarlett, claro.
Soluçou, sentindo a garganta arder. Por quê era tão difícil?
Mordeu o próprio braço e gritou contra a pele, tentando aliviar aquela dor insuportável que sentia no peito.
Ouviu batidas na porta, e percebeu que não estava sozinha.

— Cat? Catherine, abre pra mamãe... por favor... eu estou preocupada, querida...

Pela voz, sabia que era Mara. Limpou a boca com a manga da jaqueta, e se levantou do chão, destrancando a porta. Mara não disse absolutamente nada, simplesmente abriu os braços e a acolheu entre eles, deixando que chorasse o quanto precisasse.
Catra perdeu a noção do tempo, enquanto chorava e tremia pelos soluços. Sentia os dedos da mãe acariciando seus cabelos e suas costas, e ouvia palavras de conforto sendo ditas.

Levou vários minutos, ou horas, mas aos poucos Catra se acalmou o suficiente para olhar a mãe nos olhos.

— Eu fiz de novo.

Mara sabia o que aquelas palavras significavam. Olhou os braços dela, repletos de vergões e cortes superficiais, além da mordida que literalmente sangrava.

— Você quer tomar um banho? Eu vou preparar um chá pra que você se acalme, tudo bem? — sugeriu ela, com os olhos azuis amorosos como sempre. Catra assentiu. — Okay, vou trazer também biscoito de água e sal. Quando terminar o banho, eu cuido dos seus machucados, e então conversamos.

Mais uma vez a garota assentiu, recebendo um beijo na testa.
Assim que ficou sozinha, Catra colocou a banheira pra encher, regulando a temperatura para o morno. Se despiu sem olhar no espelho, e entrou na água, que não dava nem nos tornozelos.
Puxou os joelhos contra o peito, os abraçando, e enterrou o rosto entre eles.

↬ ᏴᏞᎪᏟᏦ ՏᏔᎪΝ • ᴄᴀᴛʀᴀᴅᴏʀᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora