[Concluído] Num mundo de encantos um grupo de celtas sobrevive da floresta na Península de Anatólia, e o clã de artistas, caçadores, nobreza e afins buscam resolver suas diferenças e amores frustrados. A Deusa Mãe, a mãe natureza, os observa da brum...
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Era fim de verão quando integrantes do clã de celtas trabalhavam contra a chuva forte, determinados a entregar o maior número de casas possível. O frio cortante não era um grande incômodo para os mais velhos, pois estes enfrentaram mais invernos e agora tinham mais resistência, mas o mesmo não podia se dizer dos mais novos. Devidamente recuperado, Hoseok encharcado tremia de frio e passava pedras de mão em mão, ainda que desse broncas no lento Jin na sua frente.
— Vamos lá, guerreiros e guerreiras! — ele gritou para se fazer ouvir naquela tempestade. — Não podemos parar agora!
— Não sinto as mãos! — Jin reclamou pela terceira vez naquela manhã, mas repassava as pedras para uma jovem que as amontoava. — Me tirem deste castigo! Me escutem bem, sempre amei as funções de druida e devo cumpri-las agora mesmo no conforto do meu lar!
— Preguiçosos não passarão! — Hoseok chutou lama nas calças de Jin, que soltou um grito de horror e se recusou a fechar a boca que recebeu respingos da sujeira. — Deixe de graças, aprendiz!
Na construção da casa ao lado, Jungkook deu bronca nos dois jovens furiosos se sujando de lama e ordenou que voltassem ao trabalho, mas saiu de sua fila quando correu até um grupo de profetizas empurrando um grande caldeirão de ferro. Ele as ajudou a levar o utensílio até a tenda dos cozinheiros e recebeu um cesto de maçãs nada maduras como agradecimento. Os frutos acabaram por se tornar um desastre àquela altura; os tirados com antecedência eram duros e de pouco gosto, os tirados no melhor tempo estavam repletos de bichos.
Bem, todos no clã estavam preferindo forçar mais os dentes, é claro.
Jungkook ofereceu as duras maçãs na sua fileira e não estranhou ver o cesto rapidamente vazio, afinal, tanto trabalho exigia mais energia vinda dos alimentos cada vez mais escassos. Ele deixou o cesto de lado e evitou pensar tanto no frio, mas se arrepiou inteiro quando uma forte corrente de ar passou pelas árvores e adentrou a clareira, deixando evidente uma piora daquela chuva.
— Precisamos parar — ele estava pronto para se render, mas apurou a vista e encontrou Jimin dando ordens fervorosas para seu grupo de dançarinos que terminavam uma casa de pedras. — Mas não vamos parar.
Aquela visão deu um novo incentivo ao príncipe, que foi até as carruagens de pedras e ajudou os guerreiros mais fortes a preenchê-las. Porém, sua atenção foi roubada outra vez, mas agora via Yoongi espantando cerca de trinta crianças para longe dali, ao mesmo tempo que dizia que não era o momento para brincadeiras na chuva.
Inesperadamente um guerreiro de nome G-Dragon passou uma grande pedra para Jungkook, que a pegou surpreso com sua atitude rápida:
— Meu príncipe, contamos com você.
— Sim, é claro — ele se colocou naquela fila e tratou de empilhar mais pedras, mas agora via Yoongi caminhando com firmes pisadas na lama, rumo ao pequeno MJ, que pulava na chuva e o ignorava. — Appa dos Contos, hein?
